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quinta-feira, 5 de abril de 2012

HOMILIA PARA O DOMINGO DE PÁSCOA


Meus Queridos Amigos e Irmãos na Fé!

“No Tríduo Pascal, fazemos memória da Páscoa de Jesus em três momentos: quinta-feira santa a Páscoa da Ceia; sexta-feira santa a Páscoa da Paixão; na Vigília Pascal e no Domingo de Páscoa celebramos a Páscoa da Ressurreição. A celebração pascal compreende, portanto, os dias do ‘tríduo de Cristo crucificado, sepultado e ressuscitado’ (Santo Agostinho. Ep. 54,14), iniciando-se a celebração na tarde da Quinta-feira Santa. Assim, se a missa da Ceia do Senhor é o prelúdio, a culminância é a Vigília Pascal, ‘a mãe de todas as vigílias’ (Santo Agostinho. Sermão 219). Celebrar a Páscoa de Jesus é celebrar a vida nova que ele nos dá e que já está ao nosso alcance, aliás, está em nossas mãos.

                É a Páscoa do Senhor! Ressuscitou! Vive! E porque vive, enche de entusiasmo a nossa vida. Anima-nos à esperança. Anima-nos ao testemunho. Anima-nos à . É a festa da vida. Em Jesus ressuscitado somos convidados para o encontro com o Evangelho da verdade. Somos comunidade. Somos de Cristo. De Cristo vivo. Feliz Páscoa!

                O Domingo da Ressurreição, primeiro dia da semana, é o começo de uma vida nova; uma nova criação; a libertação definitiva! Tempos novos! Sentido novo! Homem novo! Cada Páscoa, esta Páscoa de 2012, pode ser ‘um primeiro dia’ na nossa vida. O início de uma vida diferente, porque iluminada pela luz do fogo novo da Ressurreição. Apesar do escuro da nossa fé, somos convidados à experiência de vislumbrar sinais de ressurreição anunciadores de uma vida nova! Com Maria Madalena e todos os apaixonados pelo Senhor, deixemo-nos mover pela fé e pela sede de Deus!

                A comemoração festiva da ressurreição de Jesus, celebra a vitória da vida contra tudo o que a ela se opõe.

                A Boa Nova deste domingo da Páscoa motiva-nos à experiência de fé na ressurreição. Passar dos sinais de morte aos sinais de ressurreição, não é uma experiência fácil e imediata.

                Na experiência de fé das primeiras comunidades cristãs, fundamenta-se a força missionária da Igreja que, ao longo dos séculos, teve a certeza de proclamar: ‘O Senhor Ressuscitou verdadeiramente, aleluia!”

                O júbilo da ressurreição de Cristo necessita ser perenemente anunciado ao mundo. Seremos testemunhas autênticas da ressurreição de Cristo, se escutarmos e vivermos o que ele anunciou e viveu, sobretudo em favor dos excluídos da sociedade e em favor de novas relações humanas, marcadas pelo amor” (cf Roteiros Homiléticos da CNBB nº 21, pp. 9-30 e Errata do Domingo da Páscoa, pp. 1-7).

                Do sepulcro vazio exalam os aromas da ressurreição, remetendo-nos a uma vida realmente nova, com novas perspectivas, nova esperança, novo ânimo e novo sentido de alegrarmo-nos por sermos cristãos. Porque acesos no Cristo reluzente simbolizado no Círio Pascal, somos uma extensão do Ressuscitado num mundo que da Cultura da Morte quer uma Cultura da Vida sempre nova, cheia de luz a iluminar a escuridão dos que já perderam a esperança e o horizonte de suas vidas!

                O Senhor Ressuscitado apareceu primeiro à Maria Madalena, que O anunciou aos demais. A seu exemplo, não só anunciemos a Ressurreição, mas sejamos caminho deste que é o evento central de nossa fé a todos nossos irmãos. Saibamos atrair com a coerência de nossa fé, o mundo ao Cristo Vivo entre nós: em nossas palavras, atitudes, compromissos, sempre temperados com os aromas do “sepulcro vazio”!

Desejando-lhes abençoado Tempo Pascal, com ternura e gratidão, o abraço amigo,

Pe. Gilberto Kasper
(Ler At 10,34.37-43; Sl 117(118); Col 3,1-4 e Jo 20,1-9)