Pesquisar neste blog

quarta-feira, 30 de junho de 2021

SOLENIDADE DE SÃO PEDRO, O PRIMEIRO PAPA!

 

Pe. Gilberto Kasper

pe.kasper@gmail.com

 

Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Teresa D’ Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.

No próximo domingo, dia 4 de julho celebraremos a Solenidade de São Pedro, o Primeiro Papa da Igreja Católica Apostólica Romana. Desde então, a Igreja nunca ficou órfã de Papa. O Pedro de nossos dias, eleito dia 13 de março de 2013 é Francisco, o Papa da Misericórdia e Ternura! Foi no dia do Papa daquele mesmo ano (29 de Junho) que nosso Arcebispo Metropolitano, Dom Moacir Silva, recebeu sobre os ombros o Pálio, um colar de lã que o próprio Sucessor de Pedro entrega aos demais sucessores dos Apóstolos, que têm confiado uma Província Eclesiástica, uma Arquidiocese, como é a de Ribeirão Preto. Nossa Província é formada por nove Dioceses, onde cada Bispo é autônomo. Além da Sé Metropolitana de Ribeirão Preto, constituem nossa Província as Dioceses de Barretos, Catanduva, Franca, Jaboticabal, Jales, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Votuporanga. O serviço do Arcebispo é de confirmar as nove Dioceses na Unidade, Comunhão e na medida do possível numa Pastoral de Conjunto.

Na verdade, o que celebramos na Solenidade de São Pedro e São Paulo não são os méritos destes apóstolos. O que celebramos é o Senhor mesmo que escolheu e enviou estes apóstolos, para serem seus principais parceiros no grande mutirão em favor da vida, inaugurado pelo mistério pascal de Cristo e assistido pelo dom do Espírito Santo.

São Pedro e São Paulo, ao lado de São João Batista e Santo Antônio, são santos muito estimados pelo nosso povo brasileiro; são alegremente festejados pela religiosidade popular deste país, compondo assim nossas tradicionais festas juninas. A tradição dos Santos Juninos é portuguesa e foi assumida pelos Índios e Escravos do Brasil, tornando-se uma das principais festas, especialmente no Sul e no Nordeste. Lá são celebrados por um mês inteiro.

No Dia do Papa que solenizamos no primeiro domingo de julho, por não ser feriado no dia 29 de junho no Brasil, faz-se a Coleta do Óbolo de São Pedro. São as Comunidades Católicas Apostólicas Romanas do mundo inteiro que partilham de sua pobreza, sendo generosas e oferecem, livremente, parte do que lhes pertence a quem tem menos. O Papa, por meio de sua assessoria, utiliza o resultado desta Coleta para socorrer, em nome da Igreja do mundo inteiro, nossos irmãos que sofrem dificuldades: as vítimas da fome (continuam passando fome diariamente no mundo, segundo a ONU 1 bilhão de pessoas); as vítimas de enchentes, tornados e guerras, essas sempre tão estúpidas. E desde o ano passado o Papa Francisco tem ajudado o quanto pode o enfrentamento da Pandemia do Novo Coronavírus da COVID-19 que já ceifou só no Brasil mais de meio milhão de pessoas, todas tão amadas pelos seus como também pela Igreja que somos todos nós!

Enquanto o Vaticano envia auxílio aos nossos irmãos em situações de risco, é justamente nossa oferta que alivia as dores de tantos sofredores, pois o faz em nome de cada um e de todos que se sentem Católicos Apostólicos Romanos e vivem inseridos e comprometidos como tal. Agradecemos a generosidade de todos que pensam naqueles que têm menos do que nós. As Comunidades enviarão toda a coleta à Cúria Metropolitana, que fará chegar ao destino certo nossa participação consciente, fruto de nosso amor pela vida!



quarta-feira, 23 de junho de 2021

SOLENIDADE DA NATIVIDADE DE JOÃO BATISTA!

 

Padre Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Teresa D’ Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com

As Sagradas Escrituras apresentam a vida e a missão de João Batista à luz dos grandes profetas antigos e de Jesus Cristo, o Messias esperado. Como diz Santo Agostinho, João representa a passagem do Primeiro para o Segundo Testamento. Ele recebe a missão de profeta, assume a vida de asceta, e é chamado de Batista. Pelo batismo, nós também recebemos a missão de profetizar e de denunciar, como João, a injustiça, a mentira e a opressão.

            Celebrar o nascimento de João é experimentar, como Isabel, Zacarias e os vizinhos, a manifestação da bondade de Deus, que transforma e fecunda a vida. É fazer a experiência da fé e da esperança no Deus misericordioso e compassivo, que ouve nosso clamor e nos socorre em meio aos sofrimentos e às aflições. É sentir que Deus continua soltando nossa língua para que tenhamos a coragem de vencer o medo e proclamar a justiça e a libertação. Como João Batista, possamos ser sinais proféticos de esperança, para anunciar o caminho da salvação e testemunhar Jesus Cristo, a luz que ilumina e liberta todos os povos.

            O jeito despojado de João Batista viver, entregue ao serviço de Deus, na gratuidade, é testemunho de vida, apelo à conversão. Jesus o elogia, dizendo que “entre os nascidos de mulher, não há ninguém maior do que João. No entanto, o menor no Reino de Deus é maior do que ele” (7,28).

O grande convite da Solenidade da Natividade de João Batista a todos nós, é à humildade vivida por ele. Saber dar lugar, retirar-se e deixar Cristo aparecer. Nem sempre é fácil tal atitude. Costumamos, devido nossas carências e limites, plantar com entusiasmo, regar e cultivar com zelo, mas queremos também saborear os frutos. Não parece ser assim na Igreja de Jesus Cristo. Nela, uns plantam, outros regam, ainda outros deveriam cultivar e zelar o plantado pelos que passaram e somente outros que virão posteriormente, é que usufruirão dos frutos. Tal Igreja, discípula e missionária do Senhor, só é configurada com Cristo, se conseguir agir assim. Do contrário corremos o risco de desfigurá-la, apossar-nos dela e isso, geralmente, termina em desastre eclesiológico e pastoral.

            Sejamos a exemplo de São João Batista, Comunidades simples, descomplicadas, acolhedoras, amorosas e cheias de ternura, porém sem ter medo de corajosa e ousadamente “perdermos nossa cabeça”, a própria vida, cargos, funções e prestígios, por conta da coerência do Evangelho anunciado e vivido no hodierno de nossas relações, sobretudo nos serviços que prestamos, sempre gratuitamente neste mundo tão sedento de Deus, especialmente nesta experiência tão desafiadora que a Pandemia se nos impõe!



quarta-feira, 16 de junho de 2021

COMEMORANDO O ANIVERSÁRIO DA CIDADE!

 

Padre Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Tereza de Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com

 

É difícil escrever um artigo sobre como celebrar o aniversário da Cidade  num tempo em que a Pandemia persiste. Com razão, afirma-se de que somos reféns de uma crise sanitária trazida, em parte, pelo novo Coronavírus, a COVID-19, mas também é evidente que os investimentos na saúde nem sempre são prioridade, ou pelo menos, nem sempre são levados a sério tanto em nossa macro-região, como em nosso País Continental, não obstante ainda tenhamos a Saúde de melhor qualidade tanto em nossa aniversariante cidade, como em São Paulo, o mais rico Estado do Brasil. Já as crises econômicas, políticas e morais, aparentemente fogem ao controle dos Municípios. Elas, as crises, se nos são impostas desde a esfera Federal e também Estadual. O que não se pode negar, é que crises em geral, a priori, angustiam todos os cidadãos.

.A magnífica Professora e Escritora Maria Helena Silva Dutra de Oliveira, de saudosa memória, um dia enviou-me uma mensagem de George Carlin, que me ajuda a escrever este artigo, porque provoca uma reflexão e nos convida a encontrar um jeito de como celebrar o aniversário da Cidade de Ribeirão Preto. O aniversário é de todos, é nosso, é de cada cidadão ribeirãopretano.

O paradoxo de nosso tempo na história é que nós temos edifícios mais altos, mas temperamentos mais curtos, estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos. Nós gastamos mais, mas temos menos; compramos mais, mas aproveitamos menos. Temos casas maiores e famílias menores, mais conveniências, mas menos tempo. Temos mais diplomas, mas menos sabedoria, mais conhecimento, mas menos espírito crítico, mais especialistas e mais problemas, mais remédios e menos bem estar.

Nós bebemos muito, fumamos muito, gastamos sem cuidado, rimos muito pouco, guiamos muito depressa, ficamos muito bravos, dormimos muito tarde, levantamos muito cansados, lemos muito pouco, vemos muita televisão, rezamos muito raramente. Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos muito, amamos muito raramente, e temos raiva frequentemente.

Aprendemos como ganhar a vida, mas não uma vida.  Acrescentamos anos à nossa vida, mas não vida aos nossos anos. Vamos até a lua e voltamos, mas temos problemas para atravessar a rua para cumprimentar um vizinho. Conquistamos o espaço exterior, mas não o nosso espaço interior.

            Nossa cidade aniversariante antes feia e descuidada, agora já demonstra novamente zelo e beleza, porque seu povo continua lindo e cheio de novas esperanças. Já é novamente possível “cortar o bolo de aniversário”, porque “não levamos o bolo de novo” e a cada dia que amanhece não esqueçamos, de que cada um de nós tem sua parcela de responsabilidade: Exercendo a cidadania, cumprindo com nossa parte, e pedindo a quem nos governa, Executivo e Legislativo seja servidor do povo, garantindo-lhe sua dignidade!

             Desejo muito que o distanciamento social, e outras novas posturas que precisamos tomar para superar a Pandemia que continua nos surpreendendo a todos, nos ajudem a sermos pessoas melhores. Não cesse nossa capacidade de sermos solidários e olharmos para nossos concidadãos com olhos de um coração sempre mais generoso e sempre menos egoísta. Não deixemos que a desigualdade social cicatrize ainda mais nossa rica e tão acolhedora cidade aniversariante de Ribeirão Preto!



quarta-feira, 9 de junho de 2021

CELEBRANDO SANTO ANTONINHO, PÃO DOS POBRES!

 

Pe. Gilberto Kasper

pe.kasper@gmail.com

 

Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Teresa D’ Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.

 

Há muitas versões, estórias e lendas sobre Santo Antônio, Presbítero e Doutor da Igreja, chamado por nossa Reitoria, carinhosamente de Santo Antoninho, Pão dos Pobres! Trata-se da mesma pessoa, venerada de modos diferentes nos diferentes lugares onde nasceu, passou e morreu. 

 

Santo Antônio recebe dois títulos reconhecidos mundialmente: Santo Antônio de Lisboa (porque nasceu em Lisboa) e Santo Antônio de Pádua (porque foi em Pádua que exerceu seu ministério de exímio pregador e lugar onde morreu). Há muitas lendas em torno da vida e do exercício ministerial de Santo Antônio, porém, o que é indiscutível, que foi um arauto do Evangelho, ousado e corajoso pregador, sobretudo contra as injustiças sociais. Pregava coerência entre palavra e vida! Enquanto as pessoas o deixavam falando sozinho, os peixes se aproximavam das margens do Oceano para ouvi-lo. Enormes cardumes o ouviam... É, também, invocado como o “Santo Casamenteiro e das Coisas Perdidas”.

 

 Nós o chamamos de Santo Antoninho, Pão dos Pobres. Enquanto Santo Antônio exercia os serviços humildes de cozinheiro nos Conventos dos Frades Franciscanos, por onde andou, distribuía pães aos pobres, escondido dos superiores. Os melhores pãezinhos ele reservava aos pobres da redondeza dos Conventos e os distribuía. Daí a Família Proença da Fonseca, vinda de Lisboa, dar-lhe o título de Santo Antoninho, Pão dos Pobres!

 

Após um Tríduo Preparatório, solenizaremos neste dia 13 de Junho de 2021, domingo, em nossa Igreja a espera de restauro até hoje, a Festa de nosso Padroeiro. São 118 anos evangelizando por uma fé madura! (129º do início de sua construção). Celebraremos a Missa com a Bênção dos Pães aos Pobres às 9 horas! O Tríduo neste ano constitui na visita do Padre aos Doentes e Idosos, que já não podem mais participar de nossas celebrações, para quem somos a Igreja do Ir! Visito dezenas de Pessoas Idosas e Enfermas, saudando, benzendo e levando-lhes o Viático, Jesus em Viagem, sem muitas vezes entrar nas residências, mas observando os protocolos da Vigilância Sanitária, não passando dos portões, alpendres e garagens.

 

Muitas são as razões de nossa gratidão, por tantas pessoas de boa vontade que nos ajudam a manter nossa Reitoria, cujos nomes colocamos sob a proteção de Santo Antoninho. Elencá-los, tomaria todo o espaço de nosso artigo, mas ofereceremos todos no cálice precioso do Senhor, durante a Solene Missa! Sintam-se todos convidados a conhecer nossa modesta, mas acolhedora Igrejinha! Nossa ternura e profunda gratidão os aguardarão na Avenida Saudade, 202, nos Campos Elíseos de Ribeirão Preto, neste dia 13 de junho, às 9 horas para a Missa Dominical, Celebrando Santo Antoninho, Pão dos Pobres. A presença de cada um enriquecerá nossa simplicidade, já que Partilhamos de nossa Pobreza!



quarta-feira, 2 de junho de 2021

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - FESTA DE CORPUS CHRISTI

 

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

 


            A Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo entrou na liturgia da Igreja em 1247, em meio a polêmicas e dúvidas sobre a presença real de Jesus na Eucaristia. Desde o início, a solenidade é marcada por grandes concentrações populares e procissões majestosas pelas ruas. O Concílio Ecumênico Vaticano II deu-lhe novo significado, ligando-a estreitamente à Páscoa do Senhor, o mistério eucarístico por excelência. A Eucaristia como memória da Páscoa – a ceia da nova e eterna aliança -, centro da vida e da missão de Jesus entre nós. A festa de Corpus Christi recorda que o mistério pascal está todo presente na Celebração Eucarística.

            Celebrar a Eucaristia é renovar a aliança selada no sangue do Cordeiro, que se entregou por nós radicalmente como servo. Participando da Celebração Eucarística, somos convidados a fazer de nossa vida um serviço e dom gratuito, para o louvor de Deus e a libertação da humanidade. Uma oferenda perfeita com Cristo, pela ação amorosa e sempre fecunda do Espírito Santo. E, assim, tornar autêntica a afirmação de nossa fé: “Ele está no meio de nós!”.

            A Eucaristia é a aliança eterna e definitiva de Deus conosco, selada pelo sacrifício único de Jesus Cristo. Seu gesto de amor e entrega é para sempre e permanece atual, pela liturgia, em todo tempo e no decorrer da história da salvação da humanidade.

            No pão e no vinho da última refeição de Jesus, faz-se presente antecipado o dom da sua vida entregue até a morte sangrenta na cruz. A entrega de Jesus, sua morte-ressurreição, que aconteceram uma única vez (Hb 10,10-18), tornam-se presentes para nós pela ação litúrgica, ou seja, toda vez que fazemos memória destes fatos e de nossa salvação, anunciamos a morte do Senhor, até que Ele venha (1Cor 11,26). Não se trata de uma repetição, mas de uma atualização. O sacrifício é um só.

            Somos redimidos por um amor sacrificado, um amor que doou corpo e sangue, isto é, doou a vida. Não é o sangue por si mesmo que salva. O que salva são o amor e a fidelidade que levaram Jesus a enfrentar morte cruel e sangrenta. Depois da sua morte, não há outro sacrifício de sangue na nova aliança, pois não é o sangue em si que importa, mas a entrega, o amor de quem o derramou, e este é válido para sempre.

            Unindo-nos ao amor de Jesus, entregamos, no momento da Celebração Eucarística, o nosso corpo e sangue, toda nossa vida a serviço dos irmãos. Assim, nos tornamos “uma oferenda perfeita” com Cristo e em Cristo.

            Se, na verdade, desejamos participar da mesa eucarística, agora e no banquete celeste, somos convidados a participar de seu serviço gratuito e assumir em nossa carne a sua doação radical.

            Se queres honrar o Corpo de Cristo, não o desprezes quando ele está nu. Não o honres assim, na Igreja, com tecidos de seda, enquanto o deixas fora, sofrendo frio e carente de roupa. Com efeito, o mesmo que disse: ‘Isto é o meu corpo’ e que realizou, ao anunciar, também disse: ‘Viste-me com fome e não me deste comida (...)’. Começa por alimentar os famintos e, com o que te sobra, ornamentarás o altar” (Catequese de São João Crisóstomo).

            Certa vez uma menina de apenas seis anos, vendo o pai arrumar as alfaias para a Missa, subiu num banquinho e beijou a hóstia sobre a patena. O pai lhe disse: “Sua Bobinha. Por que beija esta hóstia? Jesus nem está aí!...” A menina respondeu: “Eu sei que Jesus ainda não está aí, mas quando chegar, encontrará meu beijo!...” Somos convidados a aprender da sabedoria desta menina, tornando-nos capazes de compreender e adorar Jesus Sacramentado, remetendo tamanho mistério à maturidade de nossa fé, tornando-nos também, capazes de beijar Jesus na pessoa do Outro. Sim, porque cada vez que comungamos Jesus Eucarístico, tornamo-nos seu Sacrário. Gosto de pensar, que acabamos sendo um porta-jóias, que leva em seu interior a mais preciosa jóia que alguém possa receber. Que a Eucaristia nos capacite cada vez mais ao amor com sabor divino!

            Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão, o abraço fiel,

            Padre Gilberto Kasper

(Ler Ex 24,3-8; Sl 115(116); Hb 9,11-15 e Mc 14,12-16.22-26)

Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Junho de 2021, pp. 20-27 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum (Junho de 2021), pp. 12-16.