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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - QUARTO DOMINGO DO TEMPO COMUM

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

         Caminhando no itinerário do ano litúrgico, vamos, pouco a pouco, seguindo Jesus. Hoje ele se manifesta como profeta do Pai. É aceito por uns, rejeitado por outros. Nele se cumpre a profecia de Simeão: “Este menino será sinal de contradição” (Lc 2,34).
            Jesus, o profeta, relembra e atualiza a aliança e o projeto de Deus ao povo, mesmo que por parte de alguns haja reação de desprezo, rejeição e até o expulsam da cidade.
            Como profetas do Pai, somos chamados a acolher a salvação como dom de Deus, salvação aberta a todos.
            Celebrar a Eucaristia nos torna comunidade profética a serviço da libertação dos pobres. Deus nos chama e nos consagra para a vivência do amor, como família que escuta e comunica a palavra da vida. A páscoa de Jesus se realiza em todos os grupos e pessoas que assumem com fé, esperança e coragem a missão libertadora.
            Deus nos ama, segundo sua palavra proclamada, desde o ventre materno e nos escolheu para formar comunidades unidas no amor e preparadas para enfrentar todo tipo de oposição ao projeto do reino.
            A exemplo de Jeremias, a comunidade tem a missão de ser profeta que não teme conflitos. O autêntico profeta encontra muita resistência em sua missão. O amor é o dom maior e permanente.
            Em Jesus, Deus cumpre a palavra e revela o seu amor na história humana: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. O projeto de Jesus encontra rejeições, desde o início, pois manifesta o significado universal de sua missão como Messias e Filho de Deus. A oposição a Jesus e sua mensagem libertadora culminará com a sua morte na cruz. A sua palavra e o seu testemunho impelem a um compromisso radical com a transformação das injustiças deste mundo.
            A Boa Nova de Jesus atinge outros povos, os gentios. Encontra rejeição para ser testemunhada da Galileia até Jerusalém e daí até os confins da terra, seguindo a narrativa de Lucas e Atos dos Apóstolos. Como Jesus, também os seus seguidores e as suas seguidoras enfrentam adversidades por causa da missão profética a serviço do Reino. A voz dos verdadeiros profetas continua sendo silenciada. Mas é necessário arriscar-se para proclamar a mensagem da salvação a todos os povos e nações.
            O verdadeiro profeta não é acolhido, pois fala em nome de Deus e está comprometido com o seu projeto de vida plena para todos. Jeremias, chamado e consagrado, desde o ventre materno, segue a vontade de Deus e se coloca a serviço do Reino da justiça. Diante das dificuldades, ele deve permanecer firme como “uma coluna de ferro e um muro de bronze”. Que a força da palavra de Deus nos envolva e nos liberte para estarmos sempre de prontidão, preparados, para anunciarmos a mensagem profética de esperança.
            Prossigamos com Cristo o caminho de fidelidade ao Pai, através do amor que foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo. Esse amor, que “jamais passará”, leva a formar uma grande fraternidade universal, superando todas as formas de discriminação e privilégios. A comunidade eclesial, construída no amor de Deus, torna-se firme e inabalável para anunciar a salvação a todas as pessoas.
            A comunidade, corpo do Senhor, participa de seu carisma profético, anuncia a sua Palavra, anuncia sua morte e proclama sua ressurreição e aguarda confiante sua vinda final.
            Que a participação nas mesas da Palavra e da Eucaristia renove em nós a vocação profética. Que sejamos anunciadores da Boa Notícia e corajosos para denunciar todo tipo de injustiça, corrupção e pecado que destrói as pessoas.
            O Ano Santo da Misericórdia reascende em cada cristão sua missão profética. Não é possível manifestar nossa fé, sem o sabor profético que é tridimensional: denunciar as injustiças, proclamar a Boa Notícia da presença do Reino de Deus revelado e presente entre nós e indicar nossa conversão, coerência e bom senso em todas as nossas relações: pessoais, eclesiais (comunitárias), políticas e sociais.
             Afirma-se que um verdadeiro cristão, não tem como viver sua missão profética na política de nosso sistema capitalista neoliberal selvagem, onde o dinheiro, o lucro fácil e imediato (muitas vezes a custa dos mais fracos e empobrecidos) sempre tem a “última palavra”. Um político profeta a exemplo de Jeremias, um cristão a exemplo de Jesus, um discípulo missionário a exemplo de Paulo não sobrevive aos nossos sistemas, que se escondem atrás de partidos em demasia e da covarde omissão de uma profunda “Reforma Política” prometida há década, mas que talvez não convenha aos nossos governantes equivocamente eleitos, ou então eleitos sem critérios e sem consciência política, profética e ética.
            Como seria bom, se todos nós, fizéssemos da descrição do amor, no cântico da Caridade proclamado na primeira carta aos Coríntios (12,31-13,4-13) a prática de nossa fé, e mais do que isso, a ousada, profética e corajosa agenda de compromissos nas diversas relações de nosso hodierno! Seguramente evitaríamos os “pecados sociais, inscritos no túmulo do Mahatma Gandhi, tão evidentes em nossas decisões eclesiais (pastorais e canônicas), políticas (em todos os Poderes constituídos) e pessoais, onde a todo o momento fazemos acepção de pessoas que nos convém e discriminamos as que nos incomodam: “São sete os pecados sociais: política sem princípios, riqueza sem trabalho, prazer sem consciência, educação sem caráter, negócios sem moral, ciência sem humanidade e religião sem sacrifício”.
            Sejamos corajosos e ousados, sem medo de perder oportunidades, cargos, funções, prestígio e pessoas interesseiras que se dizem amigas quando lhes somos úteis, tão somente. Tenhamos a coragem de Jesus, a quem somos convidados a remeter nossos interlocutores, por conta de nossa fé, que não pode continuar esclerosada, mas precisa ser manifestada ao mundo sempre. Eis nosso compromisso com a Família, a Sociedade e o Mundo em que vivemos.
            Sejam sempre muito abençoados, profeticamente. São Brás, o Protetor contra o mal da garganta e de qualquer outra doença, proteja nossa voz, especialmente em favor dos que não têm vez.
            Com ternura e gratidão, meu abraço sempre fiel e amigo,

Pe. Gilberto Kasper
(Ler Jr 1,4-5.17-19; Sl 70(71); 1 Cor 12,31-13,4-13 e Lc 4,21-30).

Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Janeiro de 2016, pp. 93-96 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum (Janeiro de 2016), pp. 79-83.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

ASSEMBLEIA ANUAL GERAL E ELETIVA DO FAC

Durante a Assembleia Anual Geral e Eletiva do FAC – FRATERNO AUXÍLIO CRISTÃO DA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO, dia 16 de Janeiro de 2016, às 10 horas na Sede do mesmo, Rua Barão do Amazonas, 881, Centro, foram apresentados e aprovados os Relatórios referentes a 2015 do Plano de Ação dos dois Núcleos mantidos pelo FAC: NSDH (Núcleo de Solidariedade Dom Hélder Câmara), que atende aproximadamente 70 Pessoas e Famílias para Fortalecimento de Vínculos, em Situação de Vulnerabilidade Social no Centro de Ribeirão Preto e NSDB (Núcleo de Solidariedade Dom Bosco), que atende 80 crianças e adolescentes no Contra Turno Escolar, acompanhando suas Famílias, também em situação de Vulnerabilidade. Também foi apresentado e aprovado pela Comissão Fiscal os Relatórios Financeiros do exercício de 2015 e as Previsões para 2016.
            Finalmente foi eleita a Nova Diretoria para os exercícios de 2016-2017, atendendo ao “Mandato Missionário” remetido por nosso Arcebispo Metropolitano de Ribeirão Preto, Dom Moacir Silva, à Família Diaconal de nossa Igreja particular, que além de continuar os trabalhos do FAC, reorganizará a Cáritas Arquidiocesana na mesma Sede do mesmo. A Nova Diretoria é composta pelos seguintes Membros:
        Presidente: Diác. Valdevino Boldrin
        Vice-Presidente: Diác. Cleiton Luiz Forgerini
        Secretário: Diác. Flávio Aparecido Livotto
        Vice-Secretário: Diác. Pérsio Luiz Dugaich
        Tesoureira: Mariza Tabor da Costa
        Vice- Tesoureiro: Diác. Adélcio Guirão
        Comissão Fiscal: Titular – Diác. Jeremias Godói Moreira
        Comissão Fiscal: Titular – Diác. Valdair Marques de Araujo Junior
        Comissão Fiscal: Titular - José Orlando
        Comissão Fiscal: Suplente - Joseli Alves de Oliveira Junior
        Comissão Fiscal: Suplente - Valdenir Silva Pastorelli
        Comissão Fiscal: Suplente - José Marcos da Silva
            Ainda em clima de celebração do 59º Aniversário de Fundação do FAC, a nova diretoria foi imediatamente empossada. Continuaremos apoiando a Família Diaconal a manter os bonitos Projetos do FAC. Como seria bom, se não precisássemos depender de Subvenções. Penso que está na hora da Arquidiocese de Ribeirão Preto reassumir o FAC e a CÁRITAS ARQUIDIOCESANA. Para isso precisamos, TODOS, superar nossa “Indiferença” e apoiar esse sério exercício da CARIDADE! Uma Igreja que junte forças para cuidarmos dos nossos POBRES, JUNTOS! Conclamamos que cada um pense e decida ser Sócio do FAC. O mínimo de R$ 20,00 mensais e o máximo de PESSOAS ajudando o FAC resolveremos os desafios financeiros mensais. Peça já seus boletos e seja um Sócio Contribuinte do FAC. O Ano Santo da Misericórdia é uma excelente oportunidade de optarmos por esta “Obra de Misericórdia”. Imaginem se todos juntos, desde nosso Arcebispo, os Padres, Diáconos, Alunos da Escola Diaconal, Paróquias, Comunidades e Movimentos Eclesiais aos nossos Familiares e Amigos, formos Sócios Contribuintes do FAC, os problemas seriam resolvidos! Peça já seus boletos na Sede do FAC – Rua Barão do Amazonas, 881 pelo Telefone (16) 3237-0942 ou converse com um dos Membros da Nova Diretoria. A Coordenadora do FAC, Ana Cláudia Abe espera por sua ligação. Embora já não mais membro do Conselho Diretor, continuarei como Voluntário do FAC. Reservo mensalmente R$ 150,00 como Sócio-Contribuinte. Alguns só poderão colaborar com R$ 20,00, já outros têm como ajudar com um valor maior. Continuarei divulgando e ajudando como puder. Mas juntos seremos um bonito testemunho de Igreja diante dos mais “Surrados pela Vida”. Concluo meu apelo com a frase da já anunciada “Santa Madre Teresa de Calcutá”: “Quando se serve a Deus, ajudar o próximo não é um fardo, é uma honra”! Com ternura,

Pe. Gilberto Kasper


COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - TERCEIRO DOMINGO DO TEMPO COMUM

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

            Neste Terceiro Domingo do Tempo Comum, Jesus continua a se manifestar. Hoje ele se manifesta num culto semanal na sinagoga de Nazaré, onde costuma participar, exercendo o ministério de leitor. Jesus, a Palavra de Deus viva e encarnada na história humana, proclama seu programa de vida.
         Nós comunidade de fé, seguidora de Jesus, escutamos como discípula fiel a Palavra do Senhor e renovamos o nosso compromisso de vivê-la, nos tornando amigos e amigas de Deus.
         Deus nos reúne em torno da sua palavra a fim de celebrarmos a eucaristia, para a qual convergem o programa de Jesus e a vida das nossas comunidades. Conscientes de que somos membros do único corpo de Cristo, façamos, nesta liturgia, memória da prática libertadora do Senhor, o ungido do Pai.
         Ouçamos a palavra de Deus, a qual cria comunidade e provoca a transformação dos corações, para que as pessoas se sintam membros do corpo de Cristo e sejam, a exemplo dele, ungidas para a missão.
         Na celebração, a assembleia escuta a palavra de Deus e dá adesão a ela. Por meio da palavra da Escritura, Jesus revela sua missão. A comunidade é o corpo de Cristo e cada pessoa é membro desse corpo. Cada Eucaristia, tornando presente Cristo libertador dos pobres, deve ser marcada pela dimensão da liberdade.
         Jesus realiza plenamente as Escrituras, anunciando a Boa Nova aos pobres, a liberdade aos que se encontram aprisionados, a vista aos que não enxergam e a libertação aos oprimidos. Assim ele cumpre o ano da graça do Senhor, proclamando a salvação integral do ser humano, ou seja, a libertação de todas as formas de opressão. O olhar fixo nas palavras e nas ações de Jesus, nos leve a centrar as forças no serviço ao Reino da vida.
         O documento de Aparecida, no número 361, afirma que “o projeto de Jesus é instaurar o Reino de seu Pai. Por isso, pede a seus discípulos: ‘Proclamem que está chegando o Reino dos céus!’(Mt 10,7). Trata-se do Reino da vida. Porque a proposta de Jesus Cristo a nossos povos, o conteúdo fundamental dessa missão, é a oferta de vida plena para todos. Por isso, a doutrina, as normas, as orientações éticas e toda a atividade missionária das Igrejas, deve deixar transparecer essa atrativa oferta de vida mais digna, em Cristo, para cada homem a para cada mulher”. E no número 358, acentua: “as condições de vida de muitos abandonados, excluídos e ignorados em sua miséria e dor, contradizem com o projeto do Pai e desafiam os cristãos a um maior compromisso a favor da cultura da vida. O Reino de vida que Cristo veio trazer é incompatível com essas situações desumanas”.
         A Palavra de Deus é sempre atual, pois fala da vida e da história do ser humano, interpelando-o a gestos de amor fraterno e de partilha. Fortalece a fé e a esperança para que todos sejam “Teófilo”, isto é, amigos de Deus. Ela deve ressoar em nossa vida e missão, conduzindo-nos a uma prática libertadora integral, conforme a Boa Notícia trazida por Jesus de Nazaré.
         Recebemos dons do Espírito para realizarmos nosso compromisso batismal a serviço do Reino. Como membros do corpo de Cristo, somos impelidos a colaborar para a realização do amor e da justiça. Formamos uma comunidade fraterna, chamada a continuar a missão de Jesus. Que possamos ser instrumentos de libertação, participando das alegrias e dos sofrimentos uns dos outros, tendo um cuidado especial com os membros do corpo mais necessitados.
         Que de fato, se cumpra a Palavra da Escritura que proclamamos e ouvimos.
         Que a Palavra que se faz carne no hoje da comunidade celebrante, Palavra que é luz para os olhos, alegria ao coração, de fato seja traduzida na realidade, num programa de vida que transforme todo tipo de morte em vida.
         São Paulo compara nossa Igreja a um corpo, do qual a cabeça é o próprio Cristo, e nós seus membros. O Ano Santo da Misericórdia nos remete à experiência eclesial das primeiras comunidades cristãs, descritas no Livro dos Atos dos Apóstolos, bem como nas Cartas de São Paulo. Somos convidados a sermos uma Igreja, isto é, um Corpo bem malhado, sarado e cuidado, como dizemos de nossos físicos atualmente. Para isso é preciso dieta balanceada: capacidade de acolhida, perdão, misericórdia, diálogo com o diferente e, sobretudo humildade. Precisamos, também, malhar: fazer o exercício do serviço ao invés da busca de cargos, poder e prestígios. Há membros em nossas Comunidades de Fé que querem escolher qual membro será. Mas quem determina nossa missão não somos nós mesmos, e sim o Espírito Santo. Há até quem pensa que poderia “barganhar” com o Espírito que conduz a Igreja de Jesus Cristo, tentando ser o dedo indicador, o olho, ou não aceitando ser o dedo mínimo, aquele que fica escondido no sapato. Tais eventos mutilam a Igreja; deformam-na, deixam-na aleijada. Imaginemos um corpo feito só de olhos, ou só de dedos indicadores. Teríamos diante de nós um monstro, não um corpo.
         Outros ainda pensam que faltando à Comunidade não farão falta. Um corpo que seja privado, mesmo pelo menor dos membros, torna-se um corpo portador de deficiências. Por isso, TODOS são imprescindíveis. Ninguém pode faltar. Todos são importantes, cada um na sua missão eclesial, discípula e missionária. Não mutilemos a Igreja de Jesus Cristo por querermos ser melhores, e muito menos por nos sentirmos dispensados da Comunidade de Fé!
         Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão, meu abraço sempre amigo e fiel,

Pe. Gilberto Kasper
(Ler Ne 8,2-6.8-10; Sl 18B(19); 1 Cor 12,12-30 e Lc 1,1-4; 4,14-21).

Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Janeiro de 2016, pp. 74-77 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum (Janeiro de 2016), pp. 74-78.

A TERNURA DE DEUS EM MEU SACERDÓCIO!

Pe. Gilberto Kasper


Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente na Associação Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo Educacional da UNIESP, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.

Há 26 anos, na manhã do sábado, dia 20 de Janeiro de 1990, Festa de São Sebastião, na Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto, ajoelhado sobre o túmulo do primeiro Bispo de nossa Arquidiocese, Dom Alberto José Gonçalves, por imposição das mãos de nosso amado Dom Arnaldo Ribeiro, fui ordenado Sacerdote para Sempre! Muitos erros e acertos, grande experiência de vida e profunda gratidão a cada dia, sem nenhum momento de arrependimento, pelo sim dado com minhas mãos entre as mãos do Arcebispo.

               Quantas pessoas passaram por minha vida nestes 26 anos? Pela vida de quantas pessoas passei eu? Penso ser um momento de avaliação, de balanço, de gratidão e de pedido de perdão, pelas vezes em que não consegui ser um bom padre! Escolhi como lema sacerdotal, a quinta bem-aventurança do Sermão da Montanha: "Bem-Aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia" (Mt 5,7), já que sempre me senti um servo inútil e indigno da graça do ministério sacerdotal! Mesmo assim Deus me quis Padre, tamanha é Sua Bondade, Seu Amor e Sua Misericórdia para comigo.

               Ao longo do amadurecimento no meu exercício ministerial, fui descobrindo que a melhor maneira de ser fiel ao Sacerdócio, é adotar a Teologia da Ternura! Mesmo que não tenha conseguido ser fiel, como quis ou deveria sempre me acompanhou o esforço pessoal por ser um sacerdote bom e misericordioso, a exemplo de São João Maria Vianney, o Cura D'Ars, cuja vida conheci no primeiro Seminário que me acolheu na Arquidiocese de Porto Alegre (RS), dedicado a ele. Como ele, o Sacramento que mais gosto de celebrar, é o da Reconciliação, depois, é claro, da Eucaristia. Como é bom ser dispensador do perdão de Deus àqueles que perderam sua paz interior para o pecado. Pois é no Sacramento do Perdão, que Jesus nos devolve a paz que o pecado nos rouba. Tenho sido muito feliz ao acolher tantas pessoas em nossa amada Santo Antoninho, Pão dos Pobres, que é para mim, o lugar ideal para a santificação de meu sacerdócio, colaborando na santificação dos irmãos!
                                                                                                                                             
                Como coroinha na Igreja Matriz, ou brincando de Missa com os vizinhos na estrebaria de casa, minha vocação ao sacerdócio foi se confirmando a cada dia que passava. Sentia sempre a necessidade de perdoar, desde tenra idade a quem me ofendesse ou machucasse. Nunca consegui bater em ninguém. Mas sempre fui muito peralta e, mais pedia perdão do que precisava perdoar. Daí meu lema sacerdotal ser a bem-aventurança da misericórdia.

               Que eu consiga viver meu sacerdócio pautado nos olhos de Deus, que promovem a justiça e amar as pessoas com o coração de Jesus, que dão sentido ao meu lema e à minha fidelidade sacerdotal: "Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! E em cada Eucaristia que celebro, cabem todas as pessoas que me ajudaram a ser Padre, no precioso cálice do Senhor, como minha mais sublime e profunda gratidão!


                 Para selar A Ternura de Deus em meu Sacerdócio, passarei mais esse aniversário de Ordenação Presbiteral em retiro! Para celebrar minha ação de graças escolhi o “deserto” e o silêncio, nos quais me encontrarei com cada um na oração profunda e na Eucaristia. Àqueles que quiserem me presentear, por favor, façam-no na oração por mim e sintam o carinho de minha oração por cada um dos que meu Sacerdócio permitiu amar!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - SEGUNDO DOMINGO DO TEMPO COMUM

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!


            No início do Tempo Comum, depois do Natal e antes da Quaresma, lemos o início da missão de Jesus com o chamado dos discípulos, a proposta do Reino. “No ano C, é Lucas quem nos conduz; ele insiste no seguimento radical de Jesus, ensina-nos a orar, a amar, a perdoar, a nos deixar guiar pelo Espírito, a levar em conta as mulheres, a colocar no centro de nossa vida o acolhimento e a preocupação com os pobres...” (Ione Buyst).
            Neste segundo domingo, celebramos a manifestação de Deus em Jesus, em Caná da Galileia, no contexto de um casamento e aí Jesus realiza o seu primeiro sinal.
            Reunidos pelo Espírito, somos convidados a tomar parte no banquete festivo das bodas de Caná, quando Jesus realiza o seu primeiro sinal. Verdadeiro esposo da humanidade, ele nos oferece o bom vinho que a todos alegra. Sintamos a honra de sermos participantes das núpcias, sinal da aliança de Deus com seu povo.
            A comunidade celebrante, noiva de Jesus, nunca será abandonada nem ficará deserta. Na diversidade de dons e carismas, a comunidade Igreja celebra as núpcias com o Cordeiro.
            A exemplo do profeta Isaías, não podemos nos acomodar enquanto a justiça e a liberdade não florescerem. Jesus é o noivo da comunidade reunida. A diversidade de dons, quando postos em comum, é sinal de riqueza na comunidade.
            Celebrar a Eucaristia significa renovar o gesto que constitui esta comunidade em povo de Deus. O vinho consagrado, sangue de Cristo e sinal de seu amor pela Igreja, antecipa a festa da nossa assembleia que se torna plena nas núpcias eternas.
            O casamento em Caná é o primeiro dos sete sinais, escolhidos pelo evangelista para revelar Jesus como o Messias e Filho de Deus. É o início da manifestação da glória de Cristo que se plenificará, através de sua entrega na cruz. A água, transformada em vinho, é sinal da vida nova, do vinho novo da salvação, que o Senhor oferece de forma abundante como esposo da humanidade.
            Os discípulos expressam sua adesão a Jesus, através do acolhimento aos sinais de amor e de salvação. O Senhor permanece fiel à aliança e nos cumula de dons para que possamos colocá-los a serviço da edificação da comunidade, criando relações fraternas. Por meio da fé em Jesus Cristo, formamos um só corpo, no mesmo Espírito.
            Maria é modelo de fidelidade à aliança, ao plano de amor de Deus, revelado em Cristo. Com solicitude maternal, ela percebe que “eles não têm mais vinho”. Sua atitude nos ensina a sermos pessoas sensíveis e comprometidas com as necessidades dos irmãos e das irmãs. Maria não cessa de interceder junto ao Filho para que a humanidade alcance a vida em plenitude.
            O documento de Aparecida, número 364, convida que “fixemos o olhar em Maria e reconheçamos nela a imagem perfeita da discípula missionária. Ela nos exorta a fazer o que Jesus nos diz (cf. Jo 2,5) para que ele possa derramar sua vida, entregando-a. Junto com ela, queremos estar atentos uma vez mais à escuta do Mestre e, ao redor dela, voltarmos a receber com estremecimento o mandato missionário de seu Filho: ‘Vão e façam discípulos todos os povos’ (Mt 28,19)’”. Escutamos Jesus como comunidade de discípulos missionários, que experimentaram o encontro vivo com ele, e queremos compartilhar todos os dias com os demais essa alegria incomparável.
            O encontro com Cristo proporciona experimentar o melhor vinho que salva e dá sentido à nossa festa. Como verdadeiro esposo, Jesus está sempre presente para oferecer o vinho novo, sinal de seu amor e de sua ação libertadora. Somos chamados a distribuir o vinho que o Senhor nos oferece, entre os convidados, para a grande festa da vida. O nosso anúncio deve irradiar a alegria da festa, do banquete do Reino.
 Imaginemos esse casamento em Caná. Deve ter sido de um casal pobre. Maria, Jesus e seus Discípulos pobres, foram convidados. Ricos não se misturavam com os pobres. Nem se poderia imaginar que algum pobre fosse convidado à sociedade da época, mais ou menos como é em nossos dias. O vinho era uma bebida nobre e cara, consumida somente em grandes eventos, como núpcias. Os Apóstolos, tendo deixado tudo para seguir o Mestre, aproveitavam de oportunidades como essas, para “tirarem a barriga da miséria”. Eram “bons de copo” e também Jesus bebia com eles, o vinho do casamento. Maria entra em cena: Mãe preocupada; Mulher perspicaz e Discípula confiante no Filho. Do ponto de vista humano, como qualquer mãe, chama a atenção do filho, advertindo-o, quem sabe, de que seus amigos estavam exagerando na bebida. “Eles não tem mais vinho”. Em outras palavras: “peça aos seus amigos, para maneirarem no copo”. Jesus, aparentemente parece grosseiro com a mãe: “Mulher, por que dizes isso a mim? Minha hora ainda não chegou”. Mesmo assim Maria sabe em quem põe sua confiança e vai aos que servem e pronuncia o coração desse Evangelho: “Fazei o que ele vos disser”. E o que Jesus diz? Que participemos do Seu primeiro grande sinal (milagre). Enchamos as talhas de água, que Ele transforma em vinho, o melhor vinho. Nossa participação é apenas água, o resto fica por conta do Senhor. Ainda: Jesus resume seu anúncio evangélico numa única orientação: “Amai-vos como eu vos amo!” E isso não parece ser tão simples assim. Quem ama, se preocupa, promove, fala bem do outro, não inveja ninguém, não engana e nem mente. Eis razões para nossa conversão em nossas relações de Comunidades Eclesiais, Políticas e Sociais.
            Conta-se que um casal pobre, preparando-se para o casamento, deixara um barril diante da casa do noivo. Os convidados, conforme costume da época, passavam pelo barril e nele depositavam, ao longo do dia do casamento, sua porção de vinho a ser consumida nas bodas. Ao servir a primeira taça de vinho, o noivo foi ao barril. Qual não foi a surpresa: era pura água. Todos aqueles convidados pensaram a mesma coisa: “Coloquemos água no barril, pois como todos colocarão vinho, ninguém perceberá que colocamos água...” Isso é muito frequente em nossas Comunidades e na Sociedade que vive na hipocrisia das aparências. Tem gente que vai às festas para “tirar a barriga da miséria” e ainda sai com bolsas cheias de docinhos, e há aqueles que não partilham nada, apenas buscam levar vantagem em tudo.
            Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão, meu abraço sempre amigo e fiel. Para meu 26º aniversário de Ordenação Sacerdotal, no próximo dia 20, Festa de São Sebastião, Padroeiro de nossa Igreja Catedral e Cidade de Ribeirão Preto, não espero presentes, mas a oração de uma Ave Maria bem rezada, proveniente do fundo do coração, por minha santificação e fidelidade em meu ministério ao serviço gratuito pelo Reino. Escolhi o “silêncio orante no deserto” para agradecer a Deus o dom de minha vocação. Nos encontraremos, portanto, apenas na oração de ação de graças. Que eu saiba oferecer o melhor vinho que o Senhor me concedeu.

Pe. Gilberto Kasper
(Ler Is 62,1-5; Sl 95(96); 1 Cor 12,4-11 e Jo 2,1-11).

Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Janeiro de 2016, pp. 57-59 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum (Janeiro de 2016), pp. 68-73.

COMUNICADO DE RENÚNCIA E GRATIDÃO!

Pe. Gilberto Kasper


Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente na Associação Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo Educacional da UNIESP, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.

Profundamente agradecido pela confiança que me deferiram, bem como, entristecido pelas razões que me levam a tomar a decisão do meu Comunicado de Renúncia, à condição de membro do Conselho Diretor e em consequência, de Presidente do mesmo Conselho e também da Diretoria, apresento-lhes minha profunda admiração pelo magnífico trabalho que realizam junto ao FAC, Fraterno Auxílio Cristão da Cidade de Ribeirão Preto. Assim, não sou candidato para a Assembleia Eletiva de 16 de janeiro de 2016.

            Meus motivos de Renúncia são exclusivamente de ordem pessoal, mais precisamente, porque me faltam disponibilidade e capacidade para continuar trabalhando neste bonito projeto de inclusão social de tantas pessoas queridas. Reconhecer meus limites é meu gesto de humildade, agora necessário.

Minha gratidão se estende, além da Diretoria, às Coordenadoras, Pedagogas, Psicóloga, Assistentes Sociais, Funcionários, Voluntários e Benfeitores que sempre me trataram com ímpar carinho. Agradeço o apoio e a confiança de nosso Arcebispo Metropolitano, Dom Moacir Silva e da Secretária Municipal de Assistência Social, Maria Sodré, pela confiança e pelo apoio que dispensaram aos projetos que juntos, conseguimos concretizar. Levá-los-ei todos na ternura de meu coração agradecido.

O FAC necessita de mais colaboradores e sócios mensais, para diminuir os grandes desafios que enfrenta, mensalmente, para honrar os compromissos com Folha de Pagamentos, Encargos Sociais e outros. Sei que a Família Diaconal assumirá com zelo o “Mandato Missionário” que nosso Arcebispo lhe confiou: de assumir o FAC e junto a ele, reorganizar a Cáritas Arquidiocesana, adormecida nos últimos anos em nossa Igreja particular. Mas para que obtenham êxito, é necessário que todos: cristãos ordenados ou não, somem seus esforços, partilhando de sua pobreza com os mais pobres do que nós. Basta ligar (3237-0942) e pedir os boletos bancários, tornando-os Sócios Contribuintes do FAC. Com o mínimo de R$ 20,00 e o máximo de pessoas comprometidas com os mais pobres de nossa Arquidiocese, ajudaremos o FAC a cumprir sua nobre missão: “Promover a dignidade das pessoas ‘surradas pela vida’, trabalhando em equipe revestida de confiança e sensibilidade para com os projetos de vida em favor da CARIDADE!”.


            Continuarei colaborando e ajudando, como Sócio Voluntário, de acordo com minha visão, valores, missão colocando meus dons a serviço do Reino de Deus, estampado no rosto dos mais pobres de nossa amada Igreja, e garanto nosso encontro em minhas orações com a mais profunda ternura. 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - FESTA DO BATISMO DO SENHOR

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!


         Concluindo as celebrações natalinas, festejamos o Batismo de Jesus. Embora não precisasse ser batizado, o Senhor quis se solidarizar com todo o povo que buscava o batismo de João. Esta liturgia é momento favorável para relembrarmos e renovarmos nossos compromissos batismais.

            As leituras nos revelam o servo de Deus, fortalecido pelo Espírito e enviado para proclamar a boa-nova da paz. Pelo batismo também nós recebemos o Espírito que nos anima na missão e nos dá força para perseverar no bem.

            Somos servos do Senhor a serviço da comunidade e responsáveis por construir uma sociedade justa. Jesus busca, em João, o batismo. Aí é proclamado “Filho amado de Deus”. A prática da caridade e da justiça deve ser nosso diferencial diante de Deus.

            Em cada batizado que celebro, costumo fazer três perguntas aos pais e padrinhos: Sabem o dia em que foram batizados? Quem (o padre, diácono ou ministro) os batizou? São de Igreja, participando de alguma Comunidade de Fé? Geralmente a reposta é “NÃO”. Quem não sabe o dia do batizado, também não o celebra, pelo menos, consciente e livremente. Talvez por tradição, ou porque é hábito da família. Sem uma Comunidade, que sustente os compromissos batismais, a fé recebida no dia de nosso batismo esclerosa, resseca, mofa. Já o Ano da Misericórdia é um insistente convite, de que arejemos nossa fé, cultivando-a e por meio dela, anunciemos as maravilhas que os dons do Espírito Santo realizam naqueles que se abrem e se convertem a Ele. Esconder tais dons significa insensibilidade, indiferença e até omissão. Eis a hora de assumirmos nossa fé, como dom precioso que nos é dado desde o “Útero da Igreja”, a Pia ou Bacia Batismal!

            A festa do Batismo de Jesus revela para nós mais uma dimensão de sua encarnação. É a manifestação pública da sua missão. Solidário com o povo, Jesus também entra nas águas do Jordão para receber o batismo. O seu mergulho na água se liga com seu mergulho na nossa humanidade. Jesus se faz solidário, e mais ainda, Servo e Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele assume nossa condição humana, num ato solidário, que o leva até a Cruz. É uma caminhada que vai em direção à Páscoa.

            Podemos nos perguntar se, a partir do Batismo de Jesus, procuramos entender e concretizar o nosso batismo. Estamos dispostos a “mergulhar” no projeto de Jesus para construir relações humanas dignas, a começar pela família, no aconchego do lar, na escola, no trabalho, na Igreja, no mundo, com atitudes solidárias, ecumênicas?

            A liturgia deste domingo, que encerra o Tempo do Natal, recorda o batismo de Jesus, por João Batista, nas águas do rio Jordão onde ele é manifestado como Filho amado do Pai. Solidário com os que buscavam a conversão e a vida nova, ele se deixou batizar, enquanto permaneceu em oração. Em sintonia com o povo e com Deus, Cristo ouviu a voz do Pai que o consagrou para cumprir o seu plano de salvação.

            Jesus havia acolhido o movimento de João Batista, a voz profética que ressoa, após anos de silêncio. Sobre ele desce a plenitude do Espírito Santo, a força do amor do Pai, para realizar a sua vontade. Assim o Reino, que se manifesta através de seu ministério, expressa o desígnio salvífico de vida plena para toda a humanidade. Quem o segue no caminho do discipulado é impelido a trilhar o seu caminho de justiça e de solidariedade.

            Deus se revelou em Jesus, confiando-lhe a missão de Servo e Filho amado. Pelo batismo, mergulhamos no mistério da morte e da ressurreição de Jesus para vivermos a vida nova. Em Cristo, recebemos o Espírito para a missão e fomos adotados/as como filhos e filhas de Deus. Somos gerados a cada dia, pelo amor misericordioso e bondade infinita do Pai, para renovarmos a nossa adesão e o nosso compromisso com o seu Reino.

            Iluminados e “banhados em Cristo, somos uma nova criatura! As coisas antigas já se passaram, somos nascidos de novo”. Unidos a Cristo, o Ungido do Pai, nos tornamos continuadores de sua missão profética, sacerdotal e régia. Ele nos confirma no anúncio e testemunho da Boa Nova do Reino, pois “passou a vida fazendo o bem e curando a todos os que estavam sob o poder do mal”.

            Vamos abrir o ouvido do coração para acolher a voz do Pai, que ressoa dentro de nós, e que declara nossa missão: Tu és minha filha muito amada, tu és meu filho muito amado.

            O Batismo é nosso segundo parto. Primeiro partimos do útero de nossa mãe. Quando batizados, partimos do útero da Igreja, preparando-nos à luz da fé que nele recebemos para o parto definitivo, que se debruça sobre a esperança de que morrendo, partindo do útero da terra, veremos Deus como Deus é, e isso nos basta. Renovemos nossos compromissos batismais, buscando viver nosso Batismo na relação com Deus, que nos adota como seus de verdade, e com os outros, que se tornam nossos irmãos, para santificar-nos. Todo batizado torna-se um ser divinizado, isto é, candidato à santidade. Por isso não é nenhuma pretensão descabida, queremos ser santos. Devemos, isso sim, esforçar-nos todos os dias, para sermos santos.

            Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão, o abraço sempre amigo e fiel,

Pe. Gilberto kasper
(Ler Is 42,1-4.6-7; Sl 28(29); At 10,34-38 e Lc 3,15-16.21-22)
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Janeiro de 2016, pp. 39-42 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo de Natal – Janeiro de 2016, pp. 62-67.