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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

QUARTA-FEIRA DE CINZAS: INÍCIO DA QUARESMA!


Padre Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com

A Quarta-Feira de Cinzas inicia na Igreja um período de quarenta dias de preparação à principal Festa dos Cristãos: A Páscoa do Senhor!  Daí o nome: QUARESMA! É um tempo muito rico e que nos propõe alguns exercícios penitenciais, que visam melhorar nossa qualidade de vida, como cristãos, filhos de Deus e irmãos uns dos outros. A Quaresma vai da Quarta-Feira de Cinzas até a Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa, exclusive. A Igreja prescreve tanto para a Quarta-Feira de Cinzas, como para a Sexta-Feira Santa um Dia de Jejum e Abstinência o que não significa que ao longo deste tempo não se façam tais ou outros exercícios que nos levem a uma maior solidariedade e fraternidade para com os mais pobres.
              
Os exercícios quaresmais de penitência são: a oração, o jejum e a esmola! Os cristãos são chamados a aprimorar a qualidade de sua relação com Deus através de maior tempo de recolhimento e oração, na meditação da Palavra e na escuta da vontade de Deus para com a humanidade; a aprimorar a qualidade de sua relação consigo mesmos através do jejum e a aprimorar a qualidade de sua relação com os irmãos menos favorecidos, através da esmola, que melhor soaria como partilha!
               
Nossa oração, como diálogo, só é capaz de chegar ao coração de Deus, quando brota do nosso próprio coração. Do contrário seria a mesma coisa, como falar num telefone desconectado. Nosso jejum não pode reduzir-se a uma simples dieta que nos ajude a emagrecer, porque deixamos de consumir certas guloseimas que geralmente engordam. Não podemos esquecer que nossa região possui um dos lixos mais luxuosos do Brasil, ou seja, comida manufaturada jogada no lixo. Mais esbanjamos do que consumimos do necessário. É a comida que sobra nos pratos por conta de etiquetas já ultrapassadas ou que azeda nas panelas de nosso povo. Nossa esmola não pode reduzir-se a um simples desencargo de consciência ou ato de dó. Deve transcender ao esforço de que todos, principalmente os que têm menos do que nós, possam viver com igual dignidade humana.
               
A Campanha da Fraternidade sugere a Coleta da Solidariedade que acontece em todas as Comunidades do Brasil no Domingo de Ramos. O resultado dessa Coleta é investido em projetos de promoção humana, favorecendo os que tantas vezes nossa sociedade de consumo exclui, mas que sempre foram os preferidos de Deus. Gosto de sugerir que esta Coleta seja o resultado dos exercícios quaresmais de penitência: a oração, o jejum e a abstinência que remetemos aos mais pobres do que nós. De nada valerá contribuir com a Coleta da Solidariedade, colocando determinado valor que não nos faça falta. Mas se nossa contribuição for o resultado do nosso jejum e de nossa abstinência, durante os quarenta dias da Quaresma, o valor será agradável a Deus e produzirá frutos saborosos em benefício dos mais necessitados. Sugiro que façamos as contas de quantos refrigerantes, sorvetes, carnes ou outros prazeres deixaremos de consumir por conta de nosso jejum e de nossa abstinência. O resultado destes é que deveria ser oferecido no dia da Coleta e jamais uma quantia qualquer. Nosso jejum e nossa abstinência só agradarão ao coração de Deus, enquanto forem revertidos em benefício de quem tem menos do que nós.
               
Sejamos, nesta Quaresma, melhores do que em todas as anteriores. Assim seremos mais autênticos diante de Deus, de nós mesmos e dos outros.

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - OITAVO DOMINGO DO TEMPO COMUM


Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!


             Na assembleia dominical, durante a celebração da Eucaristia, memorial da vitória da Vida sobre a morte, reconhecemos em Cristo a árvore boa que nos dá os melhores frutos de salvação. Hoje o Senhor nos motiva a nos empenharmos cada vez mais em sua obra, de modo que nosso falar e agir sejam de discípulos que buscam ser iguais ao seu Mestre. Ele nos ensine a ver com seus olhos nossas fragilidades e a externar as coisas boas do nosso coração.
            Este domingo encerra a primeira parte do Tempo Comum, neste ano C. Esse primeiro conjunto de celebrações nos colocou à escuta da Palavra e do ministério de Jesus, como discípulos que se preparam à missão. A esperança é ideia central na liturgia deste domingo, esperança de que nossas obras demonstrem as motivações de nosso coração. Daí ser o verde a cor litúrgica.
            Por meio de exemplos tirados da roça, o autor do Livro do Eclesiástico mostra como se pode conhecer o interior de uma pessoa por aquilo que ela fala. Ainda que as palavras possam enganar, as ações (os frutos) não enganam. Portanto, o melhor modo de conhecer uma pessoa é ver a correspondência entre o que diz e o que faz.
            Com os diversos ditos do Evangelho de Lucas de hoje, Jesus dirige a seus discípulos várias advertências: não se pode guiar os outros se não se consegue guiar a si mesmo (caso do cego); antes de julgar os outros, olhar para os próprios defeitos (cisco no olho); a prática concreta revela o que a pessoa é (caso da árvore). Numa palavra, Jesus quer chamar a atenção para o cuidado que se deve ter antes de julgar ou condenar uma pessoa.
            Paulo aos Coríntios proclama a vitória final da vida, até mesmo a própria morte. A fé na ressurreição nos leva a viver, desde agora, a vida nova. A morte foi vencida porque o pecado, causador da morte, foi destruído por Cristo ressuscitado.
            A ideia principal deste conjunto de leituras é a revelação do coração por meio das obras e das palavras. Para os dias de hoje, cabem perguntas muito simples: Qual a impressão causada por nossas ações, nossas palavras, nosso jeito de ser e de nos relacionarmos? Será que a fé – sentida, experimentada e celebrada – fala por meio de nossas palavras? É comum ouvirmos que o mistério não precisa ser explicado porque fala por si mesmo. Também nossas ações são mistagógicas, porque falam por si mesmas, e falam do que está em nosso coração.
            Hoje, percebemos uma grande dificuldade no que concerne no comprometimento da religiosidade com a prática. Ganham força estilos e práticas religiosas circunscritas ao eu, frutos do individualismo que adoece nossa sociedade. Encontro-me com Jesus, sinto-me restaurado e recebido por ele, minha vida prospera, e tudo parece ir bem. Mas não é aí que Jesus enxergou o ponto de chegada. Na verdade, é este o ponto de partida. O encontro verdadeiro com Jesus tem apenas uma consequência possível: o impulso ao outro, à vivencia do amor, à prática do Evangelho.
            Ao instituir o amor como a marca de seus discípulos, Jesus não faz uma escolha dentre tantas outras possíveis, mas reconhece ser o amor a única resposta possível diante do Pai. Se pensamos de acordo com a liturgia de hoje, ações misericordiosas revelam um coração misericordioso e ações justas dão a conhecer a justiça do coração. Um ser alegre transmite a felicidade que está no interior enquanto a gratidão mostra o otimismo que está no pensamento. Mas só a vivência do amor revela quem é discípulo de Jesus, isso porque o amor segundo o modelo de Jesus – de serviço e doação – reúne todas as virtudes imagináveis: misericórdia, justiça, compaixão, sensibilidade, alegria, disposição, fé, esperança e tantas outras.
            Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão, meu abraço,

Pe. Gilberto Kasper
Ler: Eclo 27,5-8; Sl 91(92); 1 Cor 15,54-58 e Lc 6,39-45.
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Março de 2019, pp. 20-22 e Roteiros Homiléticos da CNBB do tempo Comum (Março de 2019), pp. 28-31.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - SÉTIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM




Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

            No Sétimo Domingo do Tempo Comum bendizemos o Senhor bondoso e compassivo, celebrando a Eucaristia, memorial da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Nela somos convidados a fazer a experiência do amor misericordioso de Deus e refletir esse amor com nossa vida, superando o espírito de ódio e vingança para darmos lugar ao perdão e à bondade.
            O Primeiro Livro de Samuel nos apresenta Davi que se recusa a eliminar seu adversário, pois reconhece nele o “ungido do Senhor”, ou seja, aquele que recebeu de Deus a missão de governar o povo de Israel. Assim, dá uma demonstração de perdão ao “inimigo político”. Deus quer o ser humano vivo. Da mesma forma, a pessoa também deve querê-lo vivo, ainda que seja seu adversário.
            No “sermão da planície” de Lucas, Jesus nos ensina a viver como seus seguidores. O cristão faz a diferença na vivência do amor até aos inimigos. Jesus nos propõe algo difícil de assumir, mas não impossível. Amar os inimigos significa amar a todos, não apenas os familiares, os amigos e os conterrâneos. Sejamos misericordiosos como “Deus é misericordioso”.
            Paulo continua falando à Comunidade de Corinto a respeito da ressurreição, que deve ser vista como nova criação, pois pertence ao Espírito de Deus. Para mostrar como os mortos ressuscitam, apresenta o confronto entre Adão (um ser vivo) e Cristo (um ser vivificante).
            A grande chave para que possamos compreender toda a dimensão do amor proposto por Jesus está apresentado e visto como uma regra de ouro: “o que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles” (Lc 6,31). Somente quando nos colocamos no lugar do outro, quando nos envolvemos com o nosso próximo, podemos compreender as suas motivações e assim, perdoá-lo, compreendê-lo e acolhê-lo. Este ideal pressupõe uma fé madura no uso da liberdade: ser livre para amar não como eu quero, mas como Deus quer que amemos. Seguindo este critério, a nossa atitude em relação aos outros não pode ser de forma diferente daquela que Cristo viveu e nos ensinou: sejamos misericordiosos como o Pai é misericordioso. Deus não nos trata segundo nossas faltas, mas ama a todas as pessoas, indistintamente, com amor eterno e as cumula com a abundância de seus bens. Se vivermos segundo esse critério, seremos filhos do Altíssimo e será a nossa recompensa nos céus.
            A base de todo discipulado de Jesus é o amor ao próximo e em particular aos que nos perseguem. Isso não é simples como parece. Mas o convite para nós, neste domingo, é que nos esforcemos para amar, sem nenhum fingimento ou hipocrisia, também aqueles que nos judiam, nos difamam, nos crucificam com os pregos da língua felina e tantas vezes mentirosa. Eis o grande desafio para cada de um nós!
            Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão, meu abraço,

Pe. Gilberto Kasper
Ler: 1 Sm 26,2.7-9.12-13.22-23; Sl 102(103); 1 Cor 15,45-49 e Lc 6,27-38.
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Fevereiro de 2019, pp. 84-88 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum (Fevereiro de 2019), pp. 25-27.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - SEXTO DOMINGO DO TEMPO COMUM



Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

            Este domingo das bem-aventuranças nos recorda que somos felizes por depositar nossa confiança em Deus e nossa esperança na pessoa de Jesus. Cristo quer a felicidade para todos, e nosso coração é convidado a permanecer sempre perto dele, abrindo-se à luz de sua ressurreição. O Senhor é o rochedo que nos abriga e a fortaleza que nos protege.
            A página do Livro do Profeta Jeremias faz um contraste entre os que confiam em Deus e os que confiam mais nas pessoas e meios humanos. A autossuficiência pode levar ao esquecimento do Senhor. A bênção nasce da confiança em Deus e acompanha um projeto de vida conforme ao coração dele. Quem nele confia é como árvore à beira da água: verde e viçosa, sempre em condições de produzir bons e muitos frutos.
            O Evangelho de São Lucas mostra Jesus descendo da montanha e proclamando o “discurso da planície”. Diante da multidão e de muitos discípulos, anuncia as “felicitações” e as “maldições”. As bem-aventuranças são um anúncio de felicidade para determinados grupos de pessoas, não um convite ao conformismo. Lucas proclama também os “ais ou maldições” contra “ricos e bem instalados” e os convida a ser solidários com os pobres. Os ricos e abastados aqui não são apenas os economicamente privilegiados. Muitos de nós, para sermos ricos, só nos falta mesmo o dinheiro, até porque “panca de ricos” nós já possuímos. Trata-se de pessoas vazias de valores essenciais e que pensam que podem tudo pelo dinheiro, fama, prestígio, poder, cargos e funções. Pessoas que se fecham à graça de Deus e aos dons do Espírito Santo. Pessoas dignas de dó. Pobre, verdadeiramente pobre é aquele que sente a necessidade da presença e do amor de um Deus loucamente apaixonado pela humanidade.
            Na comunidade de Corinto, havia muitos que não acreditavam na ressurreição. Paulo procura mostrar que a ressurreição de Cristo é o centro e o fundamento de nossa fé e o que dá sentido à nossa vida. Se dizemos que não há ressurreição, Cristo, portanto, não ressuscitou e, se ele não ressuscitou, nossa fé de nada serve.
            O Evangelho de Lucas e as leituras deste domingo nos levam a refletir sobre o protagonismo que Deus e as suas propostas trazem para a nossa vida, se confiarmos a nossa existência neste projeto divino e não nos conformarmos com a lógica deste mundo. Não se trata apenas de não confiarmos na força daqueles que nos rodeiam e de denunciar a autossuficiência de uma humanidade que já não precisa de Deus, mas de acreditar e viver a confiança de que o Senhor é a rocha segura que tudo sustenta.
            As bem-aventuranças são um autorretrato de Jesus. É Ele o pobre, o esfomeado, o que chora pelos pecados do mundo, o odiado ao ponto de ser crucificado, sem ter feito nada que pudesse merecer tal condenação. Jesus e sua extrema lição de amor e serviço em seu sacrifício de cruz, se oferece todos os dias na Eucaristia.
            Estaríamos dispostos a seguir, de verdade, os passos que Jesus caminha em direção à ressurreição, passando antes pela humilhação da cruz?
            Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão, meu abraço,

Pe. Gilberto Kasper
Ler: Jr 17,5-8; Sl 1; 1 Cor 15,12.16-20 e Lc 6,17.20-26.
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Fevereiro de 2019, pp. 66-69 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum (Fevereiro de 2019), pp. 21-24.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - QUINTO DOMINGO DO TEMPO COMUM


Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé! 



            Neste domingo que escutaremos o evangelho da pesca milagrosa e do chamado dos discípulos, nós celebramos nossa vocação ao seguimento de Jesus como discípulos e discípulas.
            O profeta Isaías é chamado, os apóstolos são chamados, o apóstolo Paulo também é chamado. Diante do toque do Senhor, o profeta responde: “Aqui estou! Envia-me”. Os discípulos deixam tudo e seguem a Jesus. O apóstolo das gentes, o menor dos apóstolos, pregou com coragem o Evangelho a todos.
            Reunidos para celebrar a eucaristia e ouvir a palavra da vida, queremos, na liturgia deste domingo, fazer experiência da misericórdia e da santidade de Deus. Somos desafiados a lançar as redes em águas mais profundas, ir além da simples participação na celebração. Jesus nos convida a nos comprometer com a missão que ele nos deixou.
            Acolhamos a palavra de Deus, a qual nos motiva a dar a resposta da fé: Aqui estou, envia-me. Ela nos dá forças para viver na graça divina e avançar sem medo na missão de anunciar o evangelho.
            Deus prepara seus mensageiros antes de enviá-los em missão. Atento às necessidades do povo, Deus nos chama e nos envia em missão. A fé em Cristo ressuscitado é o fundamento de toda esperança cristã.
            Com o pão e o vinho, ofertamos todas as pessoas que se põem a serviço da comunidade e do reino de Deus, sem medo de lançar as redes em águas profundas.
            Jesus chama os primeiros discípulos ao seguimento e os transforma em pescadores de gente. Ele convida a seguir no contexto em que as pessoas estão inseridas, acompanha com a sua graça e pede adesão plena e generosidade na entrega. Todos são chamados a lançar as redes nas águas profundas e a pescar para alimentar as multidões e libertá-las das situações de morte.
            O Senhor entra na barca de Pedro, na vida do povo, na realidade em que vivem as comunidades para fortalecer a fé posta à prova continuamente. Ele convida a deixar tudo, a renunciar, para assumir a missão a serviço do Reino. Como Pedro, somos chamados a confiar em Jesus e a obedecer à sua palavra. Recebemos o chamamento à fé, ao discipulado, à missão de anunciar o Evangelho com ardor apostólico, como Paulo.
            Isaías faz a experiência do chamado de Deus para ser profeta, no tempo, durante a oração, a celebração. Diante do apelo do Senhor que pergunta: “Quem enviarei? Quem irá por nós?”, ele responde prontamente: “Aqui estou! Envia-me”. Muitos homens e muitas mulheres continuam dando a resposta no mais profundo do seu ser, confiando na graça e na misericórdia do Senhor.
            Vocação é dom de Deus. Ele chama. Que o Espírito nos ilumine na escuta do Senhor. Não obstante nossos medos e limites, que o Senhor nos faça discípulos e discípulas seus.
            Enquanto batizados, tornando-nos cristãos, filhos de Deus, somos antes de tudo vocacionados ao amor com sabor divino. Depois acontece, ao longo de nossa vida, a vocação específica. O que não podemos jamais esquecer, que todos independentes da vocação específica, devemos sentir-nos comprometidos com o anúncio do Reino de Deus, sermos misericordioso como o Pai é misericordioso, manifestando a recebida, como dom gratuito, que deve nortear nossas relações, sinalizando todo nosso convívio a Jesus Cristo! Falar nele, viver como Ele vive em nós e convencer as pessoas que olham para nós, através da coerência entre o que pensamos, falamos (rezamos) e fazemos!
            Isso, segundo o Concílio Ecumênico Vaticano II, o Catecismos da Igreja Católica, a Conferência de Aparecida e o apelo de nossas Comunidades Eclesiais, precisa ser vivido não individualmente, mas em espírito eclesial, político e social.
            Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão, o abraço sempre fiel e amigo,

Pe. Gilberto Kasper
(Ler Is 6,1-8; Sl 137(138); 1 Cor 15,1-11 e Lc 5,1-11).
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Fevereiro de 2019, pp. 46-49 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum (Fevereiro de 2019), pp. 17-20.

APADRINHE UMA CRIANÇA!


Padre Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com

O FAC – Fraterno Auxílio Cristão da cidade de Ribeirão Preto necessita da ajuda generosa de mais parceiros e amigos, que queiram ajudar-nos a cuidar dos pobres de nossa cidade. Você poderá ser um sócio mensal ou benfeitor ocasional! Partilhando de sua pobreza, enriquecerá nossa vontade de mantermos nossos projetos que precisam da ajuda de todos!
O FAC desenvolve suas atividades por intermédio de dois projetos: o Núcleo de Solidariedade Dom Helder Câmara, instalado na sede do mesmo, na Rua Barão do Amazonas, 881, Centro de Ribeirão Preto, classificado como Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, atendendo jovens, adultos e idosos, de ambos os sexos, em situação de vulnerabilidade social, conforme Resolução CNAS nº 13, de 13 de Maio de 2014.
O Núcleo de Solidariedade Dom Bosco, instalado na Rua Imigrantes Japoneses, 1065, Parque Ribeirão Preto, classificado como serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, atendendo crianças e adolescentes dos 6 aos 15 anos, assegurando espaços de referência para o convívio grupal, comunitário e social, além do desenvolvimento de relações de afetividade, solidariedade e respeito mútuo, desenvolvendo sua convivência familiar e comunitária. Contribui para a ampliação do universo informacional, artístico e cultural de 80 crianças e adolescentes, diariamente, no contra-turno escolar.
O custo mensal de uma criança acolhida pelo Núcleo Dom Bosco é de R$ 370,00. Em 2018 iniciamos o Projeto “Apadrinhe uma Criança”. O primeiro Padrinho desse projeto é Dom Moacir Silva, nosso amado Arcebispo Metropolitano, que nos dá o bom exemplo a ser seguido. Porém somente três pessoas, contando com nosso Pastor, apadrinharam uma criança no ano passado. Sabemos que são muitos os desafios e as nossas Entidades passam por grandes dificuldades para manterem seus projetos.
Se conseguíssemos um padrinho ou uma madrinha para cada uma das 80 crianças, não precisaríamos desgastar nossos queridos Voluntários com tantas promoções, que nem sempre têm resultados suficientes para honrarmos nossos compromissos mensais com Folha de Pagamentos, Encargos Sociais e Boletos, esses que não se quitam com alimentos ou roupas. Quem sabe, pudéssemos reunir 80 Famílias que, mensalmente, abrissem mão de algo supérfluo e remetessem esse valor de R$ 370,00 ao FAC, apadrinhando assim uma criança? Gastamos tanto mais, muitas vezes, em coisas desnecessárias! Não há nada mais nobre do que partilhar de nossa pobreza em favor de uma criança que terá um futuro bem mais digno e promissor, e que depende de nossa sensibilidade no presente.
O FAC procura responder, na medida do possível, aos anseios do Papa Francisco, que deseja “Uma Igreja pobre para os Pobres!”. Contamos com a generosidade de quem desejar unir-se a nós, para juntos cuidarmos dos nossos irmãos mais pobres do que nós. Participando, nos ajudará a manter o FAC funcionando e acolhendo os mais pobres de nossa cidade. Basta telefonar (16) 3237-0942 ou E-mail: facribeirao@facribeirao.com.br!
Quem não puder apadrinhar uma Criança, mas deseja mesmo assim colaborar poderá depositar qualquer quantia na Conta Corrente do FRATERNO AUXÍLIO CRISTÃO no Banco do Brasil – Agência 4242-0 e C/C 20029-8. Deus certamente recompensará a generosidade de nosso povo!