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sexta-feira, 29 de maio de 2015

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

            Com a solenidade de Pentecostes, encerrou-se o tempo pascal. Celebramos a Solenidade da Santíssima Trindade, muito recente no calendário da liturgia romana, datada do ano de 1334. Com o Concílio Vaticano II, deixou-se de ser uma celebração temática e recebeu um sentido mais bíblico-celebrativo.

            A sua celebração é contemplação: junta o sentido da Encarnação e da Redenção realizados na história, onde o Deus Vivo é protagonista. Não desenvolve uma teologia sobre a Santíssima Trindade, mas celebra a renovação da aliança com o Pai que nos criou e nos libertou, entregando-nos o dom da vida plena em Jesus Cristo, seu Filho amado, o Verbo encarnado que, por sua vez, nos confiou, com sua morte e ressurreição, o dom de seu Espírito.

            Gosto de mergulhar no mistério da Santíssima Trindade, pensando num Amante – o Pai, num Amado – o Filho e no Amor com o qual o Filho é amado – o Espírito Santo!
            Somos chamados, na ação litúrgica, a renovar o compromisso batismal. Fomos batizados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Mergulhamos na dinâmica do amor trinitário. A nossa vocação é sermos comunidade, ícone da Santíssima Trindade, sinais de comunhão, de ajuda mútua, de partilha, de solidariedade, num mundo dividido, individualista, ganancioso, desesperançado e violento.

            E, tantas vezes, tentados a fabricar deuses, facilmente nos submetemos a seus caprichos e seduções. Aceitamos ídolos que nos são impostos e que favorecem a uns poucos e geram a morte de muitos. Em consequência, amargamos a exploração, a opressão e a violência.

            O Deus verdadeiro é Javé. O Deus que liberta para que todos tenham vida. Ele é nosso parceiro e libertador. Um Deus que é comunidade. Que mora na comunidade. Que ensina a viver em comunidade e que nos salva em e com a comunidade.

            A Igreja sempre celebra a Páscoa do Senhor, o Salvador, e por Ele dá graças ao Pai, o Criador, no Espírito de amor, o Santificador. Toda celebração é trinitária. A liturgia é a celebração da Páscoa e, pela nossa participação, mergulhamos no mistério inefável da Trindade, fonte e meta do peregrinar da humanidade.

            Acreditamos que a Santíssima Trindade é a melhor comunidade. Pelo Batismo, somos mergulhados no mistério do seu amor (o útero da Igreja), e nos tornamos participantes da vida trinitária. E Deus, nosso Pai, nos dá o Reino de herança, adotando-nos como filhos e filhas. Ele elimina, pelo Espírito de Jesus, o medo que nos escraviza e aprisiona. Esse Deus se revela na prática das comunidades, que vão refazendo os gestos de Jesus até que o mundo seja transformado e tudo se torne posse da Trindade.

            O Batismo, feito em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, significa: consagração, ser marcado pela Trindade a serviço da justiça, dedicação total e entrega a tudo o que Jesus ensinou.

            Deus é nosso Pai. Nossa relação com Ele exprime o que há de mais íntimo e carinhoso. Podemos, pelo Espírito, chamá-lo “Abbá, meu Pai, exatamente como Jesus o fez (cf. Mc 14,36). Na condição de filhos e filhas, recebemos a herança do Pai, que nada reserva para si. Senhor e dono absoluto de todas as coisas, tudo nos dá. A síntese da herança é o Reino de Deus.

            Somos convocados a ser sinal do carinho do Pai, a cuidar da obra que Ele criou, a defender as pessoas, filhos e filhas de Deus, trabalhar para a vida ficar do jeito que Deus Pai sempre quis.

            O grande convite da Solenidade da Santíssima Trindade, celebrada no Nono Domingo Litúrgico do Tempo Comum, é adotarmos uma verdadeira Teologia da Ternura. Saibamos herdar da Comunidade Perfeita do Pai, do Filho e do Espírito Santo, a sermos protagonistas do amor gratuito, da verdade, da justiça, da liberdade e da paz, sendo uns para com os outros, Anjos revestidos de pura ternura!

            Sejam sempre muito abençoados. Com ternura e gratidão, o abraço,

Padre Gilberto Kasper
(Ler Dt 4,32-34.39-40; Sl 32(33); Rm 8,14-17 e Mt 28,16-20)

Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Maio de 2015, pp. 109-112 e Roteiros Homiléticos da CNBB, nº 4 do Tempo Comum de 2015, pp.12-18.

RECENSEAMENTO DA IGREJA SANTO ANTONINHO!

Pe. Gilberto Kasper


Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente na Associação Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo da UNIESP, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Presidente do FAC – Fraterno Auxílio Cristão e Jornalista.


Um grupo de alunos do Curso de Bacharel em Teologia da Associação Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo Educacional UNIESP fará seu estágio juntamente à Reitoria de Santo Antônio, Pão dos Pobres, na Avenida Saudade, 202, nos Campos Elíseos em Ribeirão Preto. Trata-se de um recenseamento tridimensional: geográfico, sociológico e religioso!

A Igreja Santo Antoninho teve sua pedra fundamental assentada no dia 13 de junho de 1892. É tombada pelo CONPPAC por seu valor histórico. O templo foi doado em Testamento assinado em 1989 pela última herdeira legítima, Hilma dos Santos Proença da Fonseca Mamede, à Arquidiocese de Ribeirão Preto, que já possui escritura registrada em cartório. Por sua localização entre as Ruas Minas e Rio de Janeiro, à direita de quem desce a Avenida Saudade, é pouco visível e também pouco conhecida, não obstante nosso esforço por divulgá-la. Ao nos nomear Reitor da Santo Antoninho, no dia 17 de abril de 2008, Dom Joviano de Lima Júnior, pediu que pensássemos num Espaço Ecumênico Cultural de Espiritualidade. Faleceu sonhando com nosso Espaço restaurado, o que continua sendo nosso grande sonho e desafio.

Queremos conhecer melhor o rosto da Reitoria. Depois de várias promessas não cumpridas, acertamos agora que o Grupo de Alunos da Faculdade de Teologia, reconhecida pelo MEC a partir de junho de 2014, realize seu Estágio através de um pormenorizado recenseamento. Conclamo os moradores do Quadrilátero entre as Ruas Paraíba e Liberdade, entre a Avenida Francisco Junqueira e Rua Padre Euclides, a acolherem nossos Alunos, que se apresentarão credenciados para o primeiro levantamento geográfico em que se encontra nossa Santo Antoninho. Saberemos quantos imóveis comerciais (lojas e outros) e residenciais com quantos habitantes temos em nosso espaço geográfico. As segunda e terceira etapas do recenseamento serão do ponto de vista sociológico (como vivem nossos habitantes) e religioso (qual sua profissão de fé). Uma carteira com foto e uma carta de apresentação por nós assinada, identificarão os visitadores, para evitarmos qualquer receio ou dúvida.

Desde já agradecemos de coração, a acolhida que puderem dispensar aos nossos alunos. Nossa Pastoral se tornará mais eficaz através de nosso Projeto Missionário da Igreja do Ir a quem já não pode mais vir!  

quinta-feira, 21 de maio de 2015

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - SOLENIDADE DE PENTECOSTES

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
“O amor de Deus foi derramado em nossos corações
pelo seu Espírito que habita em nós, aleluia!” (Rm 5,5; 10,11).

           O Domingo de Pentecostes (no qual desemboca todo o tempo pascal) recorda o Espírito Santo, dom do Pai, Amor de Deus derramado sobre nós, condição de nossa comunhão no Cristo Ressuscitado, fonte da transformação pascal de toda a realidade. Esta festa ativa em cada um de nós a vocação e a capacidade para o encontro, para o amor, para a união, para a doação, como pede a aclamação ao Evangelho: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor”.

            No Pentecostes, o mistério pascal é celebrado como um todo (morte, ressurreição, ascensão, envio do Espírito).

            Neste dia, o mistério pascal atinge a sua plenitude no dom do Espírito derramado em nossos corações. Imbuídos deste mesmo Espírito somos capacitados para o anúncio da Boa Notícia, sem temer perseguições, nem morte.

            Devido à importância da Solenidade de Pentecostes, celebramos sua Vigília. A Palavra de Deus da Vigília de Pentecostes é uma mensagem que nos ajuda a superar as divisões e nos convida a saciar com a água viva oferecida por Jesus.

            As três grandes e permanentes tentações da humanidade acabam em desastre: a pretensão da subida acaba em queda; a concentração, em dispersão; o nome famoso, em infâmia (Ler Gn 11,1-9). Jesus é a fonte de água viva que sacia a sede da humanidade (Ler Jo 7,37-39). Temos os primeiros frutos do Espírito, que vem em socorro de nossa fraqueza (Ler Rm 8,22-27).

            Na Solenidade de Pentecostes o Espírito do Senhor desceu sobre nós e nos congregou na mesma fé e numa só família. O universo todo se rejubila conosco pela presença do Espírito criador e unificador.

            O Espírito de Deus, recebido no batismo, desafia-nos a falar a linguagem do amor, compreensível a todos, e assumir o compromisso proposto por Jesus.

            A comunidade santificada pelo Espírito fala de modo que todos entendem. A linguagem que todos entendem é a do amor com sabor divino. Quem descobre a capacidade do amor gratuito, nem precisa de palavras: basta amar e todo o resto acontece naturalmente. Isto é, falar a linguagem do amor divino significa esforçar-se por promover, quer bem, perdoar e ser sempre querido e terno nas relações humanas.

            A presença do Espírito, prometido por Jesus, torna a comunidade acolhedora e reconciliadora. Uma comunidade que não dá espaço para a ação do Espírito Santo torna-se estéril, fechada e incapaz de acolher, amar o diferente e muito menos perdoar. A comunidade que acolhe os dons do Espírito do Senhor, não é mera instituição engessada em normas, regimentos, funções e cargos, mas se gasta, consome-se por amar as pessoas com o amor proposto pelo próprio Cristo Senhor.

            Os dons recebidos do Espírito são para a edificação da comunidade. Não poucas vezes tentamos apropriar-nos do Espírito Santo ou considerar-nos plenos de todos os dons. Sabemos que o próprio Espírito Santo sopra onde quer. Nem todos somos portadores de todos os dons do Espírito Santo. Cada um recebe os dons de acordo com as suas qualidades que colocados a serviço da Comunidade, é que a edificam e não sacrificam como muitas vezes acontece. Há frequentemente pessoas nas Comunidades, que se sentem insubstituíveis, ou ainda aquelas que pensam que sem elas a Comunidade não sobreviverá. Uns querem fazer tudo, outros se comprometem muito pouco, o que empobrece a Igreja. Cada um deve saber o que faz melhor e enriquecer a Comunidade, consumindo-se por ela, gratuitamente.

A ação do Espírito manifesta no mundo a salvação de Deus, destinada a todo ser humano. O Espírito nos fortalece e anima a formar comunidades comprometidas em viver a unidade na diversidade. Ele nos conduz a permanecer em comunhão com o Senhor ressuscitado, deixando-nos envolver pela presença de amor e vida nova.

            O Espírito do Senhor nos liberta de todas as formas de opressões, de pecado, para vivermos fraternalmente como irmãos e irmãs. Como os discípulos, o Espírito nos plenifica da presença de Deus, capacitando-nos para sermos anunciadores da Boa Nova de Jesus. O Espírito age em nós e em toda a criação, que geme em dores de parto (Rm 8,22), aguardando a manifestação plena da salvação.

            As palavras do Papa Emérito Bento XVI nos ajudam a entender a ação perene do Espírito na Igreja e no mundo: “Pudemos assim constatar, com alegria e gratidão, que ela fala em muitas línguas; e isto não só no sentido externo de estarem representadas todas as línguas do mundo, mas também, e mais profundamente, no sentido de que nela estão presentes os mais variados modos de experiência de Deus e do mundo, a riqueza das culturas, e só assim se manifesta a vastidão da existência humana e, a partir dela, a vastidão da Palavra de Deus. Além disso, pudemos constatar também um Pentecostes ainda a caminho; vários povos aguardam ainda que seja anunciada a Palavra de Deus na sua própria língua e cultura” (Exortação apostólica pós-sinodal, Verbum Domini, Brasília: Edições CNBB, 2010, p.12).

            Renascidos pela água e pelo Espírito, nos tornamos comunidade de fé, presença e prolongamento do Cristo ressuscitado na realidade bem concreta, sobretudo lá onde se faz mais necessário, pois assim como em Jesus, o Espírito é derramado sobre nós e nos envia para anunciar a Boa-nova aos pobres; para proclamar a liberdade aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor.

            Que nesta Solenidade de Pentecostes se cumpra em nós esta palavra de Escritura e nos faça missionários sem-fronteiras.

            A Festa de Pentecostes anima a Igreja a experimentar a presença e a ação do Espírito depois da ressurreição de Jesus até os dias presentes. É um (re) viver atual, pois aquilo que aconteceu com Jesus, no início de sua atividade messiânica, repete-se agora através da Igreja, na missão. O Pentecostes está para os Atos dos Apóstolos, como o batismo de Jesus está para os Evangelhos. O batismo de Jesus foi o Pentecostes de Jesus, o Pentecostes foi o batismo de Jesus.

            Com a força do Espírito Santo, buscamos descobrir as convergências necessárias para o anúncio e o testemunho do único Evangelho que é Cristo Senhor, como autênticos missionários e profetas, ungidos pelo Espírito.

            Com esta celebração, culmina a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, sentindo a verdadeira prática de um único Evangelho e um único Pastor.

Que a Solenidade de Pentecostes nos anime a sermos verdadeiros discípulos e missionários de Jesus Cristo, Senhor de nossa vida!

Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão, o abraço amigo,

Padre Gilberto Kasper
(Ler At 2,1-11; Sl 103(104); 1Cor 12,3-7.12-13 e Jo 20,19-23).

Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Maio de 2015, pp. 87-93 e Roteiros Homiléticos da Páscoa de 2015 da CNBB, pp. 89-94.

DE QUEM SERIA A CULPA PELAS CRISES!

Pe. Gilberto Kasper


Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente na Associação Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo da UNIESP, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Presidente do FAC – Fraterno Auxílio Cristão e Jornalista.


Iniciamos um ano em crises. São diversas as crises pelas quais passa nosso País. As pessoas que tinham medo do escuro passaram a ter medo da energia elétrica, e se assustam cada vez que chega a conta a ser paga. Enquanto o Governo teima em dizer que o “Brasil superará as crises, que são mundiais e não nacionais”, nós, os pobres, pagamos a conta. Isso é diabólico, porque na hora de prometer não faltam os sofistas. Na hora de cumprir com o prometido, busca-se um culpado distante. De quem seria a culpa pelas crises? Enquanto não assumirmos: Governo e Eleitores, nossa própria responsabilidade, para não afirmar culpa, continuaremos afogados nas crises, que nos cortam não apenas o essencialmente necessário, mas nos tornam “indigentes com rostos de vítimas”!

Enquanto preparávamos a Tarde Beneficente para manter os projetos do FAC – Fraterno Auxílio Cristão da Cidade de Ribeirão Preto, ouvimos muitas reclamações, de que o País passa por séria crise econômica, e consequentemente, muitos “Não temos condições de ajudá-los!”. Temos consciência do inchaço de pessoas necessitadas em nossa Cidade. Sabemos o quanto cada Entidade não governamental se esmera pela sobrevivência. Quem será responsabilizado por tamanha crise? O Povo que trabalha pela própria sobrevivência, os Pobres que nossa sociedade do consumo e do descartável produz ou as Políticas Públicas que não se importam com os Projetos Sociais? De quem é a culpa? Os nobres Vereadores de nossa rica cidade remetiam Verbas Parlamentares às Entidades que ajudam o Município a cuidar dos mais surrados pela vida. Não é segredo que o Município não consegue atender os mais pobres. Mesmo assim, por uma lei enviada pelo Executivo e aprovada pela maioria dos Vereadores, submissos aos desmandos de nossa Prefeita, impediu que a partir de 2015 os Vereadores honestos remetessem Verbas Parlamentares às Entidades que fazem o serviço que é de responsabilidade do Poder Público. Segundo a Impressa, amplamente divulgada, nos assustaram duas notícias: em 2014 a Secretaria da Saúde remanejou um milhão de reais para cobrir despesas de água e telefone do Palácio Rio Branco e no início deste ano a Câmara de Vereadores enviou à Casa Civil dez milhões e oitocentos mil reais. E as Entidades iniciaram o ano com as migalhas que lhes são remetidas por força de lei. O FAC – Fraterno Auxílio Cristão da Cidade de Ribeirão Preto é contemplado com R$ 5.350,00 mensais, sem reajuste desde 2012. Quando fomos reclamar um aumento, a resposta veio em forma de ameaça. Para mantermos dois Núcleos, nossa Folha de Pagamentos e Encargos Sociais (estes últimos sofreram um aumento de 22% no dia 1º de Janeiro de 2015) somam um total de R$ 31.000,00. Os R$ 27.000,00 necessários precisamos “mendigar” para manter nossos Projetos. O povo é muito generoso, mas sabemos que não pagamos certos compromissos com alimentos e vestuário. Daí nosso apelo: não queremos buscar culpados, queremos continuar no resgate da dignidade de cidadãos que “batem com o nariz na porta” do Poder Público.


Participemos da Tarde de Beneficente neste dia 20 de maio de 2015, a partir das 13h30 no Salão Paroquial da Igreja São João Batista, na Rua Humaitá, 853, no Bairro Santa Cruz do José Jacques. Partilhemos de nossa pobreza em favor dos que têm menos do que nós. Desde já agradecemos a todos que nos ajudaram de alguma forma de aos que participarão conosco!

quinta-feira, 14 de maio de 2015

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR

Dia Mundial das Comunicações Sociais

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!


"Homens da Galileia, porque estais admirados,
olhando para o céu?
Este Jesus há de voltar do mesmo modo
que o vistes subir, aleluia!"(At 1,11).


Em comunhão com todos os cristãos, celebramos a Ascensão de Jesus, plenitude da Páscoa, que atualizamos na Eucaristia. A Igreja comemora neste domingo da Ascensão do Senhor, o 49º Dia Mundial das Comunicações Sociais, com o tema: “Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor” (Papa Francisco). Em sua mensagem para este dia o Papa Francisco retoma os ensinamentos de São João Paulo II na Familiaris consortio, que trata das mudanças culturais e a família. Ao longo da semana, preparamo-nos para a Solenidade de Pentecostes, rezando pela Unidade dos Cristãos à luz do tema: “Dá-me de beber” (cf. Jo 4,7); “Dá-nos um pouco da tua água”

Jesus despede-se dos seus; antes, porém, conclama-os para que dêem continuidade à missão por ele iniciada e derrama sobre eles a bênção, sinal de sua presença contínua.

Jesus, ao despedir-se, deixa aos discípulos a tarefa de continuar a missão que ele iniciou. A Ascensão revela nova presença de Jesus, em sinais visíveis de transformação e libertação. Elevado ao céu, Cristo é a cabeça da Igreja e o Senhor da humanidade.

"Ide ao mundo, ensinai aos povos todos;
convosco estarei, todos os dias, até o fim dos tempos,
diz Jesus" (Mt 28,19s).

As palavras de Jesus e sua presença viva, que estará sempre em nosso meio, nos colocam a caminho e nos incentivam a sermos fieis à missão. Elas nos impelem a sair de nós mesmos para abrir-nos a um novo horizonte, que possibilita a todos os seres humanos a alegria de sentirem-se filhos de Deus e irmãos entre si.

O Ressuscitado nos confia o anúncio da Boa Nova da salvação, libertando-nos da estagnação para nos empenhar na promoção da vida. Toda a comunidade recebe a ordem de fazer discípulos, batizando-os e ensinando-os a observar os ensinamentos deixados por Jesus. Da comunhão de amor, pelo batismo, deve surgir uma humanidade nova, alicerçada na filiação divina e na fraternidade.

“Uma vez que todo o Povo de Deus é um povo enviado, a missão de anunciar a Palavra de Deus é dever de todos os discípulos de Jesus Cristo, em consequência do seu batismo. Nenhuma pessoa que crê em Cristo pode sentir-se alheia a esta responsabilidade que deriva do fato de ela pertencer sacramentalmente ao Corpo de Cristo. Esta consciência deve ser despertada em cada família, paróquia, comunidade, associação e movimento eclesial. Portanto, toda a Igreja, enquanto mistério de comunhão, é missionária, e cada um no seu próprio estado de vida, é chamado a dar uma contribuição incisiva para o anúncio cristão” (Exortação apostólica pós-sinodal, Verbum Domini, Brasília: Edições CNBB, 2010, p. 125).

Nesta semana de oração pela unidade das Igrejas cristãs, invoquemos o Espírito de Deus para que habite em nós e seja nosso sustento na missão que recebemos do próprio Ressuscitado.

"Eis que estou convosco todos os dias,
até o fim dos tempos, aleluia!"(Mt 28,20).

A Solenidade da Ascensão do Senhor remete-nos ao Plano Pastoral que deverá nascer de nossa 14ª Assembleia Arquidiocesana de Ribeirão Preto, em preparação, a caminho de sua grande celebração!

Sintamo-nos cada vez mais missionários por todos os lugares, junto a todos com quem convivemos o hodierno de nossa vida cristã. Não tenhamos vergonha e nem guardemos nosso amor a Jesus Cristo somente para nós. Anunciemo-lo com a vida e, de acordo com São Francisco de Assis, se necessário, usemos também, da Palavra! Nosso testemunho é fundamental. O ditado popular: "Religião não se discute..." se desatualiza diante da conclamação à nossa missionariedade e discipulado em todos os ambientes! (cf. DGAE da 53ª Assembleia da CNBB).

Rezaremos, especialmente pelos Comunicadores também em nossas Celebrações deste Domingo, a quem somos profundamente agradecidos por divulgarem nossa modesta colaboração na Evangelização Virtual. Sejam sempre muito abençoados:

·         Márcio Smiguel Pimenta da PASCOM: www.arquidioceserp.org.br
·         Rodrigo Simões do GRUPO EVIDÊNCIA Top: www.rodrigosimoes.com.br
·  Demétrio Pedro Bom Júnior do SISTEMA CLUBE DE COMUNICAÇÃO: www.demetriolpbjr.blogspot.com e www.tollelege-rp.blogspot.com
· Tadeu Donizete, Dulci e Rafael Viana da TDVÍDEO MULTIMÍDIA: www.ribeiraowebnews.com.br – Portal de Notícias e www.tdvideo.com.br – Produtora Multimídia
·    Valdemar Corauci Sobrinho e Sebastião Xavier – RÁDIO CMN – AM-750 – Programa diário e dominical Levanta-te a Anda!
·    Wélgima Maria www.tudoporjesusemaria.webnode.com.br de Belo Horizonte, MG.
·         Jornal TRIBUNA DE RIBEIRÃO PRETO: José Paulo e Hilton.
·         Pedro: www.tribunaribeirao.com.br
·         Jornal O DIÁRIO DE RIBEIRÃO PRETO: Márcia Regina Andrade.
·         Amir Calil Dib – TV MAIS RIBEIRÃO e DIÁRIO FM.

            Desejando-lhes bênçãos, com ternura e gratidão, o abraço amigo,

Padre Gilberto Kasper

(Ler At 1,1-11; Sl 46(47); Ef 1,17-23 e Mc 16,15-20)
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Maio de 2015, pp. 61-66 e Roteiros Homiléticos da Páscoa (Maio de 2015) da CNBB, pp. 81-87.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - SEXTO DOMINGO DO TEMPO PASCAL - DIAS DAS MÃES


Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

            O Sexto Domingo do Tempo Pascal tem um sabor de despedida, mas também de grande esperança a partir do convite que o Senhor Ressuscitado nos faz: amar-nos como Ele nos ama!
            Jesus se apresenta neste domingo como o amigo que nos ama até a doação da própria vida. Agindo assim conosco, ele nos convida a amar-nos uns aos outros com amor igual ao seu. Unimos a este domingo também a vida das Mães, que encontram em Maria modelo de oblação, de presença silenciosa e amorosa na vida da Família.
            Deus revela seu amor a todos; derrama seu Espírito sobre a comunidade, ajudando-a a superar os preconceitos e produzir abundantes frutos de amor e de vida no meio do mundo.
            A Igreja, guiada pelo Espírito Santo, é convidada a ir a todas as culturas e realidades. Quem ama consegue chegar a Deus, pois ele é amor. Gastar a vida em favor de alguém é o maior gesto de amor que uma pessoa pode realizar.
            Em nossas celebrações e corações deste domingo, Dia das Mães, queremos apresentá-las a Deus: as que estarão presentes e por perto e as que estão longe e também as que já se encontram no colo de Deus, acariciadas por Nossa Senhora, a Mãe das Mães! Todas possam desfrutar a alegria da salvação pela vida que geraram e por seu amor incondicional.
            Aproximamo-nos da despedida visível de Jesus entre os seus, para entrarmos num período de presença sensível do Ressuscitado entre nós até os dias de hoje. Só quem ama o amor com sabor divino consegue fazer esta experiência de sentir Jesus presente em sua vida, na vida do outro, mesmo tão diferente de nós, bem como nos Sacramentos, Sinais que viabilizam o cheiro da presença de Jesus Ressuscitado em Sua Igreja e em cada um que n’Ele se acendeu na Vigília Pascal! Paira um pressentimento que cada despedida traz consigo, no coração dos que viam Jesus Ressuscitado em Seu corpo glorioso. Parece que está por vir um “vazio e sensação de saudade profunda”. Mas Ele vai preparando-os para que sejam sinais concretos de Sua presença entre nós, e lhes confere a Missão do Querigma, isto é, anunciar até os confins da terra a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo!
            Dóceis aos apelos de nossos Bispos reunidos na 53ª Assembleia Geral da CNBB em Aparecida, se nos é renovado o convite a sermos as testemunhas e os discípulos do Mestre renovando num mundo onde a Cultura da Morte tenta sobressair-se, a Cultura da Esperança e da Vida!
            Parece-me oportuno lembrar a pequena estória que alguns já conhecem certamente: QUANTO CUSTA O SEU MILAGRE?

                        QUANTO CUSTA O SEU MILAGRE?
 “Uma garotinha foi para o quarto e pegou um vidro de geléia que estava escondido no armário e derramou todas as moedas no chão.
Contou uma por uma, com muito cuidado, três vezes. O total precisava estar exatamente correto. Não havia chance para erros.
Colocando as moedas de volta no vidro e tampando-o bem, saiu pela porta dos fundos em direção à farmácia Rexall, cuja placa acima da porta tinha o rosto de um índio.
Esperou com paciência o farmacêutico lhe dirigir a palavra, mas ele estava ocupado demais. A garotinha ficou arrastando os pés para chamar atenção, mas nada. Pigarreou, fazendo o som mais enojante possível, mas não adiantou nada. Por fim tirou uma moeda de 25 centavos do frasco e bateu com ela no vidro do balcão. E funcionou!
- O que você quer? - perguntou o farmacêutico irritado. - Estou conversando com o meu irmão de Chicago que não vejo há anos -, explicou ele sem esperar uma resposta.
- Bem, eu queria falar com o senhor sobre o meu irmão -, respondeu Tess no mesmo tom irritado. - Ele está muito, muito doente mesmo, e eu quero comprar um milagre.
- Desculpe, não entendi. - disse o farmacêutico.
- O nome dele é Andrew. Tem um caroço muito ruim crescendo dentro da cabeça dele e o meu pai diz que ele precisa de um milagre. Então eu queria saber quanto custa um milagre.
- Garotinha, aqui nós não vendemos milagres. Sinto muito, mas não posso ajudá-la. - explicou o farmacêutico num tom mais compreensivo.
- Eu tenho dinheiro. Se não for suficiente vou buscar o resto. O senhor só precisa me dizer quanto custa.
O irmão do farmacêutico, um senhor bem aparentado, abaixou-se um pouco para perguntar à menininha de que tipo de milagre o irmão dela precisava.
- Não sei. Só sei que ele está muito doente e a minha mãe disse que ele precisa de uma operação, mas o meu pai não tem condições de pagar, então eu queria usar o meu dinheiro.
- Quanto você tem? - perguntou o senhor da cidade grande.
- Um dólar e onze cêntimos -, respondeu a garotinha bem baixinho. - E não tenho mais nada. Mas posso arranjar mais se for preciso.
- Mas que coincidência! - disse o homem sorrindo. - Um dólar e onze cêntimos! O preço exato de um milagre para irmãozinhos!
Pegando o dinheiro com uma das mãos e segurando com a outra a mão da menininha, ele disse:
- Mostre-me onde você mora, porque quero ver o seu irmão e conhecer os seus pais. Vamos ver se tenho o tipo de milagre que você precisa...
Aquele senhor elegante era o Dr. Carlton Armstrong, um neurocirurgião. A cirurgia foi feita sem ônus para a família, e depois de pouco tempo Andrew teve alta e voltou para casa.
Os pais estavam conversando alegremente sobre todos os acontecimentos que os levaram àquele ponto, quando a mãe disse em voz baixa:
- Aquela operação foi um milagre. Quanto será que custaria?
A garotinha sorriu, pois sabia exatamente o preço: um dólar e onze cêntimos! - Mais a fé de uma criancinha.
Em nossas vidas, nunca sabemos quantos milagres precisaremos.
Um milagre não é o adiamento de uma lei natural, mas a operação de uma lei superior. Sei que você vai passar esta bola pra frente!”

O PREÇO DO SEU MILAGRE É A SUA FÉ!


            Quantos milagres de Amor poderemos intermediar entre nossos irmãos, especialmente os menos favorecidos! Gosto sempre de repetir que Justiça e Misericórdia somam Amor com sabor divino! Procuremos zelar por nossas relações: não cometamos injustiças nem por acepção e muito menos por discriminação de pessoas! Somos todos iguais em dignidade diante do Criador! Ninguém é melhor do que ninguém! Mas podemos ser melhor uns para com os outros, SEMPRE!
            Desejando-lhes muitas bênçãos, unidos, especialmente com as Comunidades colocadas sob o patrocínio de Nossa Senhora de Fátima, com ternura e gratidão o abraço amigo,
Padre Gilberto Kasper
(Ler At 10,25-26.34-35.44-48; Sl 97(98); 1 Jo 4,7-10 e Jo 15,9-17)

Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Maio de 2015, pp. 42-44 e Roteiros Homiléticos da Páscoa (Maio/2015) da CNBB, pp. 76-80.

É dia 20 de maio! Não Percam este evento!

O FRATERNO AUXÍLIO CRISTÃO
Convida para uma
Tarde de Confraternização

Dia 20 de Maio de 2015 – a partir das 13h30
Salão Paroquial da Igreja São João Batista
Rua Humaitá, 853 – Santa Cruz do José Jacques
R$ 60,00 (Sessenta Reais)
Com direito a um delicioso lanche e belos prêmios
Toda renda será revertida ao FAC
Entrada com apresentação deste convite!
A Imprensa será bem-vinda sem nada pagar, é claro!
Contamos com a generosa divulgação de nosso evento!
Convites: FAC – Rua Barão do Amazonas, 881 – Tel.: 3237-0942!



Pe. Gilberto Kasper
                                                                                                                                       Presidente do FAC
                                                                                                                                       99217-6540