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quarta-feira, 31 de agosto de 2022

EDUCAÇÃO DE BERÇO!

 

Pe. Gilberto Kasper

pe.kasper@gmail.com

 

Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Tereza de Ávila, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. 

Já não consigo mais assistir às sessões do Senado Federal e da Câmara dos Deputados da República sem provocar nos porões de minha intimidade um sentimento de vergonha, temperado com raiva e indignação. Quanta falta de Educação de Berço!

Já perguntei a centenas de pessoas em qual Senadora ou Senador, Deputada ou Deputado Federal votou. Para meu espanto, de cada cem pessoas apenas três lembram. Logo colhemos os frutos (votos) que plantamos (votamos) nas últimas eleições. Alguns ainda insistem em votar em políticos de ficha suja, desde que lhes sejam simpáticos, “bons de lábia”, mesmo que não pensem no País e muito menos no Povo, o mais surrado tanto pelos altíssimos impostos que paga todos os dias, seja pela indigência à qual é obrigado a sobreviver. Eis a primeira falta de Educação de Berço! Enquanto não exercermos nossa cidadania, enquanto não formos verdadeiros políticos (não penso em politiqueiros) que pensem no Bem Comum e não individual, assistiremos aos embates que envergonham profundamente nosso Congresso Nacional. Lá estão Mulheres e Homens que só sabem gritar, não sabem perder, que só pensam no próprio “metro quadrado” no qual se movem, ou seja, seu partido, sua demagogia e porque não dizer teimosia em continuar “colado” numa cadeira que lhes garanta impunidade, prestígio e que não servem para representar e muito menos servir aqueles que os elegeram.

A incoerência da maioria dos Congressistas é o que os move para garantirem os votos necessários nas próximas eleições. A maioria é promíscua ao querer perpetuar-se no poder, nem que para isso tenham de vender a própria honra, a palavra empenhada e o respeito pelo diferente, desrespeitando escancaradamente o Povo, especialmente, ingênuo e que vota por ser obrigado a votar simplesmente. Algumas sessões em meio à crise política, ética e moral, são movidas de tamanho desrespeito, que mais parecem “bandidos engravatados” querendo dar lições de moral, quando eles próprios são tão corruptos quanto aos que acusam.

A falta de Educação de Berço de nossos Deputados Federais e Senadores mostra exatamente ao que vieram: enriquecer com propinas, barganhas, cargos e corrupção sistêmica e institucionalizada. Nossa Classe Política carece de voltar às origens para readquirirem a verdadeira Educação de Berço. Já cada um de nós, eleitores, deveríamos discernir o “joio do trigo” e varrer do Congresso Nacional todos envolvidos em algum comportamento ilícito, desde o mais simples deslize ao mais grave crime cometido. Estejamos atentos ao que afirmam juristas e cientistas políticos sérios e que pensam num Brasil mais justo e fraterno, excluindo através do voto, o que chamam de “Organização Criminosa”. Através do voto, do diálogo e do respeito pelos que pensam diferente de nós. Sejam as manifestações civilizadas e não violentas e criminosas, como temos assistido em tempos recentes.  Quem grita e ofende o próximo, não é menos “bandido” dos que os motivam às manifestações violentas e não pacíficas. É possível dialogar em paz. Para isso, basta a Educação de Berço!



quarta-feira, 24 de agosto de 2022

VOLUNTARIADO, UMA BÊNÇÃO!


Padre Gilberto Kasper. pe.kasper@gmail.com

 

Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Tereza de Ávila, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.

No próximo domingo, dia 28 de agosto, celebraremos o Dia Nacional do Voluntariado. Por sugestão e a pedido do Coordenador da Programação em Comemoração do Dia do Voluntariado, Octávio Verri Filho, utilizo o espaço que me é gentilmente concedido às quartas-feiras no Jornal TRIBUNA RIBEIRÃO, para refletir brevemente sobre o voluntariado em nossa realidade ribeirão-pretana.

Gosto de distinguir a pessoa voluntária da benfeitora. O voluntariado espera maior disponibilidade das pessoas, maior engajamento e comprometimento para com determinada causa, entidade, organização da sociedade civil e até mesmo políticas públicas. Já o benfeitor remete doações de bens ou espécie a quem lhe aprouver, sem um compromisso maior com a causa. Ambos são pessoas do bem e da paz. O voluntariado, geralmente, conta com algo mais do que uma simples doação, por mais generosa que possa parecer. O voluntariado conta com o tempo de pessoas que nem sempre têm o que doar, além da preciosidade de seu tempo, de sua presença física, de um maior envolvimento e compromisso com determinada causa.

Através da querida Mariana Jábali, fundadora do Centro do Voluntariado de Ribeirão Preto (CVRP), e Presidente do Fundo Social de Solidariedade, presto minha profunda homenagem a todas as pessoas do bem e da paz que integram o Centro do Voluntariado, bem como as que por ele passaram e se sentiram sensibilizados para continuarem essa nobre missão, porque sentem o quanto o Voluntariado é uma bênção!

Através do estimado Octávio Verri Filho, coordenador dessa importante programação em comemoração ao Dia do Voluntariado, presto minha homenagem também profunda aos homens e mulheres de nossa cidade, que se sentem chamados a serem verdadeiros Anjos Bons junto às inúmeras iniciativas, públicas e privadas, como as OSC – Organizações da Sociedade Civil, que incansavelmente se dedicam ao resgate da dignidade humana de tantas pessoas que vivem nos porões de nossa sociedade, ou sobrevivem às vulnerabilidades às quais são tantas vezes submetidas, porque ainda vivemos uma sociedade tão desigual e injusta.

Através do sempre querido Amir Calil Dib, um dos maiores Jornalistas de Colunas Sociais de nossa macrorregião, presto minha profunda homenagem aos veículos de comunicação, que constantemente divulgam, sem visar lucro próprio e imediato, as incontáveis iniciativas filantrópicas do Terceiro Setor de nossa sociedade. Refiro-me aos meios de comunicação que dedicam parte de suas publicidades, independentemente, se terão algum retorno financeiro ou não. Infelizmente alguns veículos, também em nome da sobrevivência, se elitizaram e só anunciam boas notícias de quem lhes garanta retorno, o que é lamentável. Até porque “Deus ama a quem dá com alegria” (Cf. II Cor 9).

Finalmente, através da Dona Benta Brito Freitas, com 84 anos de idade, há mais de 15 anos zelando diariamente pelo Bazar do FAC – Fraterno Auxílio Cristão da Cidade de Ribeirão Preto, com Sede na Rua Barão do Amazonas, 881 no Centro, expresso minha mais profunda gratidão a todas as pessoas que junto dela dedicam parte de suas semanas para organizar e atender as pessoas que frequentam o Bazar da Dona Benta! Nossa gratidão e ternura se estende a todas as pessoas do bem e da paz que tanto doam vestuário, aparelhos eletrodomésticos entre outros objetos de valor inestimável, como a todas as pessoas que se dedicam de alguma maneira, em prol dos mais surrados pela vida de nossa sociedade. Por isso, o Voluntariado sempre será uma imensurável Bênção!



quarta-feira, 17 de agosto de 2022

MALANDRAGEM BRASILEIRA!

 

  MALANDRAGEM BRASILEIRA!

 

Pe. Gilberto Kasper

pe.kasper@gmail.com

 

Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Tereza de Ávila, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.

Na noite do último dia 9 de agosto, na Rodovia Anhanguera em Orlândia, conforme amplamente divulgado pela Imprensa, aconteceu um acidente entre três caminhões, vitimando fatalmente dois dos três motoristas. Houve incêndio depois de um dos caminhões explodirem. No canteiro central mercadorias ficaram espalhadas. A Rodovia ficou interditada por mais de oito horas. Já no dia seguinte várias pessoas, arriscando a própria vida, atravessavam de um lado a outro da Rodovia para buscar aquela mercadoria espalhada no canteiro central. Corriam para buscar pacotes de amaciante. Certamente pensaram que uma vez extraviado o amaciante, já não mais pertencia ao dono originário e se sentiram no direito de encher carrocerias de caminhonetas e porta-malas de carros do produto espalhado após o sinistro.

A Polícia Rodoviária afirmou em entrevista, que multaria somente os motoristas que estacionaram irregularmente às margens da Rodovia e do canteiro central, sem aquela necessária emergência. Afirmou ainda, que não lhe competia punir os transeuntes que levaram os amaciantes lá espalhados. Eu, tampouco, pretendo emitir juízo de valores. Penso que as pessoas que se beneficiam com acidentes alheios não tiveram educação de berço, se encontram em situações desafiadoras de sobrevivência ou continuam nossa já conhecida malandragem brasileira.

Ao assistir esse cenário, lembrei-me de uma viagem que fiz de carona com uma Madre Religiosa na Alemanha, em 1986. Durante a viagem por uma larga rodovia, ela me ofereceu um lanche, que saboreei enquanto ela dirigia o automóvel. Depois de ter comido o lanche, abri o vidro do carro e joguei a embalagem pela janela. A Freira nada me disse, apenas olhou pelo retrovisor. Na primeira saída da rodovia ela retornou, sem nada dizer. Voltou ao local onde eu jogara a embalagem do lanche; encostou o veículo e descendo a recolheu numa sacolinha. Voltou ao volante e na primeira lixeira à beira da rodovia, tornou a parar, desceu do carro e jogou a embalagem na lixeira. Tudo isso, sem nada dizer. Só me olhava com um leve sorriso nos lábios. Já eu fiquei vermelho de tanta vergonha. Ao pedir desculpas, ela me respondeu que a natureza me agradeceria se eu tivesse aprendido a lição. Ao tentar me explicar, ela mudou de assunto, concluindo que sou fruto de uma cultura bem conhecida por ela, e que com o tempo eu poderia me libertar da malandragem brasileira sem deixar de ser brasileiro. Concluímos a viagem com um novo aprendizado.

Em outra ocasião, a propósito de multar ou não as pessoas, lembrei-me que certo dia, também na década de 1985, atravessei uma faixa de pedestre em sinal vermelho. Imediatamente o Guarda Municipal de Nuremberg, também na Alemanha, apitou e me pediu documentos. Perguntei o que fizera de errado e ele me disse que atravessei a Faixa de Pedestre, enquanto o sinal para mim estava vermelho. Retruquei de que não vinha carro de nenhum lado e que a rua estava livre. Ele me disse que precisaria me multar porque, mesmo a rua estando livre, a Faixa de Pedestre me impedia de atravessar, por estar com sinal vermelho. Fui multado na época em 40 Marcos Alemães.



Como seria bom se renovássemos nossa civilidade, deixando de lado a malandragem brasileira e nos tornássemos mais humanos e Anjos uns para com os outros!  

 

 

 

 

 

          

 

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

AGOSTO: O MÊS VOCACIONAL!

 Padre Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Teresa D’ Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com

Agosto no Brasil é o mês vocacional! Nesta quarta-feira, dia 10, celebramos a memória de São Lourenço, Diácono e Mártir. É o Patrono dos Diáconos, especialmente dos Diáconos Permanentes. Neste ano o mês vocacional tem como tema: “Cristo Vive! Somos suas testemunhas” e como Lema: “Eu vi o Senhor!” (Jo 20,18). Nossa Arquidiocese de Ribeirão Preto celebra o 15º ano da Fundação da Escola Diaconal São Lourenço e o 3º aniversário de Ordenação Diaconal da última turma de 26 Diáconos Permanentes. No último dia 3 de agosto outros 34 Candidatos ao Diaconado Permanente foram admitidos à Arquidiocese de Ribeirão Preto, preparando-se para a Ordenação Diaconal próxima, sendo a quarta turma de Diáconos a serem ordenados por Dom Moacir Silva, nosso Arcebispo Metropolitano.


 

Aos sete anos de idade, quando cursava o primeiro ano do Ensino Fundamental, nem bem falava o português, já que em casa falávamos o dialeto alemão Hünsrick. A Escola Sagrado Coração de Jesus da Congregação alemã das Irmãs de Santa Catarina de Alexandria me alfabetizou utilizando-se desse dialeto para aprender o português, bem como me preparou naquele mesmo ano de 1964 para minha Primeira Comunhão, há 55 anos, no dia 4 de outubro. Minha primeira professora, coincidentemente minha prima, Irmã Fátima Kasper e a Irmã Neófita foram minhas primeiras catequistas. Sou profundamente agradecido, também, ao Padre Urbano José Hansen que fez de meu coração, pela primeira vez, o sacrário de Jesus Eucarístico. Jamais esqueci aquele dia, um dos primeiros mais lindos de minha vida. Já sentia muita vontade de ser padre. Prestava atenção no Pároco e dizia a mim mesmo, que um dia seria como ele. Maior ainda foi minha alegria, porque depois da Primeira Comunhão, pude também, ser instituído Coroinha. Quanta gratidão!

Reconheço que desde a infância fui um moleque muito arteiro, curioso e questionador. Sempre queria saber o “por que” das coisas. Quis entender como a Irmã Fátima conseguia desenhar em trinta folhas brancas, frutinhas, florezinhas, animais, casas e árvores, todas iguais. Éramos trinta alunos. Imaginei mil maneiras de como ela fazia aquilo. Devia passar a noite desenhando as trinta folhas, a fim de que no dia seguinte nós pudéssemos pintar aquelas figurinhas todas. Assim começávamos a conhecer e distinguir pedagogicamente formas, cores, nomes etc.

Certo dia fiquei escondido na sala de aula, durante o intervalo sem ser percebido. Fui à mesa da Irmã Fátima e abri um estojo de carimbos e almofada. Experimentei todos eles na capa e nas primeiras páginas da Cartilha do Mestre que se encontrava também sobre a mesa da professora. Foi quando entendi porque os desenhos de todas as folhas eram iguais. Senti grande alegria de curiosidade satisfeita.

Na volta do intervalo, os alunos todos em suas carteiras, a Irmã Fátima entrou na sala e quase desmaiou ao ver sua cartilha. Em voz severa e forte perguntou: Quem sujou minha cartilha de mestre? Um silêncio profundo se impôs e ninguém nem imaginava que teria sido eu, a experimentar os carimbos na cartilha da Professora. Ela pegou uma régua de mais de um metro, daquelas de aço que fazem um ruído e causam um ventinho ao ouvido, quando balançada, e foi de carteira em carteira perguntando se havia sido aquela ou aquele aluno. Alguns levaram uma boa “bordoada”. Ainda não existia o Código da Criança e do Adolescente! Eu sentia a dor de cada colega que apanhava por minha culpa, mas não tive a coragem de dizer que havia sido eu. Ao chegar próxima de mim, me fitou e disse: “Tu não podes ter feito isso, porque será padre!” Eu senti um alívio meio estranho, não tanto por não apanhar, mas pela profecia da minha primeira professora, que eu seria padre! Passadas algumas semanas, arrependido pedi desculpas à professora e aos meus colegas.

É na pessoa de minha primeira professora, a Irmã Fátima Kasper, que agradeço e presto minha mais sincera homenagem a todos os meus professores. Lembro-me de todos com profunda gratidão! Sintam-se acariciados todos os Professores. Abençoada a vocação de ensinar e educar, mas também por despertarem tantas vocações ao serviço gratuito na Igreja de Jesus Cristo que vive, e de quem somos testemunhas através de nosso ministério!


quarta-feira, 3 de agosto de 2022

AS QUERMESES!

 

Padre Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Teresa D’ Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com

O Dicionário Aurélio define a Quermesse como “feira beneficente, com barraquinha, leilão de prendas, etc.” Depois de rabiscar algumas linhas sobre a importância do Dízimo que mantém o culto de nossas Comunidades Paroquiais, como suas pastorais, manutenção dos templos e tantas outras despesas que implicam na administração de uma Paróquia instalada, gostaria de tratar brevemente sobre as quermesses, que também são fontes de recursos para a manutenção de nossas Comunidades Paroquiais.

Gosto de pensar, que se cada cristão católico que, mais ou menos, participa de nossas atividades paroquias, oferecesse mensalmente, um porcento de seus rendimentos à sua Comunidade, em forma de dízimo livre e consciente, não precisaríamos nos preocupar tanto com promoções que visem arrecadar fundos para sua manutenção. As Quermesses ou eventos afins teriam maior motivação de confraternização, de encontro de irmãos que professam a mesma fé, enriquecendo, assim, a sinodalidade de nossa Igreja, promovendo também por meio de eventos sociais, a comunhão, participação e missão, especialmente no testemunho de que somos todos irmãos, filhos de uma Igreja que é mãe e mestra e que ama muito todos os seus filhos e filhas!

É muito lindo perceber o comprometimento de nossos agentes de pastoral na preparação de uma Quermesse. Não obstante as inúmeras dificuldades, especialmente financeiras, dos que colaboram com nossas Comunidades, todos se revestem de entusiasmo, ânimo e grande disponibilidade na busca de recursos para a realização da melhor Quermesse a cada ano. Há uma competitividade saudável entre as equipes de trabalho, porque cada uma quer organizar da melhor maneira sua tarefa, sua barraca, seu compromisso para com o evento em preparação.

Depois de dois anos de Pandemia e de reclusão, as pessoas tem participado como nunca antes das Quermesses realizadas pelas inúmeras Paróquias por todos os lados. Milhares de pessoas surpreenderam positivamente com sua presença e efetiva participação. Isso também é percebido nos grandes shows ao ar livre e nas festas comemorativas de cunho social. Eu ficaria muito feliz se o mesmo acontecesse com nossas celebrações de Missas, onde o retorno do Pós-Pandemia ainda se percebe bem mais devagar e tímido. Quermesses e barzinhos, bem como tantos outros eventos sociais contam com multidões, quando para a participação nas Missas de nossas Igrejas ainda se ouve inúmeras desculpas, como o temor da COVID que ainda não nos deixou no seu todo. Há muita gente contraindo o vírus ainda, mas certamente não em nossas assembleias litúrgicas e eclesiais, onde continuamos tomando os devidos cuidados, como o uso da máscara, higienização das mãos, observando distanciamento e evitando abraços mais apertados.

Mas também os encontros das pessoas que sentiram saudades umas das outras, participando de nossas Quermesses, podem servir de testemunho de que nos amamos e desejamos formar uma grande e linda Família de Deus! Por isso lanço o convite para que todos participem da Quermesse na Igreja Santa Tereza de Ávila no Jardim Recreio nos próximos dias 5 e 6 de agosto, sempre a partir das 19 horas. Sou testemunha da dedicação exemplar de uma equipe de Eventos coordenada pela Sra. Marta Stuch Lorençato, que ao longo de dois meses preparou com profundo amor à Igreja, essa Quermesse, cuja renda será destinada à reforma de nosso Salão Paroquial e de algumas melhorias necessárias na Igreja Matriz.

Estarei aguardando a todos de braços abertos para esse encontro de irmãos e irmãs na fé, independente da forma como cada um a professa. Contamos com a participação de todos e desde já agradecemos profundamente a cada um e a todos os benfeitores que nos ajudaram a preparar essa Quermesse, que só será linda com a sua presença e participação!