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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

ADVENTO, TEMPO DE NOVA ESPERANÇA!

 ADVENTO, TEMPO DE NOVA ESPERANÇA!

Reunindo desejos, sonhos e utopias da humanidade por profundas transformações e dias melhores, manifestadas em veementes clamores em nossos dias, iniciamos o Advento, tempo de nova esperança, que alarga nossa vida para acolher o grande mistério da encarnação. Na perspectiva do Natal e Epifania do Senhor, como acontecimentos sempre novos e atuais, vislumbramos vigilantes e esperançosos, a lenta e paciente chegada de seu Reino e sua manifestação em nossa vida e na história. O Senhor nos garante que, nesta espera, não seremos desiludidos.

A Novena de Natal, preparada carinhosamente pelo nosso Seminário Maria Imaculada, pela Comissão para a Liturgia da Arquidiocese de Ribeirão Preto, o Pilar do Pão, e alguns padres colaboradores, é um instrumento muito importante para ajudar-nos viver, em família e em comunidade, este tempo de piedosa e alegre expectativa, este tempo de preparação para o Natal do Senhor. Neste ano ela é novamente impressa. Basta encomendá-la pelo Site: www.arquidioceserp.org.br.

Advento é também tempo especial de escuta e atenção à Palavra de Deus. Tempo de nos “engravidar” da Palavra, gestando em nós e entre nós o Verbo, como Maria, figura que tem especial destaque neste tempo.

Esperança tem muito a ver com perseverança. Perseverar em Deus. Não se trata de esquecer o que vivemos e seguirmos como se nada tivesse acontecido. Podemos viver calejados, com cicatrizes na alma, algumas vezes com momentos de dor, mas nunca perder a Esperança de que dias melhores virão.

A Esperança não nos ilude, mas nos faz caminhar com serenidade, acreditando que novas possibilidades surgirão, como nos fazia ver o Papa Francisco quando ainda era Arcebispo de Buenos Aires: “Caminhar, de certo modo, já é entrar numa Esperança viva. Assim como a verdade, a Esperança é um dom que nos faz seguir adiante e nos convida a acreditar que cada novo dia trará consigo o pão necessário para a nossa subsistência”.

 Como alpinistas da graça divina, precisamos seguir em frente. Do meio das sombras nascerá a luz. Na hora da dor, brotará a verdadeira Esperança.

 O Advento, tempo de nova esperança, pede de cada um de nós atitudes concretas de mudança de comportamento. Somos convidados a preparar um Natal de Jesus diferente, bem diferente, que implica no cuidado com as pessoas, no zelo para com o meio ambiente que “geme em dores de parto” por maior respeito e menos ganância. Precisamos adotar uma urgente Eco teologia, uma Teologia que trate com seriedade as questões que ferem o meio-ambiente, que surram e judiam do Planeta. Quantos sustos mundo afora temos levado somente neste ano que se encaminha para o final. Há quem pergunte se seria o final dos tempos. É a natureza que reclama por espaço, respeito e cuidado, desde as mais pequenas atitudes pessoais, bem como as decisões governamentais, que medem seus países como desenvolvidos pela mera economia, mesmo que isso custe a vida ceifada por ciclones, enchentes e secas jamais vistas por nossas recentes gerações. Um país é desenvolvido pelas riquezas da cultura de seu povo, que tem o direito de viver dignamente!

 Bem por isso, iniciamos o rico tempo em preparação ao Natal do Senhor, a Luz que veio iluminar os corações aquecidos pelo Príncipe da paz, num Advento, tempo de nova esperança!

Pe. Gilberto Kasper

          Teólogo

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

SOLENIDADE DE JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO!

 

Celebramos, no dia 26 de novembro de 2023, o último domingo do Tempo Comum com a Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo. O reino de Jesus é reino de justiça, vida e liberdade. Depende de nós aceitar e antecipar a vinda desse reino, constituindo-o pelo nosso empenho pessoal, familiar, comunitário e profissional. No dia em que se conclui o 3º Ano Vocacional da Igreja no Brasil, celebramos também o dia do leigo e da leiga.

           Porque nos ama, Deus cuida de cada um com justiça. Pela ressurreição de Cristo, recebemos vida nova, que precisa ser preservada. Jesus nos deixa alguns critérios para saber se estamos ou não no caminho do reino. “Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo!” (Mt 25,34).

           O bom pastor não descansa enquanto há ovelhas a ser resgatadas. O que nos faz sentar ao lado de Cristo, rei do universo, é a caridade praticada em favor do necessitado. Cristo, ressuscitado e rei do universo, é o senhor da história e da humanidade.

           O Ano Litúrgico termina com a festa de Cristo-Rei. E fica a pergunta: quem é esse Cristo-Rei para a comunidade reunida para celebrar o memorial da páscoa? Interessante que a primeira leitura (Ez 34,11-12.15-17) mostra em que consiste a realeza de Deus: ela é serviço à liberdade e à vida das pessoas, sobretudo das que são impedidas de viver. O Evangelho (Mt 25,31-46), por sua vez, nos compromete radicalmente com a prática da justiça, traduzida em solidariedade e partilha com todos os necessitados, vendo neles o próprio Cristo e sacramento da salvação. Jesus hoje continua nos desafiando colocando-nos diante dos irmãos menores e mais fracos.

           Paulo, por sua vez (1Cor 15,20-26.28), com a ressurreição de Jesus comprova a vitória da justiça. Dentro de nós há uma semente de ressurreição, de justiça, de partilha e solidariedade.

           Jesus fala das obras de misericórdia ensinadas pelo judaísmo: dar de comer aos famintos, dar de beber aos que tem sede, acolher o estrangeiro, vestir os nus, visitar os doentes, acrescentando a visita aos prisioneiros; não menciona, porém, a educação dos órfãos e o sepultamento dos mortos, que também faziam parte das recomendações. Quem não praticou essas obras perdeu a oportunidade de fazer isso ao próprio Jesus presente nos necessitados. Se ele está nos irmãos, ele está no meio de nós em todos os lugares e momentos.   

           O Reino de que Jesus fala é um reino não de poder, mas sim de serviço: “O Filho do homem não veio para ser servido. Ele veio para servir” (Mt 20,28). Esse é o critério do julgamento. Entrar no reino supõe que os discípulos tenham seguido os passos do pastor, do mestre a serviço de todos, especialmente dos mais necessitados.

           Celebrando a realeza de Jesus, ressuscitado pela justiça e misericórdia de Deus, somos julgados pelos pobres mais pequeninos. É possível proclamar a realeza de Cristo enquanto seus irmãos prediletos são excluídos da liberdade e do direito à vida digna? Chamá-lo de Cristo Rei e deixá-lo com fome, com sede, sem casa, nu, doente, aprisionado, sem direito à educação em nosso meio?

           É tempo de parada e de avaliação, tendo diante dos olhos Jesus Cristo, Rei do Universo, o Ressuscitado e na nossa frente os irmãos pobres e abandonados, lembrados por Jesus no Evangelho.

           Rezando no próximo domingo, especialmente pelos Leigos e Leigas, bem como por todos os Vocacionados do Brasil, lembraremos que somos chamados pela consagração batismal à missão profética, sacerdotal e régia para transformar o mundo no Reino de Deus.



Pe. Gilberto Kasper

          Teólogo

terça-feira, 14 de novembro de 2023

A IGREJA SANTO ANTONINHO NÃO FECHOU!

 

A Igreja Santo Antoninho não fechou. A motivação de escrever sobre ela novamente, são as indagações que ouço, de que “a Igreja Santo Antoninho fechou”, de que “pegou fogo”, de que “está sob intervenção judicial”, e tantas outras. No próximo dia 20 de novembro faz 15 anos e 07 meses que caminho com aquela Comunidade, sem ter faltado a uma só Missa ou atividade pastoral.

O entorno da Igreja Santo Antoninho apresenta um cenário, paisagismo deprimente porque a antiga Academia Ribeirãopretana de Letras Jurídicas, incendiada no dia 7 de setembro de 2019 foi totalmente demolida em 2022, ficando o terreno da Vila Emília, novamente, a mercê de dependentes de drogas. Acampam do lado de cima da Igreja entrando pela Rua São Paulo ou até mesmo pulando os horríveis tapumes na Avenida Saudade, 222.

Investimos aproximadamente R$ 50.000,00 em segurança como Internet, Câmeras, Alarmes, Concertinas e Cercas Elétricas depois de trinta e dois roubos no período de 15 anos e meio, na Igreja Santo Antoninho.

Alguns Gurus ou Videntes afirmam de que a Igrejinha “abandonada” está para ruir. É mentira. Com data de 2 de agosto de 2023, o Engenheiro Responsável e Coordenador do Grupo de Amigos da Santo Antoninho, Eng. Prof. José Roberto Romero divulgou e enviou aos órgãos competentes o seguinte Comunicado: “Venho por meio deste comunicar a todos os frequentadores que nós, da NEWTEC ENGENHARIA analisamos a estrutura da Igreja Santo Antoninho, para trazer a melhor solução. Salientamos que todas as medidas de segurança já foram tomadas, e a mesma não corre o risco de ruir (cair)”. Assinado: Eng. Prof. José Roberto Romero (Membro ABCP – CB – 18 Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados da ABNT; ALCONPAT – Asociación Latinoamericana de Control de Calidad, Patologia y Recuperación de la Construcción; Membro do IGEL – Instituto Gaúcho de Engenharia Legal e Avaliações com Registro no MEC – 24.452-8260/86. O Professor Romero só neste segundo semestre proferiu palestras sobre Patologias em construções centenárias, como é a Igreja Santo Antoninho, que neste ano completa 120 anos de fundação, na Noruega, na Bolívia, em Goiânia (GO), em Florianópolis (SC), em Gramado (RS) e finalmente em Istambul na Turquia. Agradecemos, de coração, por seu zelo e dedicação para com nosso Patrimônio tombado desde 2009 pelo CONPPAC – Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto.

Juntamente com o Professor Romero, contamos com o esmerado zelo e dedicação do Arquiteto Anderson Abe, que elabora todos os projetos necessários e exigidos pela legislação seja do CONPPAC, seja da Secretaria de Planejamento do Município de Ribeirão Preto. Além de nossa gratidão a ele, agradecemos imensamente o novo Presidente do CONPPAC, Dr. Lucas Gabriel Pereira, que juntamente com seus Conselheiros têm demonstrado interesse, boa vontade, agilidade e grande sensibilidade para com a Igreja Santo Antoninho. Além de pautar a necessidade de reforço estrutural, a rampa de acessibilidade para pessoas com necessidades especiais, orientando os projetos e caminhos necessários para o tão sonhado restauro de nosso Espaço Cultural de Espiritualidade, Dr. Lucas tem-nos prestigiado “In Loco” com sua sempre amável presença física.

No próximo dia 25 de novembro entre 9 e 11 horas, sob a coordenação de nossa querida Amália Terezinha Balbo Di Sicco, assessorada pela Nilza Marchetti, teremos nosso já tradicional (há 14 anos) Estudo Bíblico, aberto a todos que desejam aprofundar a Sagrada Escritura e sinodalmente compreendê-la melhor e vive-la na prática do amor hodierno.

A Missa é aos Domingos, às 9 horas da manhã. Sintam-se convidados todos os que se sentem afetiva ou efetivamente ligados à nossa amada Igreja Santo Antoninho que não fechou. Está aberta a todos que desejarem celebrar e formar comunidade de fé, oração e amor conosco!



Pe. Gilberto Kasper

          Teólogo

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

SANTINHA!

 

No último dia 26 de outubro, bem na Hora da Ave Maria, ecoava na eternidade o nome de Maria da Conceição Freire Moreira, carinhosamente conhecida e chamada de Santinha. Poucos minutos antes recebeu a absolvição e unção dos enfermos. Consciente e exalando profunda paz de espírito, respondeu generosamente ao eco de seu nome e celebrou sua páscoa, na certeza do encontro definitivo, nessa “viagem sem volta”, com a corte celestial, sentando-se no colo de Deus, acariciada por Nossa Senhora que tanto amou ao longo de seus 97 anos bem vividos! Por 15 anos tive o privilégio de usufruir da amizade desta mulher-igreja, discípula e missionária apaixonada pela Igreja, especialmente através do Movimento das Equipes de Nossa Senhora.

Equipes de Nossa Senhora “é um movimento católico, leigo e constituído por casais que buscam no sacramento do matrimônio um ideal de vivência cristã”. “O movimento iniciou em Paris, em 1939 fundado pelo Padre Henri Caffarel (em processo de beatificação). Chegou ao Brasil em 1950” e a Santinha integrava a Equipe de número 01 do Setor A da Arquidiocese de Ribeirão Preto, denominada de Equipe de Nossa Senhora da Esperança. Mesmo que o movimento ofereça um grupo especial para viúvas, a Santinha optou por continuar na sua equipe, enriquecendo-a com sua sabedoria, retidão, sinceridade, seu jeito caridoso de chamar a atenção, sempre que necessário, brindando aos que com ela conviviam um largo e puríssimo sorriso. Santinha exalava santidade na simplicidade. Respeitada e amada por todos, porque não se utilizava de “meias palavras”, também ela amava apaixonadamente o movimento das Equipes de Nossa Senhora, a Igreja, o Santo Padre, sem falar do respeito e fidelidade para com os Sacerdotes Conselheiros de Equipes.

Durante a Pandemia, ocasião em que as celebrações passaram a ser transmitidas “ao vivo” pelo YouTube, a Santinha escolheu inscrever-se no YouTube da Paróquia Santa Teresa D’Ávila do Jardim Recreio em Ribeirão Preto. Ela encantou os mais de mil e quatrocentos fiéis que celebravam conosco, com seus comentários sempre muito elogiosos, porém contundentes, após cada celebração dominical. Avaliava os cantos, as homilias, o ambiente de nossa Igreja Matriz e nem por último a excelência da transmissão. Agradecia, emocionada, pela acolhida que sentia por parte da Comunidade que se tornara para ela “A Igreja do Ir” até seu lar, já que ela não podia sair.

Por muito tempo, mesmo com seus limites físicos e o peso da idade de 96 anos, porque completaria 97 no próximo dia 1º de dezembro, se demonstrava preocupada com todos que a amaram e que ela amou. Dava e pedia notícias de sua amada Equipe de Nossa Senhora da Esperança, quase que diariamente. Quando sua saúde física começou a falhar, ela teve a lucidez espiritual de anunciar, elegantemente, de que continuaria próxima na oração, oferecendo seus limites até mesmo de gravar áudios pelo WhatsApp, mas que entraria num período de silêncio. E assim permaneceu por longos meses, aguardando ser chamada para passar pela “porta estreita”, por onde passamos por aquilo que fomos, por aquilo que fizemos e jamais por aquilo que tivemos.

Não gosto de pensar que perdemos as pessoas que amamos. Prefiro crer que as devolvemos a quem de direito, o Criador. Somos emprestados uns aos outros: alguns por mais, outros por menos tempo. A Santinha teve a graça de ensaiar seus instrumentos (com a linda e querida família que constituiu, os amigos que conquistou) por quase um século, para enfim, estrear na grande orquestra celestial, “regida pelo Espírito Santo”, no último dia 26 de outubro, bem na hora em que costumamos rezar o Ângelus. Não tenho nenhuma dúvida de que Nossa Senhora mesma a levou para contemplar a face do Senhor, e isso lhe basta!



Pe. Gilberto Kasper

         Teólogo

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

AINDA TEMOS TANTO MEDO DA MORTE!

 

Nesta quinta-feira, dia 2 de novembro celebramos o Dia de Finados, lembrando de todos os nossos fiéis falecidos, neste ano especialmente, as milhares de vidas ceifadas pelas guerras tão estúpidas e desastres climáticos, em que a natureza grita por maior cuidado e menos ganância.

Se há alguns poucos anos falar de sexo abertamente era tabu, hoje é tabu falar em "morte". Por que ainda temos tanto medo da morte? A grande certeza que vivemos, é que um dia morreremos, no entanto "morremos de medo de morrer...". Cada vez que a morte passa por perto, ou me encontro diante dela através do exercício de meu ministério, encomendando alguma pessoa falecida, meu questionamento é em relação à vida que levo! A morte é uma excelente oportunidade de melhorar minha qualidade de vida. Geralmente deixamos para depois, as mudanças que talvez tivessem de ser revistas logo. É bom não sabermos o dia e a hora de nossa morte, mas quando vier, e nosso nome ecoar na eternidade, não terá outro jeito, a não ser morrer! Há quem chama a morte de segundo parto. O primeiro acontece quando deixamos o útero materno, que geralmente é aconchegante e delicioso. Talvez por isso a criança, ao nascer chora. O segundo parto, é deixar o "útero da terra". Por mais difícil que seja viver, ninguém quer partir. A morte dói, nos faz chorar e traz vazio com sabor de saudade inexplicável.

Nossa vida poderia ser comparada a uma viagem de ônibus. Quem ainda não andou de ônibus? Quando nascemos, entramos num ônibus, que é a vida terrena. A única certeza que temos é que há um lugar reservado para nós. Uma poltrona. Não sabemos quem serão nossos companheiros de viagem. Apenas sabemos que a poltrona reservada para nós deverá ser ocupada. Às vezes, ocupamos a poltrona do outro, e isso nos traz constrangimentos. Já assisti muitos "barracos" em ônibus cuja mesma poltrona estava reservada para duas pessoas. Não sabemos quem serão nossos pais, irmãos, amigos, parentes, enfim...

Nossa única missão é tornar a viagem a mais agradável possível. Às vezes há pessoas que tornam a viagem insuportável; outras vezes a viagem é agradável!

Há também o bagageiro. Nossas coisas não podem ocupar o lugar dos outros, mas devem caber em nosso próprio bagageiro do ônibus, a vida!

O ônibus, de vez em quando pára na rodoviária. Se a viagem de ônibus é a vida terrena, a rodoviária é a morte. Ninguém gosta da rodoviária: há cheiro de banheiros, de óleo diesel, barulho de ônibus chegando e saindo, ninguém se conhece, muita gente se esbarrando ou até se derrubando. Há sempre uma incerteza, um friozinho na rodoviária que arrepia nossa espinha, que é a morte. Ninguém gosta da rodoviária: todos passam por ela porque precisam, mas não porque gostam. Haverá um momento em que nosso nome será chamado no alto-falante da rodoviária. Então precisaremos descer do ônibus da vida. Se tivermos enviado algum bilhete, uma carta, feito um telefonema, enviado um e-mail ou uma mensagem pelo WhatsApp para a eternidade, avisando nossa chegada, não precisaremos ter medo, porque Deus estará esperando por nós. O bilhete, a carta, o telefonema, o e-mail ou a mensagem são nossa maneira de viver a fé, a esperança e a caridade através de nossa relação conosco, com Deus e com os outros!

Assim Deus estará esperando-nos na rodoviária da morte. Seremos identificados e acolhidos por Ele, de acordo com o que fomos e fizemos, nunca com o que tivemos. Se Deus não tiver tempo, pedirá ao Seu Filho Jesus para buscar-nos e conduzir-nos à morada eterna. Se de tudo Jesus também não tiver tempo, Nossa Senhora nunca nos deixará perdidos ou esperando na rodoviária da morte. Ela estará lá, de braços abertos, para receber-nos e levar-nos à presença de Deus, colocando-nos em Seu Eterno Colo de Amor. É o que rezamos sempre: "...rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém!



Pe. Gilberto Kasper

          Teólogo