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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

A IGREJA SANTO ANTONINHO, PÃO DOS POBRES CORRE RISCO DE DESABAR (III)!

 

Padre Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Tereza de Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com

 

Projetos de restauro da Igreja foram apresentados inúmeros ao CONPPAC, que não nos retornou positivamente. Nosso arquiteto Anderson Abe procurou incansavelmente o CONPPAC com projetos de restauro atualizados, sem êxito. Quando muito, encontrava na Casa da Cultura somente um simpático Guarda, porém ninguém do CONPPAC propriamente dito. Havia uma promessa de restauro tanto da Casa da Amizade como da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres, que nos “iludiu” pelo menos ao longo de oito anos. Conforme o próprio testamento contempla, depois de um acerto com uma Construtora que assuma a construção de um Prédio em terrenos do Espólio na Rua Rio de Janeiro com o nome da Família Proença da Fonseca, pela preservação do Templo e do Mosteirinho, a mesma deveria contribuir com o restauro de ambos. Palavras repetidas inúmeras vezes pelo atual inventariante, Dr. José Arnaldo Viana Cione.

 

            No ano de 2021, um Senhor chamado Jesus, como zelador da Casa da Amizade, me disse ter sido contratado pelo Dr. José Arnaldo Vianna Cione, para zelar tanto pela Casa como pelo vasto terreno que a rodeia. Já a Zeladora da Igreja, que se esmera incansavelmente para deixar nossa Igreja sempre limpa, para acolher as pessoas que participam das Missas Dominicais, dos Batizados, das reuniões da Pastoral da Pessoa Idosa e dos Enfermos que atendem 268 Famílias por mês e pelos Participantes do Estudo Bíblico Mensal que realizamos, é a Senhora Antônia de Pádua Salermo.

 

            A imprensa, sempre que se referiu a Patrimônio Tombado em nossa Cidade de Ribeirão Preto, nunca considerou o Tombamento Provisório seja da Casa da Amizade, na Avenida Saudade, 222, como da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres, na Avenida Saudade, 202. Desde que obtivemos a Escritura separada da Casa da Amizade, graças ao Dr. João Gandini, enquanto ainda era juiz ativo, passamos a ter o número 202 e não mais 222. Os recibos da CPFL e do DAERP vêm com o número 202 e não mais 222. Nossa Igreja “tombada” só foi notícia quando tantas vezes arrombada. Era também lembrada, quando no dia 25 de julho, procedíamos a Bênção dos Motoristas diante dela. A Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres nunca foi mencionada e valorizada seja pelo CONPPAC seja pela Imprensa, quando trata de Tombamentos na Cidade. Só se referem a grandes obras no Centro da Cidade e aos Museus que igualmente tombados, estão literalmente caindo e apodrecendo. Nossa Igreja está sendo sim, muito bem cuidada e embora, não restaurada, é acolhedora para “perpetuar a tradição religiosa” da Família doadora Proença da Fonseca!

            Finalmente penso que se nossa Igreja não fosse tombada, já teríamos conseguido junto à Comunidade um restauro digno da colocação de sua pedra fundamental em 13 de junho de 1892.

 

            Ao Poder Público nunca solicitamos auxílio de verba para restaurar nossa amada Santo Antoninho. Para isso foi criado um Grupo de “Amigos da Santo Antoninho”. O que nos deixa desolados, é a inércia, são as dificuldades impostas por parte da Prefeitura Municipal, suas Secretarias como a do Meio Ambiente, da Cultura, Limpeza Urbana que ao invés de servir a Comunidade, implica até mesmo com a poda de uma árvore “Farinha Seca”, cujas folhas entopem as calhas e rufos do Salão Paroquial da Igreja Santa Teresa D’Ávila do Jardim Recreio. Quando emitimos algum elogio aos serviços prestados, e o fazemos sem demagogia, a resposta seja do Prefeito Municipal, seja de sua assessoria é imediata. Quando reclamamos ou solicitamos algum serviço um pouco mais complexo, ficamos sem resposta. Há alguns Servidores Públicos muito dedicados e zelosos. Já os que os coordenam nem sempre contemplam as reais necessidades da Comunidade. Elencam dificuldades, citam leis descabidas e não atendem como deveriam, os cidadãos que em última análise pagam seus salários, com os impostos nada baixos, cobrados a cada ano com aumentos consideráveis. Conclamo, finalmente, que reflitamos sobre o que penso alto e subscrevo em forma de desabafo e a busca de nossa consciência cidadã!



quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

A IGREJA SANTO ANTONINHO, PÃO DOS POBRES CORRE RISCO DE DESABAR (II)!

 Padre Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Tereza de Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com

A Arquidiocese de Ribeirão Preto por meio de seu Reitor, Pe. Gilberto Kasper, desde o dia 17 de abril de 2008, buscou junto ao Poder Executivo, naquele ano o Prefeito Municipal, Dr. Welson Gasparini e seu Secretariado Competente soluções para a preservação e melhorias da Igreja, a saber, a instalação de água, a adjudicação do Prédio da Igreja da Casa da Amizade e do Mosteiro que se encontra desde há muitos anos ocupado por duas Famílias que entram pela Rua Rio de Janeiro e ocupam 22 metros de corredor à direita de quem entra no Átrio da Igreja e 11 metros de fundos, ocupando, assim o Jardim Interno nos Fundos da Igreja, bem como um quartinho sobre a salinha que serve de sacristia da mesma Igreja. Afirmam que pagam aluguel ao Inventariante.

 

            Muitas foram as idas e vindas, visitas ao Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (CONPPAC) e da Presidência deste à Igreja nas pessoas de suas duas Presidentes: Dra. Cláudia Morroni e Profª Dulce Palladini. Participamos de reuniões, alguns estagiários de Arquitetura, também Membros do CONPPAC fizeram alguns Projetos de Restauro tanto da Igreja como da Casa da Amizade. Tanto a Secretaria da Cultura como o CONPPAC sempre afirmaram que o restauro teria de ser realizado no conjunto: casa, igreja e mosteirinho.

 

            Depois de cinco anos, cinco meses e trinta e cinco dias obtivemos em agosto de 2012, das mãos da então Prefeita Municipal a autorização para a construção de dois banheiros no corredor lateral, sem descaracterizar a fachada do Templo. Depois de inúmeras promessas não cumpridas da execução da construção dos banheiros, conseguimos, com recursos próprios de alguns fiéis, inaugurá-los em setembro de 2013.

 

Nós reconhecemos o valor mais histórico do que arquitetônico da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres. Por isso mesmo sempre ouvimos as Presidentes do CONPPAC antes de tomarmos qualquer providência, como por exemplo trocar duas portas de lata por duas portas de madeira, seguindo o estilo da porta central do Templo. No ano de 2012 a Igreja sofreu quatro arrombamentos. Os vândalos entraram pela Casa da Amizade e arrombaram os vitrais que ficam quatro metros de altura. Com os pés arrombaram as duas portas de lata: uma lateral e outra na sala de atendimento nos fundos da Igreja. Profanaram o Santíssimo Sacramento, arrancando da coluna o sacrário, espalhando a Sagrada Eucaristia pela Igreja, levaram o som, como microfones e caixas amplificadas, cálices, jarro de batizados, tapetes entre outras alfaias litúrgicas. Parte do furtado, a Polícia Civil conseguiu nos devolver. Apenas o jarro de batizados e um cálice com patena, folhados em ouro.

 

 Ganhamos um cavalo de raça, que vendido rendeu o muro provisório construído entre a Igreja e a Casa da Amizade. Este muro foi sugerido e orientado pela própria Presidente do CONPPAC, Profª Dulce Palladini, para a preservação de nosso Patrimônio, já que a Casa da Amizade ficara vulnerável, sem nenhuma segurança, e servia de ingresso de vândalos que nos furtavam. Desde que construído o muro provisório, os problemas de arrombamentos diminuíram. Continuaram furtando cabos de energia elétrica, torneiras e similares dos banheiros e artigos de bronze, como o sino na Igreja. O alpendre da Casa da Amizade hospedava dependentes químicos. Depois do sinistro incêndio da parte frontal e do alpendre da casa no dia 7 de setembro de 2019, o Inventariante alegou falta de recursos para a reconstrução e disse ter passado o patrimônio à Prefeitura Municipal. Enquanto não conseguíamos autorização do CONPPAC para restaurarmos a Igreja, a Casa dos Advogados doado à Prefeitura começou a ser simplesmente demolida. A incoerência consiste de que casa e igreja eram, segundo o CONPPAC tombados numa única lei e que deveriam ser restaurados simultaneamente. Nunca conseguimos selar acordo algum com o Inventariante para o tal restauro conjunto! Daí a frase repetida, e não sem razão: “Tudo o que em Ribeirão Preto o CONPPAC tomba, cai”! Basta constatar o que dizem ser tombado. A Prefeitura nos impede de preservar a Igreja, mas manda demolir a Academia? Que planejamento é esse?

 

 Nesses últimos 14 anos de nossa chegada até os dias de hoje, nos empenhamos para preservar o Patrimônio e só não o restauramos ainda, porque o CONPPAC permaneceu desativado por alguns anos. Pelo que soubemos, foi reorganizando em 2018. A Secretária da Cultura, em nome do Prefeito Municipal, empossou um grupo de pessoas formidáveis, competentes e comprometidas com os bens culturais de nossa cidade. Mas não demorou e fomos assolados pela Pandemia.

 

(Continuaremos na edição do dia 23/02/2022)



quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

A IGREJA SANTO ANTONINHO, PÃO DOS POBRES CORRE RISCO DE DESABAR (I)!

 

Padre Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Tereza de Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com

 


Nossa provisão como Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres data de 17 de abril de 2008, assinada por Dom Joviano de Lima Júnior, SSS, então Arcebispo Metropolitano de Ribeirão Preto. Chegamos para a primeira celebração dominical no dia 20 de abril de 2008. Em 2013 nosso atual Arcebispo Metropolitano de Ribeirão Preto, Dom Moacir Silva renovou a provisão por “Tempo Indeterminado”! 

            Portanto faz 14 anos que tento, sem êxito, restaurar a Igreja Santo Antoninho, que deveria ser um Espaço Cultural de Espiritualidade. Hoje o cenário e o paisagismo visto de todos os lados do Templo são deprimentes. Não tenho a pretensão de transferir responsabilidades. Porém, a burocracia e certa dificuldade de mais sérias políticas públicas, em nada contribuiu para que as obras da Santo Antoninho, roubada 24 vezes nesses 14 anos, se concretizassem. Em 2018 formou-se um Grupo de “Amigos da Santo Antoninho”, que infelizmente não evoluiu em seu real propósito de nos ajudar com o restauro. Para salvaguardar o patrimônio “tombado”, investimos em segurança e o último roubo com arrombamento da Igreja ocorreu na madrugada de 20 de janeiro de 2020, dia em que chegando para celebrar meus 30 anos de Ordenação Presbiteral me deparei com um cenário horrível: levaram o que puderam, inclusive meu cálice de ordenação sacerdotal. Uma grade que separa a Igreja da Casa da Amizade, hoje totalmente demolida, também foi furtada. Procurada a Delegacia de Polícia na Rua Piracicaba para o registro de Boletim de Ocorrência, aguardamos até hoje um retorno, que muito gentilmente nos atendeu, mas que depois nos esqueceu. 

            A Igreja anteriormente denominada Capela foi elevada à categoria de Reitoria no dia 15 de agosto de 1995, sendo seu primeiro Reitor Cônego Arnaldo Álvaro Padovani, falecido dia 1º de junho de 2010. Celebrando o 800º aniversário de nascimento de Santo Antônio que o então Arcebispo Metropolitano de Ribeirão Preto, Dom Arnaldo Ribeiro, reinaugurou a Capela parcialmente reformada, tanto em seu interior como o telhado e o presbitério que estava tomado de cupins em tudo que era de madeira. Cônego Arnaldo com auxílio da Comunidade e da ADVENIAT, Entidade Episcopal Alemã, tornou o espaço novamente usável para perpetuar a tradição da Família Proença da Fonseca, que no item 8º do Testamento “legou a Capela à Arquidiocese de Ribeirão Preto...”. 

            A Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres nunca ficou “abandonada” ou fechada como alguns imaginam e até denunciam. Me perdoem a ignorância, mas penso que a Arquidiocese de Ribeirão Preto ou pelo menos eu como responsável direto sobre a conservação do Templo, deveria ter sido notificado do tombamento provisório ocorrido em 2009 e confirmado pelo CONPPAC. Fiquei sabendo do tombamento por uma querida advogada, Dra. Cristina, de saudosa memória, numa reunião de Equipe de Nossa Senhora. Ela, me perguntando onde eu estava trabalhando, respondi com muito entusiasmo, de que havia recebido a missão de evangelizar o amado povo e restaurar a Igreja Santo Antoninho, Pão dos Pobres. A Dra. Cristina me disse que não desejava me decepcionar, mas que a Igreja juntamente com a Academia Ribeirãopretana de Letras Jurídicas e o Mosteirinho aos fundos da Igreja haviam sido tombados e que qualquer reforma ou restauro precisaria da autorização do CONPPAC, sob o risco de as obras serem embargadas. Já a “Casa da Amizade” e não da “Saudade” como alguns afirmam, datada de 1957, não sendo da responsabilidade da Arquidiocese de Ribeirão Preto e sim da Academia Ribeirãopretana de Letras Jurídicas ficou sob o zelo do então Inventariante Dr. Rubens Cione e após seu falecimento de seu filho, Dr. José Arnaldo Vianna Cione. 

(Continuaremos na próxima edição)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

SEGURANÇA PÚBLICA E MEDO!

  

Padre Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Tereza de Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com

                 Nos Evangelhos, Jesus insiste em afirmar, que o Reino de Deus é um Reino de Justiça. Portanto, onde não há justiça, não há reino. Temos assistido notícias nas últimas semanas, de invasões ousadas em prédios, condomínios e outros tipos de imóveis, residenciais ou comerciais, que nos deixam muito preocupados e trazem à tona novamente o questionamento: onde está a Segurança Pública? Voltamos a sentir muito medo! 

                        A segurança pública não garante mais “segurança” ao cidadão. Produz medo. E o medo nos rouba a paz, porque cresce, em nossas relações interpessoais, a incredulidade. As fobias, os traumas, as crises de medo em geral e sobre o futuro, e as indecisões do presente, nos fecham para todas as experiências que deveríamos ter com Jesus Cristo. O medo é uma das fortalezas que mais está presente em nossa mente. As pessoas tem medo umas das outras. Inverteu-se o espaço da liberdade. Há medo na família, na escola, no trânsito, na padaria, na igreja e em todos os lugares. 

                        Falar em Segurança Pública neste contexto nos questiona seriamente. Houve uma inclusão do crime organizado que aprisiona os cidadãos de boa vontade. As tantas casas de detenção construídas nos últimos anos, inclusive as de segurança máxima, oferecem mais liberdade – incutindo medo – do que os inúmeros – centenas de condomínios fechados, que viraram, por sua vez, prisões de seus habitantes. 

                        O tráfico de drogas, de armas e as tantas corrupções de agentes de segurança, questionam e colocam em risco a vida de pessoas inocentes, que sentem medo de ir e vir, de dormir e não acordar. 

                        Entre tantas tragédias que a mídia nos elenca diariamente, vivemos uma experiência ímpar, que passou bem perto de familiares e amigos. Uma senhora trabalhadora, honesta e sofredora, mãe de quatro filhos, perdeu numa mesma tarde de domingo o marido e o filho mais velho, que nadando embriagados num rio, morreram afogados. Ela não suportou a perda e sofreu um derrame cerebral. Seis meses depois, inerte à mesa, o filho alimentava-a, dando-lhe o almoço na boca. Ela não se mexia. A filha mais nova, de apenas 16 anos, envolvida com um traficante de drogas, apareceu com o namorado. Este matou o jovem de 27 anos, que alimentava a mãe, com três tiros, e, o rapaz caiu morto sobre o colo da mãe. O outro irmão, de 19 anos, reagiu e também foi morto, caindo sobre o irmão. Dona Zulmira, com dois filhos mortos sobre o colo, só conseguia olhar para eles, pois já não se mexia, nem para um último abraço, devido ao derrame. Uma verdadeira “Pietá” – Nossa Senhora da Piedade – de nossos tempos. 

                        Enquanto não investirmos na educação com sabedoria, a injustiça e a insegurança públicas, geradoras de medo, ao invés de amor fraterno que gera a paz, o medo de viver dentro da própria casa, ou de ser alvo de balas perdidas, continuarão. 

                        Precisamos nos abrir, permitir que Deus tenha acesso ao nosso coração, para que Ele trabalhe livremente, sem o tão cruel medo em nossas vidas!