Pesquisar neste blog

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

RELACIONAMENTO HUMANO!

 

Padre Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Tereza de Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com

O Relacionamento Humano, sem dúvida, passa por uma profunda crise. Animalizou-se o “Humano”, remetendo a pessoa a um egoísmo ímpar. Além das inúmeras desculpas e a transferência de responsabilidades, penso que deveríamos fazer algumas releituras: precisamos reler o Estatuto da Criança e do Adolescente, que na minha modesta opinião é aplicado erroneamente. Precisamos reler a educação precária oferecida às crianças, aos adolescentes e jovens de nosso País, parando de culpar a pandemia. Somos tão criativos para tantas situações. Não podemos deixar-nos engolir pelo desencanto da visita de um vírus revestido de diversas variantes, atraído por nosso próprio descuido para com a natureza e o planeta. Basta olharmos ao nosso redor, e constatar o quanto o meio ambiente anda desequilibrado, gritando por socorro e maior respeito. Precisamos reler a possibilidade de pré-adolescentes poderem exercer algum trabalho antes dos 16 anos de idade, ao invés de tentar reduzir a “Maioridade Penal”, engaiolando adolescentes em penitenciárias indecentes e desumanas, que jamais re-socializam pessoas, antes alvoroçam ainda mais o instinto animal dos amontoados de detentos, ociosos, sem nada para fazer e sem as mínimas condições de repensarem suas vidas. Fala-se tanto que nossas penitenciárias são escolas e faculdades do crime (organizado) sofisticado. E não por último, é urgente que o Estado assuma sua fragilidade, sua incapacidade, seu descaso e seu covarde modo de tratar os cidadãos, sem o mínimo de dignidade.

            Por que não utilizar os bilhões de reais desviados, e que ainda não foram devolvidos, para repensar o Sistema Penitenciário de nosso rico Brasil? Se nas Penitenciárias houvesse Fábricas, Oficinas e Escolas eficientes, os detentos trabalhariam e aprenderiam algum ofício, durante o cumprimento de suas penas. Ao invés de obrigar os brasileiros a contribuírem com o “Auxílio Penitenciário”, cada detento honradamente sustentaria sua família, pagaria suas despesas, enquanto presos, que não são pequenas, e ainda teriam uma poupança, quando de volta à sociedade, certamente melhores do que entraram. Isso é possível, porque conheço penitenciárias europeias que o fazem. Em Novo Hamburgo (RS) onde cresci havia uma Fábrica de Calçados na Penitenciária e todos aprendiam a fazer sapatos e saiam com emprego garantido. Hoje há tantas maneiras de profissionalizar ao invés de animalizar as pessoas. Saem discriminados e a única alternativa é voltar ao crime!

            Comecei a trabalhar muito cedo, antes de completar 13 anos de idade. Trabalhava durante o dia e estudava à noite. Ao contrário do que afirmam alguns demagogos idealistas, não fiquei traumatizado por isso. Foi uma honra para mim, poder contribuir com a manutenção da sobrevivência de minha família, sempre muito pobre, mas feliz e agradecida a Deus pela saúde e pelas oportunidades que nos eram proporcionadas. Aliás, meus irmãos e eu tivemos o privilégio de estudar os primeiros cinco anos do Ensino Fundamental, na época chamado de Primário, numa Escola particular de Religiosas. As Irmãs da Congregação de Santa Catarina de Alexandria não nos cobravam as mensalidades. Em troca da gratuidade, nós três irmãos limpávamos as salas de aula todos os dias e aos sábados fazíamos uma limpeza geral. Eu só tinha seis anos de idade. Enquanto nossos colegas pagantes iam almoçar, nós ficávamos para a limpeza da Escola. Depois as Irmãs nos ofereciam um saboroso almoço. Tal “permuta” seria hoje um escândalo. Mas preciso admitir, que para mim e meus irmãos, a medida foi construtiva e nos ajuda até os dias de hoje a sermos agradecidos por tudo que de graça recebemos, até mesmo os desafios e as dificuldades econômicas pelas quais sempre passamos. Fomos educados a um exemplar Relacionamento Humano com quem quer que convivamos!



quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

A TERNURA DE DEUS EM MEU SACERDÓCIO!

 

Padre Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Tereza de Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com

Há 32 anos, na manhã de um sábado, dia 20 de janeiro de 1990, Festa de São Sebastião, na Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto, ajoelhado sobre o túmulo do primeiro Bispo de nossa Arquidiocese, Dom Alberto José Gonçalves, por imposição das mãos de nosso amado Dom Arnaldo Ribeiro, fui ordenado Sacerdote para Sempre! Muitos erros e acertos, grande experiência de vida e profunda gratidão a cada dia, sem nenhum momento de arrependimento, pelo sim dado com minhas mãos entre as mãos do Arcebispo. 

               Quantas pessoas passaram por minha vida nestes 32 anos? Pela vida de quantas pessoas passei eu? Penso ser um momento de avaliação, de balanço, de gratidão e de pedido de perdão, pelas vezes em que não consegui ser um bom padre! Escolhi como lema sacerdotal, a quinta bem-aventurança do Sermão da Montanha: "Bem-Aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia" (Mt 5,7), já que sempre me senti um servo inútil e indigno da graça do ministério sacerdotal! Mesmo assim Deus me quis Padre, tamanha é Sua Bondade, Seu Amor e Sua Misericórdia para comigo.

                Ao longo do amadurecimento no meu exercício ministerial, fui descobrindo que a melhor maneira de ser fiel ao Sacerdócio, é adotar a Teologia da Ternura! Mesmo que não tenha conseguido ser fiel, como quis ou deveria sempre me acompanhou o esforço pessoal por ser um sacerdote bom e misericordioso, a exemplo de São João Maria Vianney, o Cura D'Ars, cuja vida conheci no primeiro Seminário que me acolheu na Arquidiocese de Porto Alegre (RS), dedicado a ele. Como ele, o Sacramento que mais gosto de celebrar, é o da Reconciliação, depois, é claro, da Eucaristia. Como é bom ser dispensador do perdão de Deus àqueles que perderam sua paz interior para o pecado. Pois é no Sacramento do Perdão, que Jesus nos devolve a paz que o pecado nos rouba. Tenho sido muito feliz ao acolher tantas pessoas em nossa amada Igreja Santo Antoninho, Pão dos Pobres nos Campos Elíseos há 14 anos, e desde o dia 1º de março do ano de 2020, da também já amada Paróquia Santa Tereza de Ávila no Jardim Recreio de Ribeirão Preto, que são para mim, lugares ideais para a santificação de meu sacerdócio, colaborando na santificação de tão queridos irmãos e irmãs na fé!                                                                                                                                           

                Como coroinha na Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus, no Bairro Santo Afonso e Coordenador da Catequese, Regente do Coral e Animador de Comunidade na Capela Santo Antoninho, no Bairro Liberdade em Novo Hamburgo (RS) ou brincando de Missa com os vizinhos na estrebaria de casa, minha vocação ao sacerdócio foi se confirmando a cada dia que passava. Sentia sempre a necessidade de perdoar, desde tenra idade a quem me ofendesse ou machucasse. Nunca consegui bater em ninguém. Mas sempre fui muito peralta e, mais pedia perdão do que precisava perdoar. Daí meu lema sacerdotal ser a bem-aventurança da misericórdia.

                Que eu consiga viver meu sacerdócio pautado nos olhos de Deus, que promovem a justiça e amar as pessoas com o coração de Jesus, que dão sentido ao meu lema e à minha fidelidade sacerdotal: "Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”! E em cada Eucaristia que celebro, cabem todas as pessoas que me ajudaram a ser Padre, no precioso cálice do Senhor, como minha mais sublime e profunda gratidão! 

                 Para selar A Ternura de Deus em meu Sacerdócio, celebrarei minha ação de graças no recolhimento. Passarei em oração silenciosa. Sei que poderei contar com as orações dos amigos, o melhor presente que poderia receber. Estarei ausente das Redes Sociais, especialmente com telefones desligados! Conto com a compreensão dos que insistirem em ligar. Rezemos em silêncio, porque até mesmo nosso silêncio Deus escuta. 

Aqueles que desejarem me cumprimentar, por favor, façam-no na oração por mim e sintam o carinho de minha oração por cada um dos que meu Sacerdócio permitiu amar!



quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

HORA DE AGRADECER!

 

Padre Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Tereza de Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com

               O FAC – Fraterno Auxílio Cristão da Cidade de Ribeirão Preto, observando todas as orientações de distanciamento social e cuidados prescritos pela Vigilância Sanitária e Secretaria Municipal da Saúde, não parou durante a pandemia do novo Coronavírus da COVID-19. As Equipes dos dois Núcleos de Solidariedade do FAC, o Dom Hélder, que é a Sede na Rua Barão do Amazonas, 881 no Centro e o Dom Bosco, na Rua Imigrantes Japoneses, 1065 no Parque Ribeirão Preto coordenadas pela Pedagoga Ana Cláudia Barbosa Cardoso Abe não mediram esforços para mesmo em meio à calamidade pública decretada desde o dia 24 de março de 2020, atender as 90 crianças com suas 61 famílias que atualmente são os “sujeitos” e a “razão de existir” do FAC.

            Para que isso fosse possível, foram sensíveis os apoios do nosso Arcebispo Metropolitano, Dom Moacir Silva, que tem dispensado incansável apoio aos trabalhos do FAC, bem como do atual Conselho Diretor, presidido pelo Diácono Pérsio Luiz Dugaich, ancorado pelos demais Membros da Diretoria, especialmente pelo Diácono Adélcio Guirão, recomendados por Dom Moacir. Destacamos o zelo e esmero da Senhora Marisa Tabor, a Tesoureira!

            Para amenizar os impactos da Pandemia do Coronavírus na Comunidade das Famílias Assistidas no Núcleo de Solidariedade Dom Bosco, o FAC foi contemplado com inúmeras parcerias, que merecem a mais profunda expressão de gratidão. É Hora de Agradecer! Os parceiros do FAC garantem às 61 Famílias das 90 Crianças e Adolescentes, que somam em torno de 265 pessoas assistidas diuturnamente: Cestas Básicas, Kits de Higiene, Material de Limpeza, Verduras, Legumes, Sobremesas como doces e sorvetes, Material Didático para as atividades tanto In Loco, como em suas paupérrimas residências ao longo dos dois últimos anos, tão atípicos e exigentes para todos, bem como para o tempo de pós-pandemia. O atendimento às Crianças e Adolescentes é híbrido, a fim de que executem suas atividades à distância ou nas dependências dos Núcleos, monitorados pela Equipe Pedagógica!

            Neste momento a gratidão, em nome dos irmãos mais necessitados, assistidos pelo FAC, remete-se ao Coletivo Jovem, que atende 480 jovens anualmente, patrocinado pela Coca-Cola, Mesa Brasil, a Eurofarma, Amália Terezinha Balbo Di Sicco, Tadeu Donizete, Dulci e Rafael Viana da Ribeirão Web News, Alessandra Lucca Mesquita Romano do Programa “Geração do Bem”,  Newton Pedro Mendonça, Moema Rocha Augusto, Rodrigo Simões, Amir Calil Dib, sempre incansável presença junto ao FAC seja nas divulgações e promoções, seja como Conselheiro, Pe. José Alceu de Souza Júnior, Pe. Nilton Peres de Sousa, Pe. Luís Fernando Ribeiro, Pe. Pedro Luís Schiavinato, Luciano Del Lama, os Deputados Federais Baleia Rossi, Ricardo Silva, o Deputado Estadual Rafael Silva, nosso Prefeito Municipal Antônio Duarte Nogueira Júnior, a Secretaria de Assistência Social, o Vereador Maurício Gasparini, a Delvita do CONDECA, Nicanor Lopes do Theatro Pedro II com sua Equipe de Colaboradores, O Sistema Clube de Comunicação, na pessoa do Demétrio Luís Pedro Bom e a Equipe de Jornalismo da Clube, a EPTV, a CBN, o SBT, que sempre nos divulgam com tanto zelo, Joaquim de Azevedo Lima, Silvio Capelão da Padaria Elite, a Sofia e Regina Angerami da Le Sofiah, Senhor Tapyr, Engº José Roberto Romero, Márcia Rita Neves O. Silva, Gabriela Bonome, entre dezenas de outras pessoas de coração generoso!

            Os projetos do FAC de fortalecimento de vínculos e a recuperação da dignidade das crianças, adolescentes e suas famílias, só são possíveis graças às parcerias, uma vez que a Assistência Social, com a outra pandemia chamada de “Desigualdade Crônica”, sempre recebeu a menor fatia do bolo, na destinação de recursos financeiros municipais, estaduais e federais.

            Sintam-se convidados a continuarem a experiência da solidariedade que esse tempo de pandemia tão bem revelou em dezenas de milhares de ações em favor dos que têm menos do que nós. Tornem-se Colaboradores Voluntários ou Contribuintes, adotando mensalmente, como faz o Arcebispo Metropolitano, uma criança do Núcleo Dom Bosco. Também é possível o cadastro da Nota Fiscal Paulista! Saibam como proceder: basta fazer-nos uma visita na Sede do FAC – Rua Barão do Amazonas, 881 na esquina com a Rua Prudente de Morais no Centro de Ribeirão Preto, ligando (16) 3237-0942 ou fazendo seu depósito direto na Conta do FAC: Banco do Brasil – Agência 4242-0 – Conta Corrente: 20029-8 – Fraterno Auxílio Cristão: CNPJ: 56.019.813/0001-88. “Deus ama a quem dá com alegria” (2 Cor 9,7).



quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

O BATISMO DO SENHOR!

 

Padre Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Teresa D’Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com

Concluindo as celebrações natalinas no próximo domingo, festejamos o Batismo de Jesus. Embora não precisasse ser batizado, o Senhor quis se solidarizar com todo o povo que buscava o batismo de João. Esta liturgia é momento favorável para relembrarmos e renovarmos nossos compromissos batismais.



            Somos servos do Senhor a serviço da comunidade e responsáveis por construir uma sociedade justa. Jesus busca, em João, o batismo. Aí é proclamado “Filho amado de Deus”. A prática da caridade e da justiça deve ser nosso diferencial diante de Deus.

            Em cada batizado que celebro, costumo fazer três perguntas aos pais e padrinhos: Sabem o dia em que foram batizados? Quem (o padre, diácono ou ministro) os batizou? São de Igreja, participando de alguma Comunidade de Fé? E quando a reposta é “NÃO”? Quem não sabe o dia do batizado, também não o celebra, pelo menos, consciente e livremente. Talvez por tradição, ou porque é hábito da família. Sem uma Comunidade, que sustente os compromissos batismais, a fé recebida no dia de nosso batismo esclerosa, resseca, mofa. Já a Festa do Batismo do Senhor é um insistente convite, de que arejemos nossa fé, cultivando-a e por meio dela, anunciemos as maravilhas que os dons do Espírito Santo realizam naqueles que se abrem e se convertem a Ele. Esconder tais dons significa insensibilidade, indiferença e até omissão. Eis a hora de assumirmos nossa fé, como dom precioso que nos é dado desde o “Útero da Igreja”, a Pia ou Bacia Batismal!

            Podemos nos perguntar se, a partir do Batismo de Jesus, procuramos entender e concretizar o nosso batismo. Estamos dispostos a “mergulhar” no projeto de Jesus para construir relações humanas dignas, a começar pela família, no aconchego do lar, na escola, no trabalho, na Igreja, no mundo, com atitudes solidárias, ecumênicas?

            Deus se revelou em Jesus, confiando-lhe a missão de Servo e Filho amado. Pelo batismo, mergulhamos no mistério da morte e da ressurreição de Jesus para vivermos a vida nova. Em Cristo, recebemos o Espírito para a missão e fomos adotados/as como filhos e filhas de Deus. Somos gerados a cada dia, pelo amor misericordioso e bondade infinita do Pai, para renovarmos a nossa adesão e o nosso compromisso com o seu Reino.

Vamos abrir o ouvido do coração para acolher a voz do Pai, que ressoa dentro de nós, e que declara nossa missão: Tu és minha filha muito amada, tu és meu filho muito amado.

            O Batismo é nosso segundo parto. Primeiro partimos do útero de nossa mãe. Quando batizados, partimos do útero da Igreja, preparando-nos à luz da fé que nele recebemos para o parto definitivo, que se debruça sobre a esperança de que morrendo, partindo do útero da terra, veremos Deus como Deus é, e isso nos basta. Renovemos nossos compromissos batismais, buscando viver nosso Batismo na relação com Deus, que nos adota como seus de verdade, e com os outros, que se tornam nossos irmãos, para santificar-nos. Todo batizado torna-se um ser divinizado, isto é, candidato à santidade. Por isso não é nenhuma pretensão descabida, queremos ser santos. Devemos, isso sim, esforçar-nos todos os dias, para sermos santos.