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quarta-feira, 27 de maio de 2020

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - SOLENIDADE DE PENTECOSTES



Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
“O amor de Deus foi derramado em nossos corações
pelo seu Espírito que habita em nós, aleluia!” (Rm 5,5; 10,11).

            O Domingo de Pentecostes (no qual desemboca todo o tempo pascal) recorda o Espírito Santo, dom do Pai, Amor de Deus derramado sobre nós, condição de nossa comunhão no Cristo Ressuscitado, fonte da transformação pascal de toda a realidade. Esta festa ativa em cada um de nós a vocação e a capacidade para o encontro, para o amor, para a união, para a doação, como pede a aclamação ao Evangelho: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor”.
            No Pentecostes, o mistério pascal é celebrado como um todo (morte, ressurreição, ascensão, envio do Espírito).
            Neste dia, o mistério pascal atinge a sua plenitude no dom do Espírito derramado em nossos corações. Imbuídos deste mesmo Espírito somos capacitados para o anúncio da Boa Notícia, sem temer perseguições, nem morte.
            Devido à importância da Solenidade de Pentecostes, celebramos sua Vigília. A Palavra de Deus da Vigília de Pentecostes é uma mensagem que nos ajuda a superar as divisões e nos convida a saciar com a água viva oferecida por Jesus.
            As três grandes e permanentes tentações da humanidade acabam em desastre: a pretensão da subida acaba em queda; a concentração, em dispersão; o nome famoso, em infâmia. Jesus é a fonte de água viva que sacia a sede da humanidade. Temos os primeiros frutos do Espírito, que vem em socorro de nossa fraqueza.
            Na Solenidade de Pentecostes o Espírito do Senhor desceu sobre nós e nos congregou na mesma fé e numa só família. O universo todo se rejubila conosco pela presença do Espírito criador e unificador.
            O Espírito de Deus, recebido no batismo, desafia-nos a falar a linguagem do amor, compreensível a todos, e assumir o compromisso proposto por Jesus.
            A comunidade santificada pelo Espírito fala de modo que todos entendem. A linguagem que todos entendem é a do amor com sabor divino. Quem descobre a capacidade do amor gratuito, nem precisa de palavras: basta amar e todo o resto acontece naturalmente. Isto é, falar a linguagem do amor divino significa esforçar-se por promover, quer bem, perdoar e ser sempre querido e terno nas relações humanas.
            A presença do Espírito, prometido por Jesus, torna a comunidade acolhedora e reconciliadora. Uma comunidade que não dá espaço para a ação do Espírito Santo torna-se estéril, fechada e incapaz de acolher, amar o diferente e muito menos perdoar. A comunidade que acolhe os dons do Espírito do Senhor, não é mera instituição engessada em normas, regimentos, funções e cargos, mas se gasta, consome-se por amar as pessoas com o amor proposto pelo próprio Cristo Senhor.
            Os dons recebidos do Espírito são para a edificação da comunidade. Não poucas vezes tentamos apropriar-nos do Espírito Santo ou considerar-nos plenos de todos os dons. Sabemos que o próprio Espírito Santo sopra onde quer. Nem todos somos portadores de todos os dons do Espírito Santo. Cada um recebe os dons de acordo com as suas qualidades que colocados a serviço da Comunidade, é que a edificam e não sacrificam, como muitas vezes acontece. Há frequentemente pessoas nas Comunidades, que se sentem insubstituíveis, ou ainda aquelas que pensam que sem elas a Comunidade não sobreviverá. Uns querem fazer tudo, outros se comprometem muito pouco, o que empobrece a Igreja. Cada um deve saber o que faz melhor e enriquecer a Comunidade, consumindo-se por ela, gratuitamente.
            A ação do Espírito manifesta no mundo a salvação de Deus, destinada a todo ser humano. O Espírito nos fortalece e anima a formar comunidades comprometidas em viver a unidade na diversidade. Ele nos conduz a permanecer em comunhão com o Senhor ressuscitado, deixando-nos envolver pela presença de amor e vida nova.
            O Espírito do Senhor nos liberta de todas as formas de opressões, de pecado, para vivermos fraternalmente como irmãos e irmãs. Como os discípulos, o Espírito nos plenifica da presença de Deus, capacitando-nos para sermos anunciadores da Boa Nova de Jesus. O Espírito age em nós e em toda a criação, que geme em dores de parto (Rm 8,22), aguardando a manifestação plena da salvação.
            Renascidos pela água e pelo Espírito, nos tornamos comunidade de fé, presença e prolongamento do Cristo ressuscitado na realidade bem concreta, sobretudo lá onde se faz mais necessário, pois assim como em Jesus, o Espírito é derramado sobre nós e nos envia para anunciar a Boa-nova aos pobres; para proclamar a liberdade aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor.
            Que nesta Solenidade de Pentecostes se cumpra em nós esta palavra das Escrituras e nos faça missionários sem-fronteiras.
            Santo Antônio faleceu na Festa de Pentecostes no dia 13 de Junho de 1231. Em nossa Igreja Santo Antoninho, preparamos a Festa de nosso Padroeiro com visitas aos Enfermos e Idosos, realizadas pelas Pupilas de nossa Reitoria: o Estudo Bíblico, A Pastoral da Pessoa Idosa e a Pastoral da Saúde. A Solenidade de nosso Padroeiro será no sábado, dia 13, às 8 horas, com a bênção dos pães aos pobres, que durante aquele dia levaremos como a Igreja do Ir a quem já não pode mais vir!
            Que as Solenidades de Pentecostes e de Santo Antoninho nos animem a sermos verdadeiros discípulos e missionários de Jesus Cristo, Senhor de nossa vida, neste ano que exige de todos nós, sacrifícios, distanciamento social e a superação da Pandemia do novo Coronavírus, a Covid-19. Não nos falte a ousada coragem de recomeçarmos com novo ânimo, novas perspectivas e o amável desejo de nos amarmos mais do que nunca antes.
            Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão, nosso abraço amigo,

Pe. Gilberto Kasper
(Ler At 2,1-11; Sl 103(104); 1 Cor 12,3-7.12-13 e Jo 20,19-23).
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Junho de 2020, pp. 102-107 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Pascal (Junho de 2020), pp. 70-75.

O FAC NÃO PARA DURANTE A PANDEMIA!


Padre Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Tereza de Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com

               O FAC – Fraterno Auxílio Cristão da Cidade de Ribeirão Preto, embora siga todas as orientações de distanciamento social e cuidados prescritos pela Vigilância Sanitária e Secretaria Municipal da Saúde, precisando por isso “limitar” suas atividades, não para durante a pandemia do novo Coronavírus da COVID-19. As Equipes dos dois Núcleos de Solidariedade do FAC, o Dom Hélder, que é a Sede na Rua Barão do Amazonas, 881 no Centro e o Dom Bosco, na Rua Imigrantes Japoneses, 1065 no Parque Ribeirão Preto coordenadas pela Pedagoga Ana Cláudia Barbosa Cardoso Abe não medem esforços para mesmo em meio à calamidade pública decretada desde o dia 24 de março próximo passado, atender as 90 crianças com suas 61 famílias que atualmente são os “sujeitos” e a “razão de existir” do FAC.

            Para que isso seja possível, são sensíveis os apoios do Arcebispo Metropolitano, Dom Moacir Silva, que tem dispensado incansável apoio aos trabalhos do FAC, bem como do atual Conselho Diretor, presidido pelo Diácono Pérsio Luiz Dugaich, ancorado pelos demais Membros da Diretoria, especialmente pelo Diácono Adélcio Guirão, recomendados por Dom Moacir.

            Para amenizar os impactos da Pandemia do Coronavírus na Comunidade das Famílias Assistidas no Núcleo de Solidariedade Dom Bosco, o FAC foi contemplado com inúmeras parcerias, que merecem a mais profunda expressão de gratidão. Os parceiros do FAC garantem às 61 Famílias das 90 Crianças e Adolescentes assistidos: Cestas Básicas, Kits de Higiene, Material de Limpeza, Doces, Verduras e Legumes por, pelo menos cinco meses, de março a julho, e se necessário, também para o tempo de pós-pandemia. Já as Crianças e Adolescentes executam suas atividades à distância, monitoradas pela Equipe Pedagógica!

            Neste momento a gratidão, em nome dos irmãos mais necessitados, assistidos pelo FAC, remete-se ao Instituto Coca-Cola Brasil, Instituto Nova Era, Mesa Brasil, Senhora Amália Terezinha Balbo Di Sicco, Senhor Leandro Siqueira da Agily Tecnologia, captador de recursos junto a Empresas, como a Frances com a Ligia, Tadeu Donizete, Dulci e Rafael Viana da Ribeirão Web News, Senhora Alessandra Lucca Mesquita Romano do Programa “Geração do Bem”, Senhor Newton Pedro Mendonça, Dr. Nelson Augusto e Dra. Moema Rocha Augusto, Dr. Camilo e Ilze Xavier, Amir Calil Dib, Pe. José Alceu de Souza Júnior, Pe. Nilton Peres de Sousa, Pe. Luís Fernando Ribeiro e Pe. Luís Gustavo Tenan Benzi, entre dezenas de outras pessoas de coração generoso!

            Os projetos do FAC de fortalecimento de vínculos e a recuperação da dignidade das crianças, adolescentes e suas famílias, só são possíveis graças às parcerias, uma vez que a Assistência Social, com a outra pandemia chamada de “Desigualdade Crônica”, sempre recebeu a menor fatia do bolo, na destinação de recursos financeiros municipais, estaduais e federais.

            Sintam-se convidados a continuarem a experiência da solidariedade que esse tempo de pandemia tão bem revelou em dezenas de milhares de ações em favor dos que têm menos do que nós. Tornem-se Colaboradores Voluntários ou Contribuintes, adotando mensalmente, como faz o Arcebispo Metropolitano, uma criança do Núcleo Dom Bosco. Também é possível o cadastro da Nota Fiscal Paulista! Saibam como proceder: basta fazer-nos uma visita na Sede do FAC – Rua Barão do Amazonas, 881 na esquina com a Rua Prudente de Morais no Centro de Ribeirão Preto, ligando (16) 3237-0942 ou fazendo seu depósito direto na Conta do FAC: Banco do Brasil – Agência 4242-0 – Conta Corrente: 20029-8 – Fraterno Auxílio Cristão: CNPJ: 56.019.813/0001-88. “Deus ama a quem dá com alegria” (2 Cor 9,7).



quarta-feira, 20 de maio de 2020

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR



Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

"Homens da Galileia, porque estais admirados,
olhando para o céu?
Este Jesus há de voltar do mesmo modo
que o vistes subir, aleluia!" (At 1,11).

            Em comunhão com todos os cristãos, celebramos a Ascensão de Jesus, plenitude da Páscoa, que atualizamos na eucaristia. A Igreja comemora neste domingo da Ascensão do Senhor, o 54º Dia Mundial das Comunicações Sociais - 2020, com o tema: “Para que possas contar e fixar na memória” (Ex 10,2) e o lema: “A Vida se faz história” (Papa Francisco). Ao longo da semana, preparamo-nos para a Solenidade de Pentecostes, rezando pela unidade dos cristãos à luz do tema: “Gentileza gera Gentileza” (Cf. At 28,2).

Jesus despede-se dos seus; antes, porém, conclama-os para que dêem continuidade à missão por ele iniciada e derrama sobre eles a bênção, sinal de sua presença contínua.

Jesus, ao despedir-se, deixa aos discípulos a tarefa de continuar a missão que ele iniciou. Jesus garante sua presença na Igreja e nos envia em missão. Elevado ao céu, Cristo é a cabeça da Igreja e o Senhor da humanidade.

As palavras de Jesus e sua presença viva, que estará sempre em nosso meio, nos colocam a caminho e nos incentivam a sermos fieis à missão. Elas nos impelem a sair de nós mesmos para abrir-nos a um novo horizonte, que possibilita a todos os seres humanos a alegria de sentirem-se filhos de Deus e irmãos entre si.

O Ressuscitado nos confia o anúncio da Boa Nova da salvação, libertando-nos da estagnação para nos empenhar na promoção da vida. Toda a comunidade recebe a ordem de fazer discípulos, batizando-os e ensinando-os a observar os ensinamentos deixados por Jesus. Da comunhão de amor, pelo batismo, deve surgir uma humanidade nova, alicerçada na filiação divina e na fraternidade.

Nesta semana de oração pela unidade das Igrejas cristãs, invoquemos o Espírito de Deus para que habite em nós e seja nosso sustento na missão que recebemos do próprio Ressuscitado.

Sintamo-nos cada vez mais missionários por todos os lugares, junto a todos com quem convivemos o hodierno de nossa vida cristã. Não tenhamos vergonha e nem guardemos nosso amor a Jesus Cristo somente para nós. Anuncie-mo-lo com a vida e, de acordo com São Francisco de Assis, se necessário, usemos também, da Palavra! Nosso testemunho é fundamental. O ditado popular: "Religião não se discute..." se desatualiza diante da conclamação à nossa missionariedade e discipulado em todos os ambientes!

Sejamos comunicadores de “boas notícias”, e “não façamos nossa comunicação espetacularizada, tornando-a estratégia de construção de perigos e medos” (Papa Francisco). O cristão será sempre pessoa de novas esperanças, perspectivas, sentido de vida e de novos horizontes. Não temos, portanto, o direito de desanimar jamais! Para isso deixemo-nos animar pelo Espírito Santo e acariciar por Nossa Senhora, “para que contes aos teus filhos e aos teus netos: A Vida se faz história” (Papa Francisco)!

Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão, nosso abraço amigo,
Pe. Gilberto Kasper

(Ler At 1,1-11; Sl 46(47); Ef 1,17-23 e Mt 28,16-20).

Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Maio de 2020, pp. 74-77 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Pascal (Maio de 2020), pp. 64-69.


“A VIDA SE FAZ HISTÓRIA”!


Pe. Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Tereza de Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato:  pe.kasper@gmail.com

               A Igreja celebrará no próximo domingo, na Solenidade da Ascensão do Senhor ao Céu, o 54º Dia Mundial das Comunicações Sociais com o tema proposto pelo Papa Francisco: “Para que possas contar e fixar na memória” (Ex 10,2) e o lema: “A Vida se faz História”!

            Em nome da PASCOM – Pastoral Arquidiocesana da Comunicação, coube-me, como assessor eclesiástico, remeter aos Comunicadores e Comunicadoras dos diversos Veículos de Comunicação da Arquidiocese de Ribeirão Preto, bem como aos Agentes Paroquiais da Pastoral da Comunicação (Pasconeiros) o reconhecimento do anúncio fundamentado na verdade e necessária transparência, observada sempre a ética e o exímio profissionalismo, das notícias, as mais diversificadas, edificando nos interlocutores como telespectadores, ouvintes e leitores, a esperança de novo ânimo, novas perspectivas e sentido de vida e vida plena, gerada por valores essenciais à felicidade das pessoas e, especialmente das famílias que compreendem nossa vasta Igreja particular.

            Dom Moacir Silva, nosso Arcebispo Metropolitano, desde que chegou à nossa Arquidiocese, desejou selar sua pessoal gratidão aos Profissionais da Comunicação, expressando sua proximidade e reconhecimento, marcado com um Café da Manhã com os Comunicadores e Comunicadoras, apresentando a Mensagem do Santo Padre, o Papa Francisco. Neste ano, devido à Pandemia causada pelo novo Coronavírus e a necessidade do distanciamento social, evitando a aglomeração das pessoas, este importante momento precisou ser cancelado. Mas isso não dispensa nossa mais profunda gratidão a todos que anunciam a Boa Notícia, cedem generosamente seus Meios de Comunicação Social para divulgar todo bem que nossa Arquidiocese de Ribeirão Preto realiza em prol da promoção da vida e da dignidade das pessoas, filhos e filhas de nossa Família Arquidiocesana.

            O momento alto do 54º Dia Mundial das Comunicações Sociais neste ano será no Domingo da Solenidade da Ascensão do Senhor ao Céu, dia 24 de maio próximo, às 11 horas, quando nosso Arcebispo Metropolitano, Dom Moacir Silva presidirá a Santa Missa na Catedral Metropolitana de São Sebastião, com transmissão ao vivo pelo Canal do YouTube da Arquidiocese de Ribeirão Preto, da qual celebração todos, conectados, são convidados a participar. A vida, a dedicação e bom serviço prestado aos Meios de Comunicação Social e às Pastorais Paroquiais da Comunicação, serão oferecidos no precioso cálice do Senhor.

            O Assessor da PASCOM do Sub-Regional RP1, que compreende além de nossa Arquidiocese de Ribeirão Preto, as Dioceses Sufragâneas de Franca, Jaboticabal e São João da Boa Vista, Pe. Igor Fernando Aparecido Madalosso de Lima apresentará um breve resumo da Mensagem do Papa Francisco para essa ocasião. Já o Coordenador da PASCOM e Assessor de Imprensa de nossa Arquidiocese de Ribeirão Preto, o Profº Márcio Smiguel Pimenta, participará “in loco” representando os membros da Pastoral Arquidiocesana de Comunicação. O importante é todos sentirem-se acariciados com a proximidade de nossas orações e a bênção do envio de nosso Arcebispo, Dom Moacir Silva, ao final daquela celebração!
           




quarta-feira, 13 de maio de 2020

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - SEXTO DOMINGO DO TEMPO PASCAL


Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

"Ora, quem me ama, será amado por meu Pai,
e eu o amarei e me manifestarei a ele" (Jo 14,21).

A Palavra de Deus do Sexto Domingo do Tempo Pascal, vem acompanhada de um leve sabor de despedida! Jesus nos garante sua presença entre nós por intermédio do Espírito Santo. O Espírito é nosso defensor e nos revela a verdade do Pai. A páscoa de Jesus se realiza nas pessoas e comunidades que se deixam iluminar e conduzir pelo Espírito de Deus.

Aproximando-nos de Pentecostes, a liturgia da palavra deste domingo nos faz perceber a presença do Espírito Santo na comunidade. Ele a conduz no caminho de Jesus, caminho da vida em plenitude.

O Espírito da verdade anima e sustenta a caminhada da comunidade. A perseguição contra os cristãos torna-se instrumento de expressão do evangelho. Deus não deseja o sofrimento de ninguém, mas às vezes ele é consequência da fidelidade ao evangelho.

O Espírito da verdade permanece conosco como advogado para nos defender e guiar no caminho de Jesus. Ele vem do Pai, a fonte de toda a verdade, para iluminar a nossa caminhada de fé, concretizada no amor e fidelidade à sua vontade. A presença animadora do Espírito nos leva a viver como filhos e filhas de Deus. O Espírito nos ajuda a conservar viva a memória de Jesus, suas palavras, seu amor sem reservas pela humanidade. Cristo sofreu e morreu para que tivéssemos nova vida no Espírito. Somos chamados a testemunhar sua presença através da mansidão, respeito, consciência reta, não violência. Em Cristo vivo, também nós temos vida no Espírito. Se permanecermos em comunhão com Cristo, estaremos prontos para testemunhar a nossa fé e a nossa esperança, sobretudo quando difamados, ultrajados, perseguidos.

O Espírito age no mundo como dom permanente do Ressuscitado. Mediante a fidelidade ao projeto de Deus, ao amor que nos identifica como cristãos, testemunhamos a presença viva de Jesus ressuscitado. Com o salmista, exultemos no Senhor, pois ele continua manifestando seu amor, sua força de vida e salvação.

O Espírito do Senhor nos reúne e nos une. Na celebração somos fortalecidos e vivificados no Espírito que consolida nossa vocação batismal.

A vivacidade está presente na Igreja primitiva. Filipe, cheio de fé e confiança, anuncia o Cristo que sofreu e morreu, mas recebeu nova vida no Espírito.

A Palavra de vida e esperança nos alimenta em nosso caminho de seguimento.          O Senhor nos ama e nos quer salvar. Ele não desiste de nós, manifesta-se como pai misericordioso, compassivo.

Na mesa eucarística nos alimenta com o sacramento da entrega por amor. Ele nos ama. Sintamo-nos amados no Amor.

Na oração eucarística invocamos o Espírito sobre o pão e o vinho, a fim de que se tornem Corpo e Sangue de Jesus Cristo. Invocamos ainda o mesmo Espírito para que nos reúna num só corpo.

Jesus, em seu discurso de consolação dirigido aos discípulos, lhes promete o Espírito Santo, que irá conduzi-los na missão de anunciar o Evangelho a todos. Eles não ficarão órfãos, pois o Espírito do Senhor estará sempre com eles.

A comunidade reunida é sinal sacramental da presença de Cristo. Testemunhamos sua presença na unidade - um só corpo, reunido em seu amor.

Que a força do Espírito nos ajude a levar adiante a missão de Jesus Cristo. Que sejamos sinais do amor verdadeiro no mundo que vivemos. Vamos ser reconhecidos pelo amor que vivermos.

Aproximando-nos da Ascensão do Senhor, Jesus prepara seus discípulos, a fim de que assumam a missionariedade e o discipulado da Igreja que sonhou para o mundo: Uma Igreja missionária e inteiramente ministerial! Ao longo do Tempo Pascal, lemos atentamente o Livro dos Atos dos Apóstolos, que descreve o verdadeiro rosto, as feições amorosas de uma Igreja cheia de ternura, de comunhão, de unidade e de amor. Colocando o rosto da Igreja que somos hoje diante do espelho, nos identificamos com aquela Igreja dos Apóstolos, a Igreja de Jesus Cristo? Quantas plásticas, quanta desfiguração ocorre na Igreja, quando nossas Comunidades centralizam suas atividades pastorais em interesses próprios e não no essencial: Jesus Cristo Ressuscitado! Gosto de perguntar-me, se Jesus Cristo se reconhece em nossas homilias, celebrações, cantos e atividades pastorais? Quantas de nossas atividades e iniciativas desviam nosso olhar do verdadeiro Ressuscitado?

Saibamos reencontrar nossa verdadeira identidade, abrindo-nos ao Espírito Santo que vem oferecer-nos seus dons. Saibamos reaprender a servir não a nós mesmos, mas ao Senhor que nos incumbiu de conduzir sua Igreja, da qual Ele é a cabeça e nós tão simplesmente os membros: servos inúteis que passam, mas poderão deixar marcas positivas ou não. Insisto muito no respeito à história de nossas Comunidades de Fé, Oração e Amor. Sejamos servidores e não donos da Igreja que pertence ao Senhor. Sejamos amorosos e continuemos a história que vamos encontrando por onde passamos. Muitos costumam rasgar a história de fé de um povo, achando, arrogante e prepotentemente, que a mesma começa com a chegada deles. Isso é abominável na sociedade, na política e ainda pior nas Comunidades Eclesiais.

Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão, nosso abraço amigo,

Pe. Gilberto Kasper

(Ler At 8,5-8.14-17; Sl 65(66); 1 Pd 3,15-18 e Jo 14,15-21).

Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Maio de 2020, pp. 58-60 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Pascal (Maio de 2020), pp. 58-63

MÍSTICA DE NOSSA FÉ EM TEMPO DE PANDEMIA!

Pe. Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Tereza de Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato:  pe.kasper@gmail.com

Segundo a Carta aos Hebreus, "a fé é uma posse antecipada do que se espera, um meio de demonstrar as realidades que não se veem" (Hb 11,1). No Batismo mergulhamos no "útero da Igreja, a Pia Batismal, tornando-nos filhos adotivos, herdeiros de tudo aquilo que é de Deus. E uma vez filhos de Deus, formamos a Sua Família, tornando-nos partícipes de todos os benefícios que são inerentes a uma família bem estruturada e formada. E então recebemos como dom a fé, na medida em que a precisamos durante a vida!

A mística da fé concentra-se no dom, e dom é presente dado. Imaginemos um namorado sugerindo seu noivado com a namorada. Ele o faz, dando a ela um anel - chuveiro de brilhantes. A namorada aceita o noivado, recebe o anel com alegria. Certamente esse anel encontra-se num lindo estojo invólucro num belíssimo papel de presentes. A namorada nem se dá o trabalho de puxar a fitinha do presente. Guarda-o no fundo da gaveta de seu criado mudo, e lá fica o anel ao invés de estar no dedo da noiva. Qual será o sentimento do noivo, senão de decepção e tristeza? Muitas vezes fazemos o mesmo com a nossa fé. Nós a recebemos, mas guardamo-la no fundo do coração, sem nenhuma expressão. É preciso cultivar a fé, colocando-a em prática, para que surta o efeito esperado por todos aqueles que sabem de nossa aliança com Deus que nos adotou. Para isso, é necessário um comportamento compatível ao amor do Pai e de tudo aquilo que a fé nos inspira, como a confiança, a credibilidade, a segurança, o afeto, o carinho, a solidariedade e disponibilidade em relação aos outros.


Nossa fé tem estágios que se expressam de acordo com seu amadurecimento no dia-a-dia de nossas relações. Havia um pai com quatro filhos, que estava prestes a comemorar seu aniversário natalício. Os filhos reunidos, decidiram que cada um faria sua própria homenagem ao pai. A menina de quatro anos de idade, pôs-se diante do pai, que sentado em sua cadeira e começou a declamar: "Batatinha, quando nasce, se esparrama pelo chão. Menininha, quando dorme, põe a mão no coração." A menina declamou com gestos e impostação de voz, que encantou o pai aniversariante. Mesmo que o próprio pai já declamara a mesma poesia, quando criança, gostou da homenagem da filhinha, porque ela o fez do fundo do coração. Deu de si o melhor.

O menino de doze anos colocou-se também diante do pai e desenrolando um pergaminho começou a discursar: "Excelentíssimo, Ilustríssimo Senhor, meu Genitor! Data vênia de Vosso natalício, venho prestar-vos minha modesta homenagem..." e assim continuou, parecendo um político, embora nada combinasse com sua tenra idade. Mas o pai também gostou da homenagem do menino, porque percebeu o quanto se esforçou, pesquisando pronomes de tratamento, para mostrar ao pai seu empenho. A menina de quinze anos nada disse. Levou nas mãos um grande buquê de rosas vermelhas aveludadas e perfumadas e colocou-o no colo do pai. O pai arrepiou-se de tanto que gostou da homenagem da adolescente que não disse nada, mas traduziu sua homenagem naquelas lindas rosas. Também a jovem de dezoito anos nada disse: chegou pertinho do pai e deu-lhe um longo beijo no rosto, e o pai chorou, de tanto que gostou da homenagem da filha mais velha. São os estágios do amadurecimento de nossa fé.

Quando não sabemos a não ser rezar orações já formuladas, Deus aceita nossa oração, quando bem rezada, saindo do fundo do nosso coração. Deus também aceita nossos discursos, às vezes questionadores e difíceis, desde que nos empenhemos e nos aprofundemos em nossa fé. Já, Deus arrepia-se de tanto que aceita num boque de rosas, nossa oração e nossa expressão da fé, em gestos de ternura e carinho que dispensam qualquer discurso. Finalmente, Deus chora de tanto que aceita a maturidade de nossa fé, quando chegamos ao seu rosto e lhe damos um longo beijo, que também nos dispensa de qualquer outro gesto ou palavra. Este beijo deve encontrar o rosto de Deus na pessoa do outro, e então estaremos prontos para viver a mística de nossa fé, principalmente em tempo de Pandemia! Tudo passa, só Deus não passa. Tenhamos fé nele!


quarta-feira, 6 de maio de 2020

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - QUINTO DOMINGO DO TEMPO PASCAL



Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

"Cantai ao Senhor um canto novo,
porque ele fez maravilhas e revelou
sua justiça diante das nações, aleluia!"(Sl 97,1s).

No Quinto Domingo do Tempo Pascal o Ressuscitado apresenta-se como o caminho a ser seguido para chegar ao Pai, a verdade que não escraviza nem ilude e a vida que se doa plenamente a toda a humanidade. Ele nos mostra o caminho a seguir, a verdade a buscar e a vida a defender. A missão exige pessoas disponíveis, e os apóstolos não têm medo de partilhar tarefas com gente disposta a assumi-la. Todos os fiéis formam, assim, o povo constituído em torno de Cristo caminho, verdade e vida. Jesus é o caminho que conduz ao Pai, a verdade que veio do Pai e a vida do Pai em nós. A comunidade, atenta às necessidades, organiza os vários serviços para poder manter-se atualizada. A comunidade é o sacramento vivo da presença de Cristo. A mesa eucarística consolida nossa inserção na vida de Cristo, pedra fundamental de toda construção duradoura.

            O Senhor nos convida a renovar nossa adesão a ele e nosso desejo de comunhão e solidariedade de uns para com os outros.

Jesus liberta o coração dos discípulos infundindo-lhes confiança e segurança para a missão, pois ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Como os discípulos, conhecemos o caminho indicado por Jesus nossa opção radical pelo Evangelho, renovada a cada momento. Jesus, presença do Pai, nos impele a manifestar sua vida em plenitude mediante a fé e o amor solidário.

Confiantes, deixemos que o Senhor oriente a nossa caminhada, como fizeram os primeiros cristãos. Em Cristo ressuscitado, pedra angular do edifício, somos escolhidos e preciosos para Deus; mas também rejeitados, passamos por provações. No caminho de Cristo, partilhamos sua eleição, seu sofrimento para sermos uma nova e santa morada de Deus. Pelo batismo, nos colocamos a serviço do Reino, assumindo assim nosso ministério sacerdotal na fidelidade a Deus.

Os batizados, pela regeneração e unção do Espírito Santo, são consagrados como casa espiritual e sacerdócio santo, para que por todas as obras do homem cristão ofereçam sacrifícios espirituais e anunciem os poderes d'Aquele que das trevas os chamou à sua admirável luz (cf. 1 Pd 2,4-10). Por isso todos os discípulos de Cristo, perseverando em oração e louvando juntos a Deus (cf. At 2,42-47), ofereçam-se como hóstia viva, santa, agradável a Deus (cf. Rm 12,1). Por toda a parte dêem testemunho de Cristo. E aos que o pedirem dêem as razões da sua esperança da vida eterna (cf. 1  Pd 3,15).

Os Apóstolos já não davam mais conta da Ação Querigmática, isto é, Anunciar a Boa Notícia do Ressuscitado! Pediram que as Comunidades de Fé, Oração e Amor indicassem os primeiros Diáconos! Escolheram "sete homens de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria..." a fim de colaborarem na construção da Igreja que Cristo sonhou para cada um de nós. Eis o segundo grau do Sacramento da Ordem: O Diaconado! Como são importantes os Diáconos em nossas Comunidades! Não se trata de substitutos de Padres, antes devem seguir além de suas funções próprias que eu prefiro chamar de SERVIÇO: A Proclamação da Palavra, A Preparação da Mesa Eucarística e a Distribuição da Sagrada Comunhão, especialmente aos Enfermos e Idosos, a Promoção da Caridade no zelo para com os mais pobres, as crianças e as viúvas, ser Homens formadores de Líderes nas Comunidades! Tivemos a rica experiência de colaborar na formação da Escola Diaconal São Lourenço da Diocese de Blumenau (SC) sob a orientação do baluarte da Evangelização no Brasil, Dom Angélico Sândalo Bernardino, que na primeira turma ordenou 38 Diáconos Permanentes, sempre sob a perspectiva de que fossem os grandes Formadores de Novas Lideranças na Igreja local. Desde que o Concílio Ecumênico Vaticano II resgatou o Diaconado Permanente, a Igreja tem zelado para que estes bons homens não sejam simplesmente "coroinhas ou substitutos de Padres", mas sejam o Evangelho Vivido lá onde Bispos e Padres não têm acesso.

Nem sempre nossos irmãos menos evangelizados aceitam a ministerialidade não ordenada! Percebemos irmãos que pulam a fila para evitar receber a Sagrada Comunhão do Ministro Extraordinário, preferindo recebê-la das mãos do padre. Outros exigem que seja o padre a assistir ao seu matrimônio e não o diácono permanente. A demasiada clericalização de nossas Comunidades traz consigo tais atitudes consequentes de ignorância, na maioria das vezes sem maldade. Mesmo nos Conselhos que formamos, ouvimos frequentemente expressões como: "Se o Padre pedir, farei, do contrário não..." Gosto sempre de pensar que precisamos caminhar com harmonia e muita serenidade para uma Igreja realmente missionária e ministerial, o que exigirá de todos: clérigos ou não três atitudes fundamentais: CONVERSÃO, COERÊNCIA e BOM SENSO!

Rezamos especialmente por todas as mães, vivas e falecidas, neste domingo a elas dedicado! Que Nossa Senhora Aparecida, Mãe, Rainha e Padroeira do Brasil as tome todas em seu amado colo materno!

Desejando a todos muitas bênçãos, com ternura e gratidão, nosso abraço amigo,

Pe. Gilberto Kasper

(Ler At 6,1-7; Sl 32(33); 1 Pd 2,4-9 e Jo 14,1-12).

Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Maio de 2020, pp. 40-43 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Pascal (Maio de 2020), pp. 52-57.


MAIO DEDICADO À MATERNIDADE CRISTÃ!


Pe. Gilberto Kasper

Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Tereza de Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.

O mês de maio começa celebrando a Festa de São José, Operário, embora seja bem mais dedicado à MULHER! Comemoram-se as Noivas, as Mães e é considerado pelos cristãos católicos, um mês dedicado à MARIA, Mãe de Jesus. O convite do Papa Francisco, especialmente para o mês de maio, nesse tempo de Pandemia, é que rezemos em Família, todos os dias, o Terço. Será a Igreja Doméstica pedindo proteção a todos os filhos de nossa Mãe comum. “A Família que reza unida, permanece unida”, especialmente diante de desafios e tantas dificuldades, como as que vivemos atualmente!

Gostaria de refletir muitos temas, mas pensei em escrever algo sobre o sentido da maternidade cristã, a partir das milhares de mães que assumem seus filhos sozinhas. São as que nossa sociedade chama de “mães solteiras”! É interessante observar que nunca ouvi ninguém chamar uma mãe, casada, direitinho, ou cujo pai assume com ela o filho, de “mãe casada”!

Continuamos com o péssimo hábito de discriminar as pessoas, vivendo, muitas vezes, às escondidas, disfarçando gravidez antecipada, aliás, nas últimas décadas, a maioria das crianças nasce aos sete meses, ou me engano? Casamentos ou contratos de estabilidade conjugal forçados, que não passam de hipocrisia, para não admitir, ou então não sentir-se motivo de conversinhas de vizinhos maldosos seriam válidos? Certamente a gravidez simplesmente, sem a certeza do amor gratuito, com sabor divino, profundo e verdadeiro, não é razão suficiente para “mentir” fidelidade diante de testemunhas, de ministros assistentes a matrimônios com aparatos megalomaníacos, como fotografias, filmagens, festas em renomados espaços de elegância exacerbada. São simplesmente nulos. Não acontece então o verdadeiro casamento, eis uma farsa.

Penso que estaria na hora de revermos o verdadeiro sentido da maternidade cristã. O que significa ser mãe, com ou sem parceiro? Ser mãe implica uma vocação específica, sublime, nobre e abençoada por Deus, o Criador. Ser mãe é gerar vida com amor. Para ser mãe de verdade, é preciso “fazer amor” e não simplesmente relação sexual por mero prazer hedonista. É, por isso possível, dissociar vocação ao matrimônio da vocação materna? Penso que não. Quem se casa sem querer constituir Família, utiliza-se de uma Instituição Sagrada: A Família, colocada de bruços nas últimas décadas, continua sendo a célula da sociedade. Precisa urgentemente ser reerguida e reassumida por pessoas que ainda acreditam em valores humanos e promovem a pessoa na sociedade, que ao contrário, a coisifica.

Quero, neste mês de maio, prestar minha homenagem muito terna, às mães que chamam de “solteiras”: mulheres corajosas, especiais, que desempenham também o papel de pais, para educar e amar divinamente os filhos que geraram, tantas vezes com dificuldades impostas pela própria família, pelos parentes e por uma sociedade que precisa ser mais amorosa, fraterna e misericordiosa com elas. Quem julga, fala mal, condena e determina a sentença sobre qualquer pessoa e seu comportamento, ousa prepotentemente ser deus sobre o outro. Minha ternura a todas as Mães do mundo, sobre as quais invoco as bênçãos da Sagrada Família de Jesus, Maria e José!