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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

HOMILIA PARA O QUINTO DOMINGO DO TEMPO COMUM DE 2013


Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

            “Neste domingo que escutaremos o evangelho da pesca milagrosa e do chamado dos discípulos, nós celebramos nossa vocação ao seguimento de Jesus como discípulos e discípulas.

            O profeta Isaías é chamado, os apóstolos são chamados, o apóstolo Paulo também é chamado. Diante do toque do Senhor, o profeta responde: ‘Aqui estou! Envia-me’. Os discípulos deixam tudo e seguem a Jesus. O apóstolo das gentes, o menor dos apóstolos, pregou com coragem o Evangelho a todos.

            ‘Reunidos para celebrar a eucaristia e ouvir a palavra da vida, queremos, na liturgia deste domingo, fazer experiência da misericórdia e da santidade de Deus. Somos desafiados a lançar as redes em águas mais profundas, ir além da simples participação na celebração. Jesus nos convida a nos comprometer com a missão que ele nos deixou.

            Acolhamos a palavra de Deus, a qual nos motiva a dar a resposta da fé: Aqui estou, envia-me. Ela nos dá forças para viver na graça divina e avançar sem medo na missão de anunciar o evangelho.

            Deus prepara seus mensageiros antes de enviá-los em missão. Atento às necessidades do povo, Deus nos chama e nos envia em missão. A fé em Cristo ressuscitado é o fundamento de toda esperança cristã.

            Com o pão e o vinho, ofertamos todas as pessoas que se põem a serviço da comunidade e do reino de Deus, sem medo de lançar as redes em águas profundas’ (cf. Liturgia Diária de Fevereiro de 2013 da Paulus, pp. 40-44).

            Jesus chama os primeiros discípulos ao seguimento e os transforma em pescadores de gente. Ele convida a seguir no contexto em que as pessoas estão inseridas, acompanha com a sua graça e pede adesão plena e generosidade na entrega. Todos são chamados a lançar as redes nas águas profundas e a pescar para alimentar as multidões e libertá-las das situações de morte.

            O Senhor entra na barca de Pedro, na vida do povo, na realidade em que vivem as comunidades para fortalecer a fé posta à prova continuamente. Ele convida a deixar tudo, a renunciar, para assumir a missão a serviço do Reino. Como Pedro, somos chamados a confiar em Jesus e a obedecer à sua palavra. Recebemos o chamamento à fé, ao discipulado, à missão de anunciar o Evangelho com ardor apostólico, como Paulo.

            Isaías faz a experiência do chamado de Deus para ser profeta, no tempo, durante a oração, a celebração. Diante do apelo do Senhor que pergunta: ‘Quem enviarei? Quem irá por nós?’, ele responde prontamente: ‘Aqui estou! Envia-me’. O lema da Campanha da Fraternidade deste ano é tirado justamente de Is 6,8: ‘Eis-me aqui, envia-me!’. Foi bem escolhido para completar o tema: Fraternidade e Juventude. Muitos homens e muitas mulheres continuam dando a resposta no mais profundo do seu ser, confiando na graça e na misericórdia do Senhor.

            Neste domingo, que pode ser chamado ‘da vocação’, é oportuno lembrar também a mensagem do Papa Bento XVI por ocasião do 49º Dia Mundial das Vocações: ‘Em todo o tempo, na origem do chamamento divino está a iniciativa do amor infinito de Deus, que se manifesta plenamente em Jesus Cristo... Na realidade, a medida alta da vida cristã consiste em amar como Deus; trata-se de um amor que, no dom total de si, se manifesta fiel e fecundo’.

            Amanhã (dia 11 de Fevereiro) fazemos Memória de Nossa Senhora de Lourdes e é Dia Mundial do Enfermo. Dia 12, lembramos Dotothy Stang, assassinada em Anapu, Pará. Dia 13 é Quarta-Feira de Cinzas e começa a Quaresma.

            Vocação é dom de Deus. Ele chama. Que o Espírito nos ilumine na escuta do Senhor. Não obstante nossos medos e limites, que o Senhor nos faça discípulos e discípulas seus” (cf. Roteiros Homiléticos da CNBB, nº 24, pp. 84-88).

                Enquanto batizados, tornando-nos cristãos, filhos de Deus, somos antes de tudo vocacionados ao amor com sabor divino. Depois acontece, ao longo de nossa vida, a vocação específica. O que não podemos jamais esquecer, que todos independentes da vocação específica, devemos sentir-nos comprometidos com o anúncio do Reino de Deus, respondendo ao que o ANO DA FÉ nos pede e espera de nós: sermos discípulos e missionários do Senhor, manifestando a recebida, como dom gratuito, que deve nortear nossas relações, sinalizando todo nosso convívio a Jesus Cristo! Falar nele, viver como Ele vive em nós e convencer as pessoas que olham para nós, através da coerência entre o que pensamos, falamos (rezamos) e fazemos!

           
Isso, segundo o Concílio Ecumênico Vaticano II, o Catecismos da Igreja Católica, a Conferência de Aparecida, o Ano da Fé, o Sínodo dos Bispos em Roma, ocorrido em outubro passado e o apelo de nossas Comunidades Eclesiais, precisa ser vivido não individualmente, mas em espírito eclesial, político e social.


Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão,
o abraço sempre fiel e amigo,

Pe. Gilberto Kasper
(Ler Is 6,1-8; Sl 137(138); 1 Cor 15,1-11 e Lc 5,1-11)