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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Liderança, Carisma, Religião

Hóstia é palavra que tem a mesma etimologia de hóspede. Quando recebemos a hóstia – a eucaristia – estamos hospedando Jesus Cristo. A eucaristia tem este nome porque caris, em grego, é graça. A mesma graça que há em carisma, visível sobretudo em alguns líderes. No plano internacional, destacaram-se pelo carisma o general de Gaulle, o primeiro ministro Winston Churchill, o presidente John Kennedy, o papa João XXIII, dentre outros. Em nosso país, foram carismáticos o presidente Getúlio Vargas, o governador Leonel Brizola, o governador Adhemar de Barros, o presidente Juscelino Kubitscheck, dentre outros também.
Carisma é a vitória do emocional sobre o racional. Foi a partir desta constatação que, à luz da evolução da moderna teoria política, se notou a importância de um líder carismático – como Getúlio Vargas – em tempos de lutas ideológicas. Getúlio avocou a massa. Que corria  risco de ser cooptada por movimentos esquerdistas, fortes então. Com sua liderança, Getúlio conseguiu cunhar a síntese: “presidente popular, governo conservador”.

Atualmente, o mundo começa a transformar as ruas no palco para o exercício da democracia de protestos. É arriscado, se o movimento começar e não tiver freio. O deputado José Maria Alckmin – raposa mineira – dizia: “sabe-se sempre como começa uma revolução mas nunca como ela termina”.

O político mais carismático que temos atualmente é o ex-presidente Lula da Silva. Que tem acentuada ascendência junto às massas. Ele não se manifestou a respeito. Mas as ruas poderão encher se ele apoiar a luta contra a corrupção, bandeira dos que estão falando nas praças, ainda que em pequena quantidade.

Professor Antônio Vicente Golfeto