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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE E OLIMPIADAS!

Pe. Gilberto Kasper

Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente na Associação Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo Educacional da UNIESP, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.

A Jornada Mundial da Juventude – JMJ - realizada em Cracóvia, na Polônia, gravou em nossa memória imagens vibrantes de esperança, alegria, fé, amor, fraternidade e solidariedade. Jovens de todas as partes do mundo se mobilizaram, se sacrificaram, abriram mão de suas vaidades e se uniram em torno de um testemunho de fé em Jesus Cristo, o Jovem que encanta outros jovens a continuar sua missão.

            A imprensa brasileira pouco falou dessa Jornada, diferentemente das Olimpíadas que invadiram os cenários das redes sociais, especialmente televisivas. Quanto faturaram as emissoras que transmitiram as competições por uma medalha? Quanto custou aos cofres públicos, mantidos pelos que ainda têm algum trabalho digno, a abertura e o encerramento deste evento que enriqueceu a Cidade Maravilhosa? Pelo menos duzentos e setenta milhões, mesmo que se afirme que não bastaram para o encerramento.

Mas o importante é que os jovens participantes deixam uma lição interessante para os que governam as nações e detêm nas mãos o poder de governo e de formar opiniões. A juventude pode salvar a sociedade que está morrendo sufocada em seus interesses mesquinhos e sofre por achar que se vive bem sem Deus. Todos os males de nosso tempo têm sua origem no fato de o ser humano se achar um “super” astro ou atleta e, com sua inteligência insuperável, pensar que pode tomar o lugar de Deus. E já sabemos no que isso vai dar...

            Quando os jovens se mobilizam por uma causa, abrem mão de si, deixam seus interesses em segundo plano e se dedicam ao “bem” que se reparte e se faz bem comum; se empolgam com o que pode se transformar em gesto de amor, mas rejeitam o que signifique egoísmo ou que diminua a pessoa humana.

            A Jornada Mundial da Juventude é uma demonstração de que nossos jovens não são como folhas levadas pelo vento; também não são massa de manobra de lideres sem escrúpulos que prometem e não entregam. Nossos jovens, como tantos jovens vivem no mundo sem ser mundanos, escutam Jesus que lhes fala ao coração e lhes ilumina a vida; estão sujeitos a erros e quedas, porém sentem-se amparados pela Mãe Igreja que os ampara e acolhe. Podem ser fermento de uma sociedade que deve ressurgir desses escombros de violência, terrorismo, corrupção, tráfico de drogas...

            Os milhões de participantes da JMJ voltaram para nossas comunidades com a certeza de que precisam “sair dos sofás e calçar o tênis” para a missão e o anúncio da misericórdia; trazem o desafio de se fazerem ouvir pela sociedade que não respeita a vida alegre que pulsa no coração do jovem que se deixa encantar por Jesus Cristo.

            Em tempo de Campanha Eleitoral, nossa Juventude renova nossa esperança por tempos melhores, principalmente alimentados pelo recente XVII Congresso Eucarístico Nacional celebrado em Belém do Pará.


            (Em parceria com o Pe. João Paulo Ferreira Ielo, Pároco da Paróquia Imaculada Conceição de Mogi Guaçu – SP)