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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A FAMÍLIA DE NAZARÉ: MODELO PARA A FAMÍLIA CRISTÃ


Pe. Gilberto Kasper*

            No último domingo, celebramos a Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José! “É bastante recente a origem da festa da sagrada família. Bento XV determinou sua celebração a toda a Igreja em 1921, fixando-lhe o domingo dentro da oitava da Epifania. No entanto, com a reforma do calendário romano, passou a ser celebrada no segundo domingo dentro da oitava do Natal, deixando a data anterior para a festa do Batismo do Senhor. Caso não haja domingo dentro da oitava, celebra-se no dia 30 de dezembro.” A Festa da Sagrada Família tem três razões de muita importância para mim: A Igreja Matriz em que fui batizado no dia 16 de junho de 1957, na minha cidade natal de Três Coroas (RS); onde celebramos a Missa de Exéquias de meu pai, dia 16 de janeiro de 1962 e onde celebrei uma de minhas primeiras Missas no dia 28 de janeiro de 1990 é colocada sob o patrocínio da Sagrada Família! Na mesma Igreja Matriz fui crismado, ainda criança, dia 2 de novembro de 1959, pelo então Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre (RS), Dom Vicente Alfredo, Cardeal Scherer! Minha gratidão àquela Comunidade de Fé é incalculável!

            “O sentido desta festa afina-se com o sentido teológico do Natal/Epifania, ou seja, é manifestação do Senhor, na realidade familiar, como conseqüência de sua encarnação: veio para fazer parte da família humana, vivendo na obediência e no trabalho de uma família concreta, com todas as suas tensões e contingências, alegrias e dramas. A família de Nazaré, única e irrepetível, é indicada como modelo para qualquer família cristã.

            Na perspectiva da encarnação, o mundo e a humanidade tornam-se também a família sagrada de Deus, lugar de comunhão e de fraternidade universal.

            Celebrando a Sagrada Família, valorizamos a vida de nossas famílias com suas alegrias e sofrimentos, conquistas e conflitos, como santuário da vida, lugar privilegiado da vivência da gratuidade, do amor, do perdão, do exercício de relações verdadeiras, da prática da misericórdia, da partilha e da solidariedade, sacramento do mundo novo.

            Nesta celebração, o Pai nos convida a entrar no mistério sempre atual da Encarnação do Filho, hoje, na realidade de uma família. Convida-nos a assumir o caminho de Jesus, como Maria e José, que acolheram seu destino e foram fiéis a Deus mesmo dentro das vicissitudes e dificuldades da vida” (cf. Roteiros Homiléticos do Tempo do Natal de 2013 da CNBB, pp.51-52).

            Desejando a todos abençoado Ano Novo, cheio de novas esperanças, ao Rei dos Séculos Imortal e Invisível honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém! 

*pe.kasper@gmail.com

Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.