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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Texto Golfeto

André Gide, escritor francês falecido no início dos anos cinquentas do século passado  – também prêmio Nobel de literatura – dizia: “o reino de Deus terá chegado no dia em que, estando nus, disto não tereis vergonha”. O ser humano, então, terá dado a volta completa. Começou nu e terminaria nu. Como, fala-se, terminará. O reino de Deus, então, terá voltado.

Os textos sagrados – de diversos credos – entretanto, indicam estar o reino de Deus ainda muito distante. Pelo menos nos termos previstos por André Gide através do pensamento acima. Do lado islâmico, por exemplo, sentencia a 24° surata do Alcorão: “dize às fieis que recatem seus olhares, conservem seus pudores e não mostrem seus atrativos além dos que normalmente aparecem. E que cubram o colo com seus véus”. Surata é o capítulo do Alcorão que, como podemos ver por este flash, é de uma beleza suave, nada agressiva. Mais adiante, na leitura, anotamos outra passagem que se adiciona à surata anterior: “dize às suas esposas, às filhas e às mulheres dos fiéis que, quando saírem, se cubram com suas mantas”. Foi o homem que criou véus e mantas – para cobrirem o corpo – com nome de niqab, de xador, de burca. Estes são modelos que se  perpetuam por séculos e séculos.

Paulo, numa de suas epístolas – e aí já está a diretriz cristã – trata do véu de maneira menos minuciosa mas proíbe terminantemente a mulher de falar na igreja. Mas este ângulo merecerá minha modesta opinião brevemente. Afinal, estudando toda zoologia, nós aprendemos que a fêmea é a guardiã da espécie. E é o bom senso da mulher  – o futuro dirá mais – que, claramente, salvará a espécie humana do caos.













Professor Antônio Vicente Golfeto
Membro Instituto de Economia da ACI Ribeirão Preto e Comentarista do Jornal da Clube.