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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

REZAR E AGIR PELA PAZ!

                   Pe. Gilberto Kasper


Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente na Associação Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo Educacional da UNIESP, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Presidente do FAC – Fraterno Auxílio Cristão e Jornalista.

Na sociedade conturbada em que vivemos, sentimos medos de todos os tipos. Temos medo de ser substituídos e descartados como objetos obsoletos. Não nos sentimos seguros com relação ao futuro, daí a importância de promover a paz.

Quando analisamos a Oração de São Francisco, tão decantada mundo afora, tendo em vista o mundo contemporâneo, cujas preocupações e ansiedades sentimos dentro de nós e ao nosso redor, procuramos mostrar que é possível sair da apatia e transformar a nossa realidade. Além de rezar, é possível agir em prol de um mundo mais humano. Vemos, em torno de nós, pessoas humanas, porém sem nenhuma humanidade.

A essência da Oração de São Francisco, que é também um poema, está tomada de atitude. Onde houver dúvida, a pessoa deve levar a fé. Onde houver erro, a verdade. Esta prece não admite o conformismo. Quem deseja a paz interior precisa sair de si mesmo e levá-la aos outros.

Em contraste com a enxurrada de informações que recebemos e mal conseguimos ler e assimilar, esta oração insiste em apenas um ideal: é dando que se recebe. Quem quiser buscar o bem somente para si não o encontrará nem mesmo entre aqueles de quem gosta. Mas quem se preocupar em difundir a paz e outros valores positivos será recompensado, já nesta vida, por esses mesmos bens. A oração reflete uma passagem decisiva do Evangelho de Jesus Cristo: “Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; mas quem perder sua vida por causa de mim e do Evangelho, a salvará” (Mc 8,35).

É nesta simplicidade exigente que reside a força maior desta oração. Por isso a mensagem dela pode ser facilmente compreendida, mas é também esta simplicidade o que mais nos desafia.

Temos de simplificar a nossa alma para alcançar a paz. Precisamos nos despojar dos excessos para atingir o essencial da vida.


Estamos no Ano da Paz. Somos da Paz! “A paz é fruto da justiça” (cf. Is 32,17). Superemos as múltiplas formas de violência que agridem a dignidade dos filhos e filhas de Deus e despertemos a convivência fraterna entre as pessoas, como nos pede a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).