Pesquisar neste blog

quarta-feira, 22 de junho de 2016

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - DÉCIMO TERCEIRO DOMINGO DO TEMPO COMUM

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

            Em seu itinerário, Jesus neste Décimo Terceiro Domingo do Tempo Comum toma a firme decisão de partir para Jerusalém, lugar culminante de seu ministério pascal, de sua entrega definitiva ao Pai. Aos poucos, os seguidores de Jesus vão compreendendo o que significa tomar a cruz, renunciar a si mesmo e optar por Ele. A adesão incondicional à pessoa de Jesus, a obediência absoluta a Ele é ato libertador. Portanto, este caminho é feito na liberdade, ou seja, uma vida vivida segundo o Espírito, com as exigências próprias do caminho escolhido.
            Ao longo de seu ministério, Jesus chamou discípulos para serem seus colaboradores no anúncio da Boa-Nova do Reino. Com palavras, ações e testemunho. Ele mostrou que, para segui-lo, é necessário estar aberto e pronto para partilhar sua vida e missão. Como Jesus Cristo, o seguimento exige entrega total nas mãos de Deus, capacidade de assumir os desafios, de colocar o Reino como prioridade maior. Diante dos apelos de Deus, é impossível permanecer fechado em interesses particulares.
            Deus é o nosso Pai amoroso que deseja que vivamos, não de forma oprimida como escravos, mas como filhos e filhas livres. Ele enviou seu Filho para ser nosso modelo e guia na caminhada. Jesus veio perdoar e salvar todas as pessoas. Por meio de palavras e ações misericordiosas, Ele nos ensina a servir com gratuidade, amar e perdoar de forma incondicional. Como Tiago e João, precisamos nos libertar dos preconceitos e ser tolerantes em relação aos que têm ideias diferentes das nossas.
            A adesão total à proposta de Jesus Cristo, pela fé e missão, nos liberta de todas as formas de escravidão. Quem se dispõe livremente a seguir Jesus compromete-se a viver a lei suprema do amor. Como fruto do Espírito, o amor orienta toda a vida dos discípulos e das discípulas de Jesus. O amor gratuito de Deus, revelado de modo especial através da vida, morte e ressurreição de Jesus, suscita ações solidárias nas comunidades. Deus escolhe pessoas dispostas a trabalhar em seu Reino.
            Quando foi chamado, Eliseu já tinha uma profissão, estava acostumado a trabalhar. Mas ele se deixa transformar pela Palavra de Deus e compromete-se a servi-lo de forma mais radical. Como Eliseu, somos chamados a desempenhar um ministério na comunidade. A resposta ao chamado requer despojamento para seguir livremente o Evangelho, assumindo o compromisso de trabalhar com disponibilidade e generosidade. Fortalecidos pelo Espírito, sejamos testemunhas de Jesus, sinais de amor e esperança.
            No próximo domingo celebraremos a Solenidade de São Pedro e São Paulo. Embora a data seja dia 29 de junho, nós no Brasil celebramos esta festa no domingo seguinte por não ser feriado. Será o Dia do Papa. É nesta festa que a Igreja Católica Apostólica Romana, faz a Coleta do Óbolo de São Pedro. Esta coleta é enviada à assessoria do Papa Francisco, que em nome de todos os Católicos do mundo, utiliza esta partilha de nossa pobreza, para socorrer pessoas em situações de catástrofes e calamidades. Sejamos generosos nesta Coleta, levando à Celebração do Dia do Papa nossa sincera participação material, resultado de um coração solidário, que pensa naqueles que sofrem mais e tem menos do que nós.
            Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão, o abraço fiel,

Pe. Gilberto Kasper
(Ler: 1 Rs 19,16.19-21; Sl 15(16); Gl 5,1.13-18 e Lc 9,51-62).

Fontes: Liturgia da Paulus de Junho de 2016, pp. 86-88 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum I (Junho de 2016), 46-50.