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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

CONSCIÊNCIA POLÍTICA CRISTÃ

Pe. Gilberto Kasper


Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente na Associação Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo da UNIESP, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Presidente do FAC – Fraterno Auxílio Cristão e Jornalista.

Na 52ª Assembleia Geral, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de 30 de abril a 9 de maio deste ano, os mais de 300 Bispos aprovaram a mensagem “Pensando o Brasil: Desafios diante das eleições 2014”, que pode ser lido na íntegra no Site: www.cnbb.org.br. Também nosso Arcebispo Metropolitano, Dom Moacir Silva, escreveu orientações sobre “O Cristão e a Política” e enviou uma “Instrução para os fiéis da Arquidiocese de Ribeirão Preto sobre o Momento Eleitoral”, que se encontram no Site: www.arquidioceserp.org.br.
A Igreja Católica Apostólica Romana, mãe e mestra, procura formar Consciência Política Cristã, como todas as mães procuram educar seus filhos para o Bem Comum. Nunca uma mãe cristã educaria seus filhos ao egoísmo, aos bens individuais ou partidários, que dividem e fazem os mesmos filhos brigarem entre si, desrespeitando-se mutuamente. A Igreja espera ser “responsabilidade de todo cidadão, participar, conscientemente, da escolha de seus representantes. Para os cristãos tal escolha deve ser iluminada pela fé e pelo amor cristão, os quais exigem a universalização do acesso a condições necessárias para a vida digna de filhos de Deus” (cf. Dom Moacir Silva).
“É preciso que o cristão deixe de colocar em outras pessoas a responsabilidade pela atual situação da sociedade e que cada um passe a perguntar a si mesmo o que pode fazer para tornar concreta a mudança que se deseja”. Prefeitos culpam Governadores e esses a Presidência da República. Tem-se a impressão que as Bases Aliadas nas esferas municipais, estaduais e federais são “marionetes” diante da falta de criatividade ou da incapacidade de governar dos Poderes Executivos, o que é muito feio. É escancarado desrespeito à democracia. Assim quem pensa diferente passa a ser visto como inimigo. Pura falta de maturidade. Obsessão por poder, cargos, funções e prestígio, quando não “vida fácil”. E “vida fácil” já foi conhecida como mera “prostituição”. Viver à custa dos mais simples, das pessoas de bem se torna “escândalo” e seus protagonistas merecem aquela pedra de moinho no pescoço e fundo do mar do Evangelho.

“Os períodos eleitorais constituem-se em momento propícia à participação dos cristãos, de quem se espera conscienciosa atuação no processo decisório sobre aqueles que conduzirão a coisa pública. Mas, não basta o voto. Para além das urnas, deve-se proceder ao rigoroso acompanhamento do trabalho dos eleitos – por meio do monitoramento de suas ações, projetos e gastos – exigindo que exercitem de fato a representação que lhes foi confiada. Todos os cristãos são convidados a se dedicarem a esta iniciativa”. A propósito, seria bom que os recepcionistas da Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto fossem mais bem orientados, ao acolherem os cidadãos de bem naquela Casa de Leis que é do Povo e não de um grupo de Vereadores. Concordo plenamente que sejam identificados e passem por detectores de metal, as pessoas que entram na Câmara. Mas constranger cidadãos agendados antecipadamente com os Vereadores, impedindo que entrem com sua pastinha contendo os documentos dos assuntos a serem tratados, já parece mais grosseiro do que acolhedor. Foi o que me aconteceu na manhã do dia 13 de agosto passado! Fica meu protesto!