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quarta-feira, 24 de setembro de 2025

CELEBRANDO SANTA TEREZA DE ÁVILA!

 CELEBRANDO SANTA TEREZA DE ÁVILA!


O mês de outubro é marcado pelo Dia da Criança (Educando) e do Professor (Educador). O que costumamos chamar de “Educação de Berço” já não existe mais. Se até mesmo o leite materno é terceirizado no quarto mês de vida da criança, imaginem a educação! Os Educadores acolhem que tipo de Educandos? Crianças repletas de estímulos que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridas na era digital. Pais de famílias oriundas da pobreza, que trabalham tanto, que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida. Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas.

 Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os educandos de hoje repletos de estímulos. Estímulos de que? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador e celular, alguns até altas horas da noite, brincando no Orkut e Whats App ou o que é ainda pior, envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida.

 O que tínhamos nós, os mais velhos, há anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria! E como afirmava o Papa Francisco, éramos movidos pelas expressões e atitudes: com licença, por favor e muito obrigado! Gosto da expressão “muito agradecido”, até porque ninguém é “obrigado” a nada!

 Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para que o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir a piqueniques, subir em árvores? Jogar bola no campinho de futebol perto de casa?

 E, nas aulas, havia respeito, amor pela Pátria. Cantávamos o Hino Nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos, ao contrário de hoje, ler, escrever e fazer contas com fluência, sem brincar com celulares durante as aulas. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª série – não havia aprovação progressiva. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso. Não nos prometiam recompensas para passarmos de ano. A recompensa era o sabor da conquista pessoal.

 Sintam-se convidados, especialmente os Professores, para a Celebração da Padroeira de nossa Paróquia Santa Tereza de Ávila, a Protetora dos Professores, presidida por nosso amado Pastor, Dom Moacir Silva, Arcebispo Metropolitano de Ribeirão Preto, no dia 15 de outubro, quarta-feira, às 19 horas, na Praça das Rosas no Jardim Recreio em Ribeirão Preto.

 Já no dia 18 de outubro, sábado, a partir das 19 horas e trinta minutos, no salão paroquial da Paróquia Santa Tereza de Ávila, todos estão convidados para algumas horas de confraternização, num Jantar Dançante da Padroeira! Os convites podem ser adquiridos na Secretaria Paroquial da Paróquia. Basta ligar (16) 98196-7344.



 Santa Tereza de Ávila, Doutora, abençoe e incentive cada vez mais nossos Paroquianos e Professores!

Pe. Gilberto Kasper

          Teólogo

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

A CORRUPÇÃO NO BRASIL!

 

A CORRUPÇÃO NO BRASIL!

 

Todos os dias acompanhamos pelos diversos veículos de comunicação, que a Corrupção no Brasil continua em pauta! São criativas formas de corrupção aqui e acolá. Na verdade, sempre são os brasileiros que devem sacrificar-se hoje por um Brasil fortalecido e melhor de amanhã? Não me compete julgar pessoas, mas me enfurece a afirmação de integrantes dos Governos, não só do Brasil, mas também do mundo globalizado, de que somos todos responsáveis por um futuro melhor, enquanto quem paga os rombos desviados de todos os lados, é na verdade o trabalhador e a trabalhadora honestos; aqueles que pagam suas contas em dia, como também os mais altos impostos do mundo inteiro.

 

Por acaso foi o povo brasileiro que “roubou descaradamente” a Nação? Os escândalos da corrupção e da ladroeira se escondem atrás dos ternos de figuras, eleitas sim, pelo povo brasileiro, mas que a cada dia mais aparecem como traidores de seus eleitores. Não entendo nada de economia. Apenas sei que não se pode “dar o passo maior do que é a perna”! Não consigo entender como o dinheiro comprovadamente roubado de inúmeras Estatais demora tanto para ser ressarcido. Não deveria ser este dinheiro a retornar aos seus devidos lugares? Por que sempre o povo é obrigado a pagar a conta? Por que não acontecem verdadeiras contenções de despesas no Governo Federal, Estadual e Municipal? Para grandes e megalomaníacos projetos sempre há verba disponível. Mas para Projetos Sociais, Educação, Saúde e Segurança faltam verbas. Já sei: “Quando se encurta uma calça, corta-se nas barras das pernas e nunca na cintura...”.

 

Pior de tudo isso, é devolver as fortunas antes julgadas desviadas dos cofres públicos, aos ex-condenados e de repente, no entendimento de alguns Ministros do Supremo Tribunal Federal, intitulá-los inocentes pelos mesmos Ministros que os julgaram e até mesmo lhes negaram inúmeras vezes os tais Habeas Corpus! Me perdoem os que pensam diferente, mas eu não tenho mais dúvidas de que o Supremo já não é mais tão supremo assim. E tenho muito cuidado, porque estou convicto de quem não é de Deus caiu. Um dia cai e feio!

 

A disparidade entre salários mínimos e salários aos aposentados em relação aos salários de nossos nobres políticos, é gritante e impõem uma injustiça que clama aos céus. Eles, os políticos em sua grande maioria, falam de bilhões de reais com tamanha naturalidade, sem nenhum escrúpulo, mesmo que tais verbas sejam provenientes da corrupção generalizada, as custas de um povo trabalhador honesto que sobrevive com migalhas

 

            A corrupção está nas grandes fortunas”! Sejamos mais conscientes e pensemos não na Política Personalista, mas no Bem Comum de cada Brasileiro! Não é justo que os pobres paguem a conta. A crise não é só econômica e política. Antes, a Crise é Moral! Ao invés de exigir sacrifícios dos pobres, devolvam-se os vultosos desvios de verbas dos cofres públicos. Quem rouba um pobre, merece uma pedra de moinho no pescoço e fundo do mar!

 

Não podemos reeleger pessoas que não nos representam no Congresso. Políticos que só pensam no próprio metro quadrado, sem escrúpulos e que enriquecem ilicitamente da noite para o dia. Frequentemente ouvimos de lábios de nossos Legisladores afirmações como: “O Congresso não é obrigado a ouvir o povo. Isto aqui não é como cartório onde a gente carimba o que o povo está pedindo”. A questão nem é “carimbar o que o povo está pedindo”, mas urgentemente legislar sobre o que o Povo está precisando: de maior dignidade e respeito por parte dos homens e mulheres que vivem uma vida privilegiada em detrimento dos que os elegeram. “Quem não vive para servir, não serve para viver” tantas mordomias!

 


Pe. Gilberto Kasper

          Teólogo

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

A FRAGILIDADE HUMANA!

 

A FRAGILIDADE HUMANA!

 

A maior fragilidade humana não está na complexidade de seu organismo, mas se revela quando entra em crise. Os antônimos nos esclarecem melhor a natureza das coisas ou, pelo menos, nos dão maior apreço pelos valores positivos. Assim se aprecia melhor a luz quando se vê seu contraste com a escuridão; o dia fica mais significativo quando comparado com a noite. A saúde fica melhor ressaltada em comparação com a doença. Ou como se costuma dizer: só conhece o valor da saúde quem ficou doente.

          Há hoje um consenso em não restringir a saúde a uma questão biológica. Ela envolve valores psicológicos, sociais, espirituais, econômicos e religiosos. Pode ser definida como bem-estar físico, psicológico, social, econômico, espiritual e religioso. A ausência de algumas dessas dimensões constitui crise e deve ser considerada doença.

          Pela constituição unitária da pessoa humana, todos estes fatores se influenciam mutuamente. Uma disfunção orgânica no ser humano não tem o mesmo significado que num animal ou numa planta. Por isso não pode ser tratado do mesmo modo. É exatamente o que deveria distinguir o médico do veterinário e do ambientalista. Nós somatizamos nossos problemas psíquicos, sociais, econômicos e religiosos.

          São João Paulo II, Papa, após longa convalescença, resultante do atentado que sofreu na Praça São Pedro, escreveu uma encíclica sobre o sofrimento, apontando para a dimensão redentora da doença. São Paulo nos garante que tudo colabora para o bem daqueles que amam a Deus. Portanto, a enfermidade não pode ser considerada apenas sob o prisma clínico, nem superada apenas por ingredientes farmacológicos. Altíssima percentagem das doenças tem fundo psicológico. Não serão certamente os psicotrópicos que terão a última palavra no seu tratamento!

          A questão do bem-estar é fundamental para a vida humana. Faz parte das exigências da promoção do bem-comum. Não é, pois, questão meramente individual. Seu tratamento segue o princípio da subsidiariedade, que garante condições para que cada pessoa possa realizar-se e viver condignamente na sociedade que integra.

          Saúde não é, em primeiro lugar, questão de hospital, do mesmo modo que cuidar da vida não é lamentar a morte. Hospital é para doente que não tem condições de vida na sociedade. Assemelha-se ao presídio, ao qual são recolhidas as pessoas que não conseguiram conviver adequadamente com seus semelhantes. Não se compara à escola para onde vão os que querem aprimorar-se para uma vida mais plena, nem à empresa que congrega as pessoas capazes de dar algo de si.

          Enfermidade é problema e indica fragilidade. Mostra que somos mortais. Mas, em muitos casos, denota falhas graves na prevenção e, mais ainda, excessos e desvios de comportamento, principalmente na alimentação. Não somos só vítimas de pestes provocadas pelos homens, mas também somos muitas vezes nossos próprios algozes, pelos excessos de bebidas, de comidas, de drogas, de esportes, da velocidade, de relacionamento humano, de falta de religiosidade... Toda carência e todo excesso, seja de ordem material ou social, espiritual ou religioso, afeta nossa vida (cf. Fonte: GRINGS, Dadeus. Cartilha da Saúde – Um Apelo da Bioética. Presscom. Porto Alegre (RS), 2008, pp. 30-31).  A fragilidade humana espera de cada cidadão, mudanças de hábitos com profunda conversão, coerência e bom senso!



Pe. Gilberto Kasper

          Teólogo

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

O MÊS DA BÍBLIA DE 2025!

 

O MÊS DA BÍBLIA DE 2025!

 

 


Embora todo mês de setembro seja dedicado à Bíblia, o Dia da Bíblia é celebrado na memória de São Jerônimo a 30 de setembro, que além de presbítero e doutor da Igreja, é o Patrono dos Biblistas, os que se debruçam sobre o aprofundamento do estudo da Bíblia. O século IV depois de Cristo, que teve o seu momento culminante no ano de 380 com o edito do imperador Teodósio no qual se estabelecia que a fé cristã devesse ser adotada por todas as populações do império, está repleto de grandes figuras de santos: Atanásio, Hilário, Ambrósio, Agostinho, João Crisóstomo, Basílio e Jerônimo, dálmata, nascido entre 340 e 350 na cidadezinha de Strido. Romano de formação, Jerônimo é um espírito enciclopédico. Sua obra literária nos revela a cada instante o filósofo, o retórico, o gramático, o dialético, capaz de escrever e pensar em latim, em grego, em hebraico, escritor de estilo rico, puro e robusto ao mesmo tempo. A ele devemos a tradução em latim do Antigo e Novo Testamentos, que se tornou, com o título de Vulgata, a Bíblia oficial do cristianismo.

          Jerônimo é uma personalidade fortíssima: em toda parte por onde vai suscita entusiasmos ou polêmicas. Em Roma ataca os vícios e hipocrisias e preconiza também novas formas de vida religiosa, atraindo para elas algumas influentes damas patrícias (de Roma), que o seguiram depois na vida eremítica de Belém. A fuga da sociedade deste exilado voluntário era um gesto ditado por um sincero desejo de paz interior, não sempre duradouro, uma vez que, para não ser esquecido, reaparecia, de vez em quando com algum novo livro. Os "rugidos deste leão no deserto" eram ouvidos tanto no Ocidente como no Oriente. Suas violências verbais não perdoavam ninguém.

          Este homem extraordinário estava consciente de suas próprias culpas e de seus limites (batia-se no peito com pedras por causa dos seus pecados), mas estava consciente também dos seus merecimentos. No livro Homens Ilustres, onde apresenta um perfil biográfico dos homens ilustres, conclui com um capítulo dedicado a ele mesmo. Morreu aos 72 anos, em 420, em Belém, como Patrono dos Biblistas “O mundo atual apresenta inúmeras características novas, que desafiam o sacerdote em sua missão de anunciar a Palavra de Deus” (Cf. Subsídios Doutrinais da CNBB nº 5).

          Todos os anos a CNBB escolhe um dos livros da Bíblia a ser aprofundado. “Em 2025 o destaque será a Carta de São Paulo aos Romanos, tendo como lema: ‘A esperança não decepciona’ (Rm 5,5)”. Neste ano de 2025 “a reflexão ganha, ainda mais força por estar em sintonia com o Jubileu, cujo tema é ‘Peregrinos de Esperança’ (Cf. Site da CNBB).

          Um dos Grupos de Estudos Independentes da Faculdade de Teologia no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, neste semestre, aborda justamente a Carta de São Paulo aos Romanos, assessorado pelo Profº Dr. Pe. Pedro Luís Schiavinato, Mestre em Sagrada Escritura pelo Instituto Bíblico de Jerusalém e Doutor em Bíblia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, e que oferece inúmeras Escolas Bíblicas em nossa Arquidiocese de Ribeirão Preto, enriquecendo o Pilar da Palavra de nossas Diretrizes da Ação Evangelizadora Arquidiocesana.

A Palavra de Deus Revelada, precisa ser amada mais e vivida melhor. Procuramos, em nossas comunidades, aprimorar “A Ação Querigmática em seu conteúdo: ‘Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo’, e em sua forma: ‘oração, acolhida, diálogo assertivo e anúncio’ com o esforço da conversão” (Cf. Pe. Luís Henrique Eloy e Silva, Assessor da CNBB na Dimensão Bíblico-Catequética).  

 Neste mês de setembro distribuímos exemplares da Bíblia em todas as celebrações na Igreja Santo Antoninho, Pão dos Pobres como também na Igreja Santa Teresa D’Ávila no Jardim Recreio em Ribeirão Preto, a fim de “que o mês da Bíblia de 2025 seja um tempo de renovação da fé e de fortalecimento da esperança cristã” (Cf. Site da CNBB).

Pe. Gilberto Kasper

          Teólogo