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quarta-feira, 30 de julho de 2025

O MÊS VOCACIONAL NO BRASIL!

 O MÊS VOCACIONAL NO BRASIL!


Agosto no Brasil é o mês vocacional! No próximo domingo a Igreja celebra a Vocação Sacerdotal, embora o Dia do Padre seja a 4 de agosto, Memória de São João Maria Vianney, o Cura D’Ars, Patrono dos Padres. Nossa Arquidiocese de Ribeirão Preto celebrará o Jubileu dos Sacerdotes justamente naquele dia. Neste ano o mês vocacional tem como tema: “Peregrinos porque chamados” e como Lema: “Esperança”. 


Aos sete anos de idade, quando cursava o primeiro ano do Ensino Fundamental, nem bem falava o português, já que em casa falávamos o dialeto alemão Hünsrick. A Escola Sagrado Coração de Jesus da Congregação alemã das Irmãs de Santa Catarina de Alexandria me alfabetizou utilizando-se desse dialeto para aprender o português, bem como me preparou naquele mesmo ano de 1964 para minha Primeira Comunhão, há 61 anos, no dia 4 de outubro. Minha primeira professora, coincidentemente minha prima, Irmã Fátima Kasper e a Irmã Neófita foram minhas primeiras catequistas. Sou profundamente agradecido, também, ao Padre Urbano José Hansen que fez de meu coração, pela primeira vez, o sacrário de Jesus Eucarístico. Jamais esqueci aquele dia, um dos primeiros mais lindos de minha vida. Já sentia muita vontade de ser padre. Prestava atenção no Pároco e dizia a mim mesmo, que um dia seria como ele. Maior ainda foi minha alegria, porque depois da Primeira Comunhão, pude também, ser instituído Coroinha. Quanta gratidão!

Reconheço que desde a infância fui um moleque muito arteiro, curioso e questionador. Sempre queria saber o “por que” das coisas. Quis entender como a Irmã Fátima conseguia desenhar em trinta folhas brancas, frutinhas, florezinhas, animais, casas e árvores, todas iguais. Éramos trinta alunos. Imaginei mil maneiras de como ela fazia aquilo. Devia passar a noite desenhando as trinta folhas, a fim de que no dia seguinte nós pudéssemos pintar aquelas figurinhas todas. Assim começávamos a conhecer e distinguir pedagogicamente formas, cores, nomes etc.

Certo dia fiquei escondido na sala de aula, durante o intervalo sem ser percebido. Fui à mesa da Irmã Fátima e abri um estojo de carimbos e almofada. Experimentei todos eles na capa e nas primeiras páginas da Cartilha do Mestre que se encontrava também sobre a mesa da professora. Foi quando entendi porque os desenhos de todas as folhas eram iguais. Senti grande alegria de curiosidade satisfeita.

Na volta do intervalo, os alunos todos em suas carteiras, a Irmã Fátima entrou na sala e quase desmaiou ao ver sua cartilha. Em voz severa e forte perguntou: Quem sujou minha cartilha de mestre? Um silêncio profundo se impôs e ninguém nem imaginava que teria sido eu, a experimentar os carimbos na cartilha da Professora. Ela pegou uma régua de mais de um metro, daquelas de aço que fazem um ruído e causam um ventinho ao ouvido, quando balançada, e foi de carteira em carteira perguntando se havia sido aquela ou aquele aluno. Alguns levaram uma boa “bordoada”. Ainda não existia o Código da Criança e do Adolescente! Eu sentia a dor de cada colega que apanhava por minha culpa, mas não tive a coragem de dizer que havia sido eu. Ao chegar próxima de mim, me fitou e disse: “Tu não podes ter feito isso, porque será padre!” Eu senti um alívio meio estranho, não tanto por não apanhar, mas pela profecia da minha primeira professora, que eu seria padre! Passadas algumas semanas, arrependido pedi desculpas à professora e aos meus colegas. 

É na pessoa de minha primeira professora, a Irmã Fátima Kasper, que agradeço e presto minha mais sincera homenagem a todos os meus professores. Lembro-me de todos com profunda gratidão! Sintam-se acariciados todos os Professores. Abençoada a vocação de ensinar e educar, mas também por despertarem tantas vocações ao serviço gratuito na Igreja de Jesus Cristo que vive, e de quem somos testemunhas através de nosso ministério!

Pe. Gilberto Kasper

          Teólogo

terça-feira, 22 de julho de 2025

A BÊNÇÃO DOS MOTORISTAS!

 A BÊNÇÃO DOS MOTORISTAS!


No dia 25 de julho, a Igreja celebra a Memória de São Tiago Maior, Apóstolo e Evangelizador. Filho de Zebedeu e irmão de João, recebeu de Jesus o chamado para fazer parte do grupo dos doze. Foi testemunha privilegiada de alguns acontecimentos importantes da vida de Jesus e o primeiro apóstolo a conhecer o martírio. É tido como o primeiro evangelizador da Espanha.

 É, também, a Festa de São Cristóvão, Protetor dos Motoristas, o que nos motiva a benzer todos os Motoristas. As obras de Mobilidade Urbana, que incluíram a Avenida Saudade não nos permitem que procedamos a bênção, como fora antes da Pandemia, ao longo de 2008 até 2019 diante da Igreja Santo Antoninho, na Avenida Saudade, 202 entre as Ruas Minas e Rio de Janeiro nos Campos Elíseos em Ribeirão Preto, ao longo de toda a manhã entre 8 e 15 horas.

 Por ser numa sexta-feira, o trânsito é intenso e perigoso. Por isso daremos a bênção aos motoristas e não aos veículos, logo após a Santa Missa das 9 horas no domingo, dia 27 de julho, no interior e no átrio da Igreja Santo Antoninho! Para receber a bênção será necessário participar da Missa também! 

 Este gesto da Bênção dos Motoristas nos remete a pedir maior zelo, cuidado e proteção para o trânsito de nossa cidade, um dos mais violentos do Interior de São Paulo. É um grito por maior civilidade, educação e cavalheirismo entre os transeuntes de nossa malha viária. Não cansamos de afirmar com muitos sociólogos, que o trânsito de uma cidade demonstra o grau de educação de seus cidadãos. Perguntemo-nos: somos um povo educado ou violento, estressado e egoísta, enquanto disputamos espaço em nossas avenidas e ruas? Não passamos um único dia, sem sabermos a notícia de um número razoável de acidentes, provenientes de imprudência, pressa, falando ao celular, falta de respeito para com os outros. A disputa entre motociclistas, transporte coletivo e demais conduções torna-se um terror psicológico a pedestres que, tampouco utilizam das faixas a eles reservadas. Transitam entre conduções que nem sempre os avistam. Se contarmos os que desrespeitam os semáforos ou as vias preferenciais, levantamos as mãos para o alto, por não termos ainda mais acidentes fatais!

Todos se sintam convidados a humanizar mais nosso trânsito, cada um de acordo com sua parcela de responsabilidade. Na Festa de São Cristóvão, Protetor dos Motoristas, recebendo a bênção na Igreja Santo Antoninho, Pão dos Pobres, saibamos renovar de verdade este bom propósito!

Venham participar da Santa Missa e receber além da bênção, a oração a São Cristóvão: Domingo – dia 27 de julho de 2025 – às 9 horas, na Avenida Saudade, 202, Campos Elíseos em Ribeirão Preto! E os motoristas que participarem da Missa na Igreja Santa Teresa D’Ávila, na Praça das Rosas no Jardim Recreio, sábado, dia 26 de julho, às 18 horas, também poderão receber a bênção. São Cristóvão, projetei os Motoristas de nossa Cidade, Amém!

Já no dia 27 de julho, às 17 horas, teremos a 2ª Missa Arquidiocesana no Santuário Arquidiocesano do Senhor Bom Jesus da Lapa em Jardinópolis, motivo pelo qual não haverá nenhuma Missa Vespertina nas Paróquia de nossa Arquidiocese de Ribeirão Preto. A Missa Arquidiocesana será uma demonstração de nossa Comunhão, Unidade, ressaltando a Sinodalidade, o “Caminhar Juntos” como Igreja de Jesus Cristo, da qual todos somos membros!

Pe. Gilberto Kasper

          Teólogo

quarta-feira, 16 de julho de 2025

RETIRO ANUAL ESPIRITUAL DOS PADRES!

 RETIRO ANUAL ESPIRITUAL DOS PADRES!


De 14 a 18 de julho, no Seminário dos Frades Capuchinhos Santo Antônio, Alto da Serra, em São Pedro (SP), os Padres da Arquidiocese de Ribeirão Preto, juntamente com o Arcebispo Metropolitano, Dom Moacir Silva, se encontram no Retiro Anual Espiritual. O pregador é Dom Paulo Antônio de Conto, Bispo Emérito da Diocese de Montenegro (RS).

Durante o retiro, neste dia 16 de julho Dom Moacir Silva, nosso Arcebispo Metropolitano completa 71 anos de vida. O Retiro Espiritual, além de invocar o Espírito Santo sobre seus participantes, é uma ação de graças muito especial pelo precioso dom da vida de nosso tão querido, dedicado e zeloso Pastor. Que Deus o conserve com muita saúde para continuar sua missão diante dos desafios da Igreja particular de Ribeirão Preto que lhe foi confiada, bem como as tantas outras atividades junto à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Dom Moacir é, atualmente, o Presidente da CNBB do Regional Sul 1, que abrange o Estado de São Paulo com suas 8 Arquidioceses e 35 Dioceses! Tem uma vitalidade juvenil para tanto trabalho, graças a Deus!

O Retiro Espiritual Anual dos Padres é um dos eventos mais fortes e marcantes na vida da Igreja particular. São dias de recolhimento, deserto, reflexão e revisão da vida espiritual dos Padres que, em torno de seu Arcebispo, avaliam sua vida ministerial e buscam novo ânimo e novas perspectivas para o ministério pastoral. Ser cada vez mais pastor configurado com Cristo, o Bom Pastor! É também, uma obrigação canônica.

Vivemos tempos em que se exige muito dos padres. Os avanços tecnológicos tomam demasiado tempo deles e se espera por respostas imediatas. Daí correr o risco de os padres serem engolidos pelo ativismo, por tarefas intermináveis, exigências pastorais que se avolumam, mas nem sempre se aprofundam. Os dias de retiro sugerem que os padres descansem, desliguem seus aparelhos e se distanciem, fisicamente, de suas Redes Sociais e Comunidades. Já as Comunidades confiadas aos Padres têm a obrigação de rezarem pelo êxito do retiro espiritual de todos os Padres e do Arcebispo da Arquidiocese. A reciprocidade na proximidade da oração faz milagres!

Ao longo dos meus trinta e cinco anos e sete meses de ministério preguei 95 retiros espirituais. No mês de agosto pregarei o 96º e em setembro o 97º. Poderia dar-me por satisfeito. Não basta pregar retiros. Chega o momento em que também o pregador sente a sede de abastecer-se, desde os porões de sua intimidade, da companhia mais profunda de Jesus Cristo, que não poucas vezes fazia seus próprios retiros: algumas vezes sozinho, outras vezes com os seus discípulos. É um “deserto” salutar, que renova a alma!

Para que o retiro alcance seus objetivos, de renovar a espiritualidade presbiteral de cada padre, não bastam um magnífico pregador, nem um tema promissor. O retiro é pessoal. Será o coração de cada padre que acolherá, a seu modo, tudo o que lhe é proposto durante o retiro: o ambiente afastado dos afazeres hodiernos, as pregações e celebrações geralmente muito bem preparadas e criativas, só terão ressonância, se os ouvidos dos padres forem dóceis ao essencial no retiro: a voz de Deus, o apelo de Jesus Cristo, a ação do Espírito Santo na vida de cada um e a espiadinha de Nossa Senhora!

Não por último, o retiro proporciona aos padres de um mesmo Presbitério com seu Arcebispo, momentos fortes de encontro, perdão, superação de diferenças, reconciliação e a renovação de grande fraternidade sacerdotal, sinodalidade (caminhar juntos) e a caridade pastoral. O retiro tem o objetivo de libertar os padres das relações mal resolvidas, como a inveja clerical, a busca de prestígio, a ganância por cargos e poder sobre os outros. Convidados a despirem-se de quaisquer pretensões, o retiro espiritual robustece os padres em sua missão na Igreja para o mundo, dependendo sobremaneira da intensa oração das Comunidades que merecem padres cada dia mais santos: vazios de si próprios e encharcados dos dons do Espírito Santo. Rezemos uns pelos outros!  Sejamos verdadeiros Anjos uns dos outros!

Pe. Gilberto Kasper

         Teólogo

quarta-feira, 9 de julho de 2025

MENTIRA, OMISSÃO E HIPOCRISIA SÃO PRIMAS!

 MENTIRA, OMISSÃO E HIPOCRISIA SÃO PRIMAS!


O presente artigo não pretende esgotar a reflexão sobre a mentira e a omissão compreendidas como primas da hipocrisia, já que nos porões de minha consciência amadurece um pequeno livrinho sobre o candente tema. Mas há frequente coceira em meus dedos, pedindo-me digitar pelo menos algumas linhas, que possam provocar nossa relação humana diante desse mau hábito! Hábito que se convencionou, especialmente entre maus políticos. Nem todos os políticos são maus. Mas convenhamos, que o desencanto da política se deve às mentiras “cabeludas”, a omissão e a hipocrisia, especialmente num falso moralista Congresso Nacional.

 A omissão, embora declarado “pecado” na fórmula penitencial que tanto pronunciamos em nossas celebrações católicas: “Confesso a Deus... que pequei por pensamentos, palavras, atos e omissões...” parece não ser muito considerada em nossas relações, a começar da própria família. Desde a educação familiar, sabemos de mães que omitem erros cometidos pelos filhos, aos maridos, para evitar agressões, transtornos e tantos outros tipos de confusão. Daí corrermos o risco de converter nossas omissões em mentiras!

 As pessoas se omitem com muita facilidade, quando conclamadas a tomar decisões, comprometerem-se com situações que ameacem seu prestígio ou cargos que se lhes foram confiados. “Não sei de nada... Não vi nada... Não ouvi e tais coisas não me dizem respeito...” são desculpas da maioria de agrupamento de pessoas, quando responsáveis pelas mais variadas instituições de nossa sociedade, especialmente de nossos governantes!

 As omissões são frequentes na esfera social, política e também eclesial. Enquanto determinadas pessoas nos convêm, somos coniventes até mesmo com atitudes nem sempre recomendadas ou “politicamente incorretas”. A partir do momento em que não preenchem mais nossos caprichos, princípios lícitos ou não; quando perguntam o desnecessário ou se tornam inconvenientes, nossa tendência é imediatamente a omissão, chegando a excluir tais indivíduos de nossa relação. Não poucas vezes por pura inveja!

 Inquieta-se minha consciência quando me dou conta de ser omisso, uma vez que toda criatura humana é chamada a ser comprometida com valores que a configuram com seu Criador: a Verdade, a Justiça, a Liberdade e o Amor. Ouve-se muito que “há coisas que não se diz, nem se escreve e muito menos se discute...”. Assim instaura-se o que gosto de chamar de “paz de cemitério”! Porém como ser profeta, missionário, discípulo de Jesus Cristo numa sociedade onde mentira, omissão e hipocrisia se tornaram hábitos tão comuns? João Batista perdeu a cabeça porque não foi omisso. Jesus Cristo derramou o sangue na cruz porque não foi omisso. Talvez Públios Lentulus, que descreve o Jesus Histórico, nos ajude a sermos mais autênticos do que hipócritas. Descreve Jesus em algumas atitudes: “Até nos rigores é afável e benévolo” ... “Diz-se ainda que ele nunca desgostou ninguém, antes se esforça para fazer toda gente venturosa!”. 

 Se a mentira e omissão não forem superadas em nossas relações, continuaremos vestindo a sobreveste da hipocrisia, varrendo sujeiras para debaixo de tapetes até não aguentarmos mais o mau cheiro de nossas mentiras, que tentamos servir como “verdades” abomináveis sobre pratos de omissão, que nos conduzem sobre areias movediças, aumentando o número de nossas vítimas. E como então viver o grande Jubileu da Esperança, mergulhados na lama de nossas mentiras, mesmo as institucionais?

Pe. Gilberto Kasper

          Teólogo



quarta-feira, 2 de julho de 2025

O TRÂNSITO CONTINUA VIOLENTO!

 O TRÂNSITO CONTINUA VIOLENTO!


         Posso parecer repetitivo. Não tem outro jeito. Preciso voltar a escrever o que já divulguei em meus modestos artigos inúmeras vezes. É como decorar a tabuada. Se sei a tabuada de cor, é porque a repeti tantas vezes quantas foram necessárias. Não é por falta de assunto. É por convicção e temor. Estou com muito medo do trânsito em nossa amada cidade e região.


Durante o primeiro semestre do ano acompanhamos os mais diversos Veículos de Comunicação divulgando amplas reportagens por um Trânsito mais educado, humano e menos violento. Já conhecemos as estatísticas assustadoras de vítimas do trânsito principalmente da cidade de Ribeirão Preto. Insisto, como muitos sociólogos, na afirmação de que o trânsito de uma cidade demonstra o grau de educação do povo da mesma. E então nossa resposta se dá na estatística do elevado número de óbitos e fraturados. Todos, frutos de nosso egoísmo, falta de atenção, sensibilidade, raiva, pressa, sem falar nas constantes infrações que vamos cometendo, como avançar sinal vermelho, vias preferenciais sem observar a Placa “PARE”, falando ao celular e acelerando para que ninguém nos ultrapasse.


Ninguém escapa da tragédia em que se transformou o trânsito de nossa Metrópole. Tem-se a impressão de que motoristas, motociclistas e nem por último transeuntes pedestres fazem questão de viver no limite do perigo, colocando, igualmente, a vida dos outros em risco iminente de morte.


As grandes avenidas se tornam cada vez mais perigosas. Já nos bairros, as vias preferenciais são desrespeitadas com boa sinalização ou não. Mesmo assim a fiscalização por radares continua “atrás das moitas” de grandes avenidas. A arrecadação seria bem superior, se os Guardas multassem abertamente mais naquelas vias tão amplamente divulgadas pelas reportagens exibidas nesse primeiro semestre do ano. As multas seriam bem mais volumosas e a pontuação nas carteiras de habilitação talvez sensibilizassem mais nosso povo pela punição, já que transitam, egoisticamente, sem educação.


Alguns afirmam que a sinalização da cidade está precária. Não concordo. Observo carros e motos ignorarem os sinais mais visíveis e evidentes, sem nenhum escrúpulo. Os acidentes já se tornaram tão triviais, que nos acostumamos a eles sem nenhuma indignação. Por isso certos psicanalistas afirmam que as pessoas estilam ódio, raiva e desalentos no trânsito, como “válvulas de escape”, sem importarem-se mais com o valor da vida, como se espera do ser humano.


O desrespeito no trânsito começa com a não observância dos sinais. Passa depois para xingamentos mal-educados e muitas vezes agressivos. Daí para uma batida ou atropelamento basta mais alguns segundos e pronto. Não vejo por que a facilitação de armas em nosso País, já tão menos pacífico do que há alguns anos. A má condução de qualquer veículo se tem tornado armas perigosas, ferindo e matando como nunca antes. Por isso meu apelo a todos os queridos interlocutores: não procuremos culpados fora de nós mesmos; façamos cada um, nossa parte, reassumindo com responsabilidade o valor da própria vida e da vida do próximo. Só assim o trânsito deixará de ser uma tragédia. Causaremos menos despesas na Saúde, no bolso e certamente evitaremos um número bem menor de mortes causado pela simples irresponsabilidade ao volante!


O trânsito continua matando! O trânsito continua violento. Minha súplica se estende aos queridos leitores, de que sejamos mais humanos – Anjos de Guarda uns dos outros – porque infelizmente o trânsito continua violento, fraturando e também ceifando muitas vidas, por vezes ainda tão jovens!


Pe. Gilberto Kasper

          Teólogo