Para um Mundo mais Fraterno! “Tolle, lege!” é uma frase em latim que significa “Pegue, leia!”, referência de Santo Agostinho.
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quarta-feira, 21 de maio de 2025
GRATIDÃO PELAS QUERMESSES!
quarta-feira, 14 de maio de 2025
LEÃO XIV, O PAPA DA PAZ!
LEÃO XIV, O PAPA DA PAZ!
No Balcão da Basílica de São Pedro, na Cidade Eterna,
na tarde do dia 8 de maio de 2025, ouvíamos a mesma saudação que o Ressuscitado
proferia, cada vez que se encontrava com seus discípulos ansiosos, que aguardavam
para ver o Senhor, conforme o Evangelho de São João, proclamado nos primeiros
dias do Tempo Pascal: “A Paz esteja com todos vocês”!
Quem falava agora, para
aquela multidão concentrada, ansiosa, na Praça de São Pedro, no Vaticano, bem
como para mais de um bilhão e quatrocentos milhões de cristãos católicos
espalhados pelo mundo afora diante das Mídias Digitais, parafraseando o
Ressuscitado, era o Cardeal Robert Francis Prevost, o recém eleito Papa Leão
XIV. O novo Vigário de Cristo, com a voz um tanto embargada, porém muito forte
e convincente, exalando sua humanidade, porque nitidamente emocionado, fitou
por alguns minutos seu numeroso rebanho, acolheu os aplausos e saudações em
dezenas de idiomas do mundo inteiro, iniciou sua saudação: “A paz esteja com
todos vocês. Era assim que o Senhor saudava os seus, quando lhes aparecia já
ressuscitado. Quero que essa saudação de paz entre no coração de vocês, suas
famílias, a todas as pessoas, estejam onde elas estiverem. Uma paz desarmada,
uma paz desarmante, uma paz que vem de Deus que nos ama a todos”!
Não tenho a pretensão de
ser repetitivo. Muito já foi falado, escrito e visto sobre o novo Pontífice,
sua história, seu curriculum vitae. A
belíssima entrevista coletiva concedida por nosso Arcebispo Metropolitano, Dom
Moacir Silva, que pode ser conferida no Site da Arquidiocese de Ribeirão Preto www.arquidioceserp.org.br, as
completas reportagens veiculadas em nosso Jornal Tribuna Ribeirão, nas edições
de 9 e 10 de maio de 2025, de páginas inteiras A-6, bem como nas dezenas de
Redes Sociais e tantas emissoras de Rádio e Televisão. Assim, pretendo apenas,
descrever brevemente minha expectativa, minha esperança em relação a Leão XIV,
o Papa da Paz. Foram incontáveis, as vezes que pronunciou a palavra “paz” em sua
primeira mensagem ao mundo.
Inicia seu ministério Petrino
em meio a muitas guerras, as mais estúpidas, que vem ceifando milhares de vidas
inocentes. Se o Papa Francisco morreu oferecendo suas enfermidades gritando
pela paz, mesmo que com voz fraquinha até a véspera de sua páscoa, o Papa Leão
XIV inicia seu pontificado clamando pela paz no mundo inteiro. Pede, em sua
primeira Missa concelebrada pelos Cardeais que o elegeram, na Capela Sistina,
que “a Igreja seja luz para a escuridão do mundo”!
Traz ao cenário mundial
a memória de São Leão XIII, autor da primeira Encíclica Papal, a Rerum Novarum, que trata da dignidade e dos direitos dos
operários, em meio à Revolução Industrial, no final do século XIX e início do
século XX, que inaugura a Doutrina Social da Igreja, que incentiva a recitação
do Rosário e pede por uma Igreja próxima das pessoas, especialmente as que se
encontram em situação de extrema pobreza e vulnerabilidade. Assume o nome de
Leão XIV, justamente numa nova “mudança de época”, a Revolução Digital, a
Inteligência Artificial e a insensibilidade das pessoas entre si. Pede por
diálogo e pela construção de pontes e não de muros. O novo Santo Padre, Leão
XIV, semeia em nossos corações, a esperança de que continuará sua missão, a de
anunciar a alegria do Evangelho, o que desafia todo o cristão, num mundo oco de
Deus. Por tudo que ouvi de pessoas que com ele conviveram, é sereno, sabe
escutar, dialogar, valoriza a intelectualidade (não fala bobagens), é defensor
dos marginalizados num mundo de tanta desigualdade e injustiça social.
Certamente nos incentivará a rever valores essenciais à vida dos cristãos: o
amor gratuito, sem acepção e descriminalização de pessoas, a verdade, a
justiça, a liberdade e a paz.
“Não tenham medo, o mal
não prevalecerá”, expressão que vem ao encontro do que busco viver e pregar: “Quem
não é de Deus cai”! “Caminhemos juntos sob a proteção da Virgem Maria”. Já nos
chamou a sermos uma Igreja Sinodal. Sinodalidade, que quer dizer, “Caminhar Juntos”,
conforme o último Sínodo dos Bispos, que também norteia a Pastoral de nossa
Arquidiocese de Ribeirão Preto. O Papa concluiu sua primeira saudação ao mundo
com a oração da Ave Maria, rezada por todos os cantos, por todas as pessoas, especialmente,
as mais simples. Depois nos abençoou!
Eu já amo profundamente
o Santo Padre, Leão XIV, o Papa da Paz! Conclamo a todos que rezemos por ele e
sua desafiadora missão!
Pe.
Gilberto Kasper
Teólogo
quarta-feira, 7 de maio de 2025
FRANCISCO, O PAPA DA MISERICÓRDIA E TERNURA!
FRANCISCO, O PAPA DA MISERICÓRDIA E TERNURA!
No dia em que se inicia “o septuagésimo sexto
Conclave da história da Igreja, 7 de maio de 2025, o vigésimo sexto realizado
sob os auspícios do Juízo Final de Michelangelo, estabelecido por Gregório X em
1274” que tem por missão eleger o 267º Pontífice da Igreja Católica Apostólica
Romana, lembramos, de coração agradecido, de mais duas características do amado
Papa Francisco, o Papa da Misericórdia e Ternura!
Em
sua primeira alocução na janelinha do Palácio Pontifício, no Vaticano, durante
o Ângelus, o então recente papa eleito, demonstrou ser Francisco, o Papa da Misericórdia
e Ternura. Abordou o tema da misericórdia a partir do livrinho, lançado
naqueles dias, que teria lido durante a preparação para o Conclave, de autoria
do Cardeal Walter Kasper, Deus é Misericórdia!
Logo,
de início, afirmou querer uma “Igreja pobre para os pobres”, uma “Igreja em
saída”, com os “pés lambuzados” de tanto ir ao encontro das periferias do mundo
levando a “Alegria do Evangelho” a “todos, todos, todos” os povos, independente
de suas feições culturais, convicções políticas, condições econômicas e
sociais. Quis uma Igreja de Inclusão, que promovesse a “Cultura do Encontro”,
superando a igrejinha do descartável daqueles que não se enquadravam nas
estruturas rígidas de uma igreja que desfigurava a verdadeira Igreja pensada e
inaugurada por Jesus de Nazaré: toda ela missionária e discípula. Uma Igreja
que promovesse o perdão, a justiça, a verdade, a liberdade e a paz. Francisco,
o Papa da Misericórdia e Ternura, deixou este mundo suplicando pela paz entre
os povos. Ofereceu suas enfermidades e limites físicos pela paz num mundo tão
oco de Deus, tão cheio de polarizações, ódio, desencontros e corações inchados
de soberba, arrogância e prepotência. Mesmo assim tais corações buscam o Cristo
Sacramentado na Eucaristia e o comungam. Então me atrevo a perguntar-me a mim
mesmo, o que a Irmã Neófita, minha primeira Catequista dizia no dia de minha
Primeira Comunhão: “Crianças queridas, fechem os olhos, façam silêncio, e
procurem sentir para onde foi a hóstia consagrada? Foi para o coraçãozinho ou para
o estômago de vocês? Se não foi para o coraçãozinho, é porque comungaram em
pecado!” Até hoje procuro a resposta e não a encontrei ainda. Mas confesso que
espero que Jesus tenha feito de meu coração seu sacrário, seu tabernáculo, sua
casinha! Até porque Francisco costumava dizer que “a Eucaristia não é prêmio destinado
aos certinhos, mas remédio aos enfermos de alma”!
Francisco,
o Papa da Misericórdia nos presenteou com um Ano Santo do Jubileu
Extraordinário da Misericórdia, de 8 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de
2016. Quanta riqueza pudemos redescobrir sobre a Misericórdia de Deus para
conosco! O que seria de nós sem a Misericórdia de Deus? Ao se deparar com um
menino aos prantos, numa de suas Viagens Apostólicas, que correu para seus
braços perguntando se seu pai teria ido para o inferno, porque se suicidara, o
Papa Francisco lhe perguntou se acreditava que Deus é nosso Pai, o Pai de todas
as criaturas. O menino respondeu que acreditava ser Deus nosso Pai. Francisco,
o Papa da Misericórdia e Ternura, respondeu com outra pergunta aos prantos do
menino: “E você acredita que um pai vai abandonar qualquer um de seus filhos?”
Francisco,
o Papa da Ternura não se cansava de abraçar e beijar as pessoas portadoras de
deficiências, que encontrava pela frente. Além do sorriso tão cheio de ternura,
sempre distribuía uma palavra bem humorada de esperança, perspectiva e sentido
de vida nova para cada uma delas.
Valorizou
a presença feminina na Igreja, como nunca antes visto, a não ser como o próprio
Cristo valorizava as mulheres que o seguiam. Nossas Comunidades mundo a fora
são formadas, em sua grande maioria, por mulheres e crianças. Oxalá aprendamos
de Francisco, escutá-las mais, respeitá-las mais, valorizá-las como merecem.
Ao
invés de especularmos, tentarmos espiar pela fechadura da Capela Sistina, sobre
o perfil, nome, nacionalidade, se conservador ou progressista, coloquemo-nos de
joelhos e rezemos para que o Espírito Santo presida o Conclave que nos dará um
novo Papa, o Sucessor de Pedro! Desde já amemos o Papa que está por vir, para
continuar a missão que lhe será conferida pela Comunidade Perfeita, a
Santíssima Trindade!
Pe.
Gilberto Kasper
Teólogo