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quarta-feira, 21 de maio de 2025

GRATIDÃO PELAS QUERMESSES!

 

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GRATIDÃO PELAS QUERMESSES!


O Dicionário Aurélio define a Quermesse como “feira beneficente, com barraquinha, leilão de prendas, etc.” Infelizmente o Dízimo ainda não mantém o culto de nossas Comunidades Paroquiais, como suas pastorais, manutenção dos templos e tantas outras despesas que implicam na administração de uma Paróquia instalada. Por isso gostaria de manifestar minha gratidão pelas quermesses, que também são fontes de recursos para a manutenção de nossas Comunidades Paroquiais.
Gosto de pensar, que se cada cristão católico que, mais ou menos, participa de nossas atividades paroquias, oferecesse mensalmente, um porcento de seus rendimentos à sua Comunidade, em forma de dízimo livre e consciente, não precisaríamos nos preocupar tanto com promoções que visem arrecadar fundos para sua manutenção. As Quermesses ou eventos afins teriam maior motivação de confraternização, de encontro de irmãos que professam a mesma fé, enriquecendo, assim, a sinodalidade de nossa Igreja, promovendo também por meio de eventos sociais, a comunhão, participação e missão, especialmente no testemunho de que somos todos irmãos, filhos de uma Igreja que é mãe e mestra e que ama muito todos os seus filhos e filhas!
É muito lindo perceber o comprometimento de nossos agentes de pastoral na preparação de uma Quermesse. Não obstante as inúmeras dificuldades, especialmente financeiras, dos que colaboram com nossas Comunidades, todos se revestem de entusiasmo, ânimo e grande disponibilidade na busca de recursos para a realização da melhor Quermesse a cada ano. Há uma competitividade saudável entre as equipes de trabalho, porque cada uma quer organizar da melhor maneira sua tarefa, sua barraca, seu compromisso para com o evento em preparação.  
As pessoas tem participado como nunca antes das Quermesses realizadas pelas inúmeras Paróquias por todos os lados. Milhares de pessoas surpreenderam positivamente com sua presença e efetiva participação. Isso também é percebido nos grandes shows ao ar livre e nas festas comemorativas de cunho social. Eu ficaria muito feliz se o mesmo acontecesse com nossas celebrações de Missas, que em comparação, se percebe bem mais devagar e tímido. Quermesses e barzinhos, bem como tantos outros eventos sociais contam com multidões, quando para a participação nas Missas de nossas Igrejas ainda se ouve inúmeras desculpas. Há exceções, muito raras de algumas Comunidades, que têm seus espaços litúrgicos lotados, tanto nas celebrações dominicais, como nas especiais. Não esqueçamos que “Domingo sem Missa é Semana sem Graça”!
Mas também os encontros de pessoas que sentem saudades umas das outras, participando de nossas Quermesses, podem servir de testemunho de que nos amamos e desejamos formar uma grande e linda Família de Deus! Por

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isso venho a público para agradecer a todos que, de alguma maneira prepararam e participaram da Quermesse na Paróquia Santa Teresa D’Ávila no final de semana passado. Sou testemunha da dedicação exemplar de uma equipe de Eventos coordenada pelo Sr. Daniel Dandun e sua linda Família, que ao longo de meses preparou com profundo amor à Igreja, essa Quermesse, cuja renda será destinada às necessárias reformas e melhorias de nossa Paróquia, que o Dízimo ainda não consegue cobrir e contemplar.
Invoco a bênção sob a intercessão de Santa Teresa D’Ávila sobre todos, que contribuíram, participaram, trabalharam e divulgaram nossa tradicional Quermesse. Deus os recompense e abençoe grandemente por tudo sempre, com Sua divina ternura!
Pe. Gilberto Kasper
        Teólogo

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Quermesse da Paróquia Santa Teresa D'Ávila do Jardim Recreio - Ribeirão Preto

 


LEÃO XIV, O PAPA DA PAZ!

 

 LEÃO XIV, O PAPA DA PAZ!

 

          No Balcão da Basílica de São Pedro, na Cidade Eterna, na tarde do dia 8 de maio de 2025, ouvíamos a mesma saudação que o Ressuscitado proferia, cada vez que se encontrava com seus discípulos ansiosos, que aguardavam para ver o Senhor, conforme o Evangelho de São João, proclamado nos primeiros dias do Tempo Pascal: “A Paz esteja com todos vocês”!

 


          Quem falava agora, para aquela multidão concentrada, ansiosa, na Praça de São Pedro, no Vaticano, bem como para mais de um bilhão e quatrocentos milhões de cristãos católicos espalhados pelo mundo afora diante das Mídias Digitais, parafraseando o Ressuscitado, era o Cardeal Robert Francis Prevost, o recém eleito Papa Leão XIV. O novo Vigário de Cristo, com a voz um tanto embargada, porém muito forte e convincente, exalando sua humanidade, porque nitidamente emocionado, fitou por alguns minutos seu numeroso rebanho, acolheu os aplausos e saudações em dezenas de idiomas do mundo inteiro, iniciou sua saudação: “A paz esteja com todos vocês. Era assim que o Senhor saudava os seus, quando lhes aparecia já ressuscitado. Quero que essa saudação de paz entre no coração de vocês, suas famílias, a todas as pessoas, estejam onde elas estiverem. Uma paz desarmada, uma paz desarmante, uma paz que vem de Deus que nos ama a todos”!

 

          Não tenho a pretensão de ser repetitivo. Muito já foi falado, escrito e visto sobre o novo Pontífice, sua história, seu curriculum vitae. A belíssima entrevista coletiva concedida por nosso Arcebispo Metropolitano, Dom Moacir Silva, que pode ser conferida no Site da Arquidiocese de Ribeirão Preto www.arquidioceserp.org.br, as completas reportagens veiculadas em nosso Jornal Tribuna Ribeirão, nas edições de 9 e 10 de maio de 2025, de páginas inteiras A-6, bem como nas dezenas de Redes Sociais e tantas emissoras de Rádio e Televisão. Assim, pretendo apenas, descrever brevemente minha expectativa, minha esperança em relação a Leão XIV, o Papa da Paz. Foram incontáveis, as vezes que pronunciou a palavra “paz” em sua primeira mensagem ao mundo.

 

          Inicia seu ministério Petrino em meio a muitas guerras, as mais estúpidas, que vem ceifando milhares de vidas inocentes. Se o Papa Francisco morreu oferecendo suas enfermidades gritando pela paz, mesmo que com voz fraquinha até a véspera de sua páscoa, o Papa Leão XIV inicia seu pontificado clamando pela paz no mundo inteiro. Pede, em sua primeira Missa concelebrada pelos Cardeais que o elegeram, na Capela Sistina, que “a Igreja seja luz para a escuridão do mundo”!

 

          Traz ao cenário mundial a memória de São Leão XIII, autor da primeira Encíclica Papal, a Rerum Novarum, que trata da dignidade e dos direitos dos operários, em meio à Revolução Industrial, no final do século XIX e início do século XX, que inaugura a Doutrina Social da Igreja, que incentiva a recitação do Rosário e pede por uma Igreja próxima das pessoas, especialmente as que se encontram em situação de extrema pobreza e vulnerabilidade. Assume o nome de Leão XIV, justamente numa nova “mudança de época”, a Revolução Digital, a Inteligência Artificial e a insensibilidade das pessoas entre si. Pede por diálogo e pela construção de pontes e não de muros. O novo Santo Padre, Leão XIV, semeia em nossos corações, a esperança de que continuará sua missão, a de anunciar a alegria do Evangelho, o que desafia todo o cristão, num mundo oco de Deus. Por tudo que ouvi de pessoas que com ele conviveram, é sereno, sabe escutar, dialogar, valoriza a intelectualidade (não fala bobagens), é defensor dos marginalizados num mundo de tanta desigualdade e injustiça social. Certamente nos incentivará a rever valores essenciais à vida dos cristãos: o amor gratuito, sem acepção e descriminalização de pessoas, a verdade, a justiça, a liberdade e a paz.

 

          “Não tenham medo, o mal não prevalecerá”, expressão que vem ao encontro do que busco viver e pregar: “Quem não é de Deus cai”! “Caminhemos juntos sob a proteção da Virgem Maria”. Já nos chamou a sermos uma Igreja Sinodal. Sinodalidade, que quer dizer, “Caminhar Juntos”, conforme o último Sínodo dos Bispos, que também norteia a Pastoral de nossa Arquidiocese de Ribeirão Preto. O Papa concluiu sua primeira saudação ao mundo com a oração da Ave Maria, rezada por todos os cantos, por todas as pessoas, especialmente, as mais simples. Depois nos abençoou!

 

          Eu já amo profundamente o Santo Padre, Leão XIV, o Papa da Paz! Conclamo a todos que rezemos por ele e sua desafiadora missão!  

 

 

 

Pe. Gilberto Kasper

          Teólogo

quarta-feira, 7 de maio de 2025

FRANCISCO, O PAPA DA MISERICÓRDIA E TERNURA!

 

 FRANCISCO, O PAPA DA MISERICÓRDIA E TERNURA!

 

          No dia em que se inicia “o septuagésimo sexto Conclave da história da Igreja, 7 de maio de 2025, o vigésimo sexto realizado sob os auspícios do Juízo Final de Michelangelo, estabelecido por Gregório X em 1274” que tem por missão eleger o 267º Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana, lembramos, de coração agradecido, de mais duas características do amado Papa Francisco, o Papa da Misericórdia e Ternura!

 

Em sua primeira alocução na janelinha do Palácio Pontifício, no Vaticano, durante o Ângelus, o então recente papa eleito, demonstrou ser Francisco, o Papa da Misericórdia e Ternura. Abordou o tema da misericórdia a partir do livrinho, lançado naqueles dias, que teria lido durante a preparação para o Conclave, de autoria do Cardeal Walter Kasper, Deus é Misericórdia!

 

Logo, de início, afirmou querer uma “Igreja pobre para os pobres”, uma “Igreja em saída”, com os “pés lambuzados” de tanto ir ao encontro das periferias do mundo levando a “Alegria do Evangelho” a “todos, todos, todos” os povos, independente de suas feições culturais, convicções políticas, condições econômicas e sociais. Quis uma Igreja de Inclusão, que promovesse a “Cultura do Encontro”, superando a igrejinha do descartável daqueles que não se enquadravam nas estruturas rígidas de uma igreja que desfigurava a verdadeira Igreja pensada e inaugurada por Jesus de Nazaré: toda ela missionária e discípula. Uma Igreja que promovesse o perdão, a justiça, a verdade, a liberdade e a paz. Francisco, o Papa da Misericórdia e Ternura, deixou este mundo suplicando pela paz entre os povos. Ofereceu suas enfermidades e limites físicos pela paz num mundo tão oco de Deus, tão cheio de polarizações, ódio, desencontros e corações inchados de soberba, arrogância e prepotência. Mesmo assim tais corações buscam o Cristo Sacramentado na Eucaristia e o comungam. Então me atrevo a perguntar-me a mim mesmo, o que a Irmã Neófita, minha primeira Catequista dizia no dia de minha Primeira Comunhão: “Crianças queridas, fechem os olhos, façam silêncio, e procurem sentir para onde foi a hóstia consagrada? Foi para o coraçãozinho ou para o estômago de vocês? Se não foi para o coraçãozinho, é porque comungaram em pecado!” Até hoje procuro a resposta e não a encontrei ainda. Mas confesso que espero que Jesus tenha feito de meu coração seu sacrário, seu tabernáculo, sua casinha! Até porque Francisco costumava dizer que “a Eucaristia não é prêmio destinado aos certinhos, mas remédio aos enfermos de alma”!

 

Francisco, o Papa da Misericórdia nos presenteou com um Ano Santo do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, de 8 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de 2016. Quanta riqueza pudemos redescobrir sobre a Misericórdia de Deus para conosco! O que seria de nós sem a Misericórdia de Deus? Ao se deparar com um menino aos prantos, numa de suas Viagens Apostólicas, que correu para seus braços perguntando se seu pai teria ido para o inferno, porque se suicidara, o Papa Francisco lhe perguntou se acreditava que Deus é nosso Pai, o Pai de todas as criaturas. O menino respondeu que acreditava ser Deus nosso Pai. Francisco, o Papa da Misericórdia e Ternura, respondeu com outra pergunta aos prantos do menino: “E você acredita que um pai vai abandonar qualquer um de seus filhos?”

 

Francisco, o Papa da Ternura não se cansava de abraçar e beijar as pessoas portadoras de deficiências, que encontrava pela frente. Além do sorriso tão cheio de ternura, sempre distribuía uma palavra bem humorada de esperança, perspectiva e sentido de vida nova para cada uma delas.

 

Valorizou a presença feminina na Igreja, como nunca antes visto, a não ser como o próprio Cristo valorizava as mulheres que o seguiam. Nossas Comunidades mundo a fora são formadas, em sua grande maioria, por mulheres e crianças. Oxalá aprendamos de Francisco, escutá-las mais, respeitá-las mais, valorizá-las como merecem.

 

Ao invés de especularmos, tentarmos espiar pela fechadura da Capela Sistina, sobre o perfil, nome, nacionalidade, se conservador ou progressista, coloquemo-nos de joelhos e rezemos para que o Espírito Santo presida o Conclave que nos dará um novo Papa, o Sucessor de Pedro! Desde já amemos o Papa que está por vir, para continuar a missão que lhe será conferida pela Comunidade Perfeita, a Santíssima Trindade!  

 

 

Pe. Gilberto Kasper

          Teólogo