Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
“Neste domingo que escutaremos o evangelho da pesca
milagrosa e do chamado
dos discípulos, nós
celebramos nossa vocação ao seguimento de Jesus como discípulos e discípulas.
O profeta Isaías é chamado, os apóstolos
são chamados, o apóstolo Paulo também é chamado. Diante do toque do Senhor, o
profeta responde: ‘Aqui estou! Envia-me’. Os discípulos deixam tudo e seguem a Jesus. O apóstolo das gentes, o menor dos
apóstolos, pregou com coragem o Evangelho a todos.
‘Reunidos para celebrar a eucaristia e ouvir
a palavra da vida, queremos, na liturgia deste domingo, fazer experiência da
misericórdia e da santidade de Deus. Somos desafiados a lançar as redes em
águas mais profundas, ir além da simples participação na celebração. Jesus nos
convida a nos comprometer com a missão que ele nos deixou.
Acolhamos
a palavra de Deus, a qual nos motiva a dar a resposta da fé: Aqui estou,
envia-me. Ela nos dá forças para viver na graça divina e avançar sem medo na
missão de anunciar o evangelho.
Deus
prepara seus mensageiros antes de enviá-los em missão. Atento às necessidades
do povo, Deus nos chama e nos envia em missão. A fé em Cristo ressuscitado é o
fundamento de toda esperança cristã.
Com
o pão e o vinho, ofertamos todas as pessoas que se põem a serviço da comunidade
e do reino de Deus, sem medo de lançar as redes em águas profundas’ (cf.
Liturgia Diária de Fevereiro de 2013 da Paulus, pp. 40-44).
Jesus chama os primeiros discípulos ao seguimento e os transforma em pescadores
de gente. Ele convida a
seguir no contexto em que as pessoas estão inseridas, acompanha com a sua graça
e pede adesão plena e generosidade na entrega. Todos são chamados a lançar as
redes nas águas profundas e a pescar para alimentar as multidões e libertá-las
das situações de morte.
O Senhor entra na
barca de Pedro, na vida do povo, na realidade em que vivem as comunidades para
fortalecer a fé posta à prova continuamente. Ele convida a deixar tudo, a
renunciar, para assumir a missão a serviço do Reino. Como Pedro, somos chamados
a confiar em Jesus e a obedecer à sua palavra. Recebemos
o chamamento à fé, ao discipulado, à missão de anunciar o Evangelho com ardor apostólico, como Paulo.
Isaías faz a
experiência do chamado de Deus para ser profeta, no tempo, durante a oração, a
celebração. Diante do apelo do Senhor que pergunta: ‘Quem enviarei? Quem irá por nós?’, ele responde prontamente: ‘Aqui
estou! Envia-me’. O lema
da Campanha da Fraternidade deste ano é tirado justamente de Is 6,8: ‘Eis-me
aqui, envia-me!’. Foi bem
escolhido para completar o tema: Fraternidade
e Juventude. Muitos
homens e muitas mulheres continuam dando a resposta no mais profundo do seu
ser, confiando na graça e na misericórdia do Senhor.
Neste domingo,
que pode ser chamado ‘da vocação’, é oportuno lembrar também a mensagem
do Papa Bento XVI por ocasião do 49º Dia Mundial das Vocações: ‘Em
todo o tempo, na origem do chamamento divino está a iniciativa do amor infinito
de Deus, que se manifesta plenamente em Jesus Cristo... Na realidade, a medida
alta da vida cristã consiste em amar como
Deus; trata-se de um amor que, no dom total de si, se manifesta fiel e fecundo’.
Amanhã (dia 11 de
Fevereiro) fazemos Memória de Nossa
Senhora de Lourdes e é
Dia Mundial do Enfermo. Dia 12, lembramos Dotothy Stang, assassinada em Anapu,
Pará. Dia 13 é Quarta-Feira de Cinzas e começa
a Quaresma.
Vocação é dom de Deus.
Ele chama. Que o Espírito nos ilumine na escuta do Senhor. Não obstante nossos
medos e limites, que o Senhor nos faça discípulos e discípulas seus” (cf.
Roteiros Homiléticos da CNBB, nº 24, pp. 84-88).
Enquanto batizados, tornando-nos
cristãos, filhos de Deus, somos antes de tudo vocacionados ao amor com
sabor divino. Depois acontece, ao longo de nossa vida, a vocação específica. O que não podemos jamais esquecer,
que todos independentes da vocação específica, devemos sentir-nos comprometidos
com o anúncio do Reino de Deus, respondendo ao que o ANO DA FÉ nos pede e espera de nós: sermos
discípulos e missionários do Senhor, manifestando a Fé
recebida, como dom gratuito, que deve
nortear nossas relações, sinalizando todo nosso convívio a Jesus Cristo! Falar nele, viver como Ele vive em nós
e convencer as pessoas que olham para nós, através da coerência
entre o que pensamos, falamos (rezamos) e fazemos!
Isso, segundo o Concílio Ecumênico Vaticano II, o Catecismos da Igreja Católica, a Conferência de Aparecida, o Ano da Fé, o Sínodo dos Bispos em Roma, ocorrido em outubro passado e o apelo de nossas Comunidades Eclesiais, precisa ser vivido não individualmente, mas em espírito eclesial, político e social.
Desejando-lhes
muitas bênçãos, com ternura e gratidão,
o abraço sempre
fiel e amigo,
Pe. Gilberto Kasper
(Ler
Is 6,1-8; Sl 137(138); 1 Cor 15,1-11 e Lc 5,1-11)