Queridos Amigos e Irmãos na Fé!
“Celebrando
a Solenidade
de Todos os Santos e Santas de Deus, comungamos com aqueles que já
se encontram na casa do Pai e vivem em plenitude as bem-aventuranças. Nós também
somos proclamados felizes, porque formamos a grande família de Deus e
procuramos seguir a multidão dos que nos deixaram exemplo de fidelidade e amor.
A multidão dos fiéis
seguidores de Jesus, filhos e filhas amados pelo Pai, reúne-se numa celebração
celestial. Ainda em vida são proclamados felizes porque depositaram sua
confiança em Deus.
Todos os que se mantêm
fiéis a Cristo serão vitoriosos. As bem-aventuranças são o caminho da santidade
proposto por Jesus. Somos filhos e filhas de Deus, pois ele é nosso Pai, e
seremos semelhantes a ele.
A Eucaristia transforma-nos, lenta e
progressivamente, em seres capazes de contemplar o Pai, unidos a todos os que
são salvos” (cf.
Liturgia Diária de Novembro de 2012 da Paulus, pp. 24-27).
“A
celebração de Todos os Santos é a festa da
santidade anônima. Da santidade entendida,
em primeiro lugar, como dom de Deus
e resposta fiel da criatura humana. Torna-se impossível enumerar todos os
santos, tido como sinais da manifestação maravilhosa da ação de Deus. A santidade
pode ser comparada a um grande mosaico que reflete a grandeza da única santidade de Deus.
Cada
santo é um exemplar único e exclusivo. Não podemos pensar a santidade como um
produto em série. A comemoração de todos os santos nos abre à imprevisibilidade
do Espírito Santo.
A
multiplicidade de santos faz deles um modelo perfeito para a vivência dos
carismas pessoais e para a diversidade de opções no seguimento de Jesus e no
serviço à Igreja e à sociedade.
Quando
veneramos ou falamos de um santo de nossa devoção, somos tentados a
contemplá-lo (a) pela ótica perfeccionista. ‘Ele
foi perfeito’, ‘Um super-humano’. Não! Os santos, antes de tudo, foram
pessoas comuns. Eles fizeram sua caminhada de vida seguindo os passos de Jesus.
Participaram da realidade do povo santo e pecador. Contudo, eles se destacaram
na vivência radical do ideal proposto pelas bem-aventuranças. Foram pessoas
que, por seu modo de viver a Boa-Nova, marcaram significativamente a sociedade
de seu tempo e se transformaram em referenciais atualizados para a história.
O
convite evangélico à santidade é proposto a todos. Não é uma realidade
impossível de alcançar. Tudo depende do vigor com que se vive o ideal das
bem-aventuranças na relação com Cristo e nos compromissos inerentes à vida. Eu
e você podemos ser santos. Não importa se somos pessoas de muitas qualidades ou
não. O que conta é que sejamos pessoas extraordinárias pela vivência do
programa de Jesus resumido nas bem-aventuranças.
Fica
mais uma vez entre nós a pergunta crucial: como ser santo? O que significa ser
santo? A liturgia nos conduz para mais perto da santidade de Deus” (cf. Roteiros Homiléticos do Tempo Comum In
Projeto Nacional de Evangelização 18 – O Brasil na Missão Continental da CNBB,
pp. 75-81).
Ouvem-se
frequentemente de bons lábios cristãos algumas frases em relação à santidade,
como: “Eu não
nasci para ser santo...”. “Não sirvo para
ser santo...”. “Não sou santo, logo não
tenho culpa...” Gosto de pensar que tais cristãos não compreendem o
próprio Batismo. O Batismo torna-nos seres divinizados, ou
seja, candidatos
à santidade! Não creio
que sejam as coisas boas que conseguimos realizar, nem as coisas más que
praticamos, por vezes, involuntariamente, que nos conduzem à santidade, porém o esforço
empreendido por fazer de tudo para ser bondoso, humilde, servo e anjo para os
irmãos, vivendo uma relação de ternura constante. Quem sabe, fazendo
uma listinha de esforços diários nos ajude a
conquistar a santidade proposta a todos
os filhos e filhas de Deus, nascidos do “útero da
Igreja, a Pia Batismal!” Já paramos para pensar, com quantos
santos convivemos ao longo de nossa vida, mesmo que não reconhecidos,
oficialmente, por decretos de beatificações
ou canonizações?
“Ainda
temos presente o dia de Finados, que celebramos na sexta-feira, dia 2 de Novembro, através
do qual somos levados a vivenciar a comunhão dos Santos que professamos na fé.
Perguntemo-nos: nossa prática de fé
e busca de santidade consegue despertar para a vida e a santidade dos irmãos?
Onde nosso compromisso com os outros consegue fazer parte de nossa oração e
busca de Deus?
No dia 28 de Outubro, último
domingo, tivemos o segundo turno das eleições em algumas cidades, como na nossa
amada Ribeirão Preto. A partir de agora, vivemos, no cotexto municipal, um novo
momento político, perante o qual, como comunidade, somos sinal de unidade, pela
qual todos são convidados a tomar consciência de que somos parte de um mesmo
povo. É hora de superar e esquecer divisões que possam ter ocorrido em tempo de
campanha” (cf.
Roteiros Homiléticos da CNBB n. 23, pp. 83-90). É hora de
reivindicarmos de nossos Governantes uma urgente e ampla Reforma
Política, que desde as Diretas
Já vem sendo prometida de Eleição em Eleição e nunca acontece.
Esta é a hora. Comecemos, desde já, preparando-nos para as próximas eleições, exigindo
TODAS as Promessas até
nossos dias, ainda
não cumpridas!
Não
deixemos para amanhã, nem mesmo para daqui há pouco: comecemos já nosso esforço por sermos santos,
sendo anjos uns dos outros. Só
quem é simples e bondoso, sabe o quanto é magnífica a antessala da santidade!
Desejando-lhes, por intercessão de Todos os Santos, muitas bênçãos, com
ternura e gratidão, o abraço amigo,
Pe. Gilberto Kasper
(Ler Ap 7,2-4.9-14; Sl 23(24); 1 Jo 3,1-3 e Mt 5,1-12)