Pe.
Gilberto Kasper
O
mês de outubro é marcado pelo Dia da Criança (Educando) e do Professor
(Educador). O que costumamos chamar de “Educação
de Berço” já não existe mais. Se até mesmo o leite materno é terceirizado
no quarto mês de vida da criança, imaginem a educação! Os Educadores acolhem
que tipo de Educandos? Crianças repletas de estímulos que muitas vezes não têm o que comer em
suas casas quanto mais inseridas na era digital. Pais de famílias oriundas da
pobreza, que trabalham tanto, que não têm como acompanhar os filhos em suas
atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida. Isso sem falar nas
famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência,
causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas.
Não gosto de
comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e
avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais
velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fosse escolares
ou simplesmente caseiras, faço comparações com os educandos de hoje repletos de
estímulos. Estímulos de que? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas,
ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, brincando no
Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem
perdidos na vida.
O que
tínhamos nós, os mais velhos, há anos atrás de estímulos? Simplesmente:
responsabilidade, esperança, alegria!
Esperança
que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje
os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para que o estudo?
Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens?
Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de
ir a piqueniques, subir em árvores?
E, nas
aulas, havia respeito, amor pela Pátria. Cantávamos o Hino Nacional
diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos, ao contrário de
hoje, ler, escrever e fazer contas com fluência, sem brincar com celulares
durante as aulas. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª série – não havia
aprovação progressiva. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame
de admissão. E tínhamos motivação para isso. Não nos prometiam recompensas para
passarmos de ano. A recompensa era o sabor da conquista pessoal.
Nossa Senhora Aparecida, Mãe, Rainha
e Padroeira do Brasil proteja nossas crianças e Santa Teresa de Jesus, Doutora,
incentive nossos Professores!