Pe. Gilberto
Kasper*
No último domingo, celebramos a Festa
da Sagrada Família de Jesus, Maria e José! “É bastante recente a origem
da festa da sagrada família. Bento XV determinou sua celebração a toda a Igreja
em 1921, fixando-lhe o domingo dentro da oitava da Epifania. No entanto, com a
reforma do calendário romano, passou a ser celebrada no segundo domingo dentro
da oitava do Natal, deixando a data anterior para a festa do Batismo do Senhor.
Caso não haja domingo dentro da oitava, celebra-se no dia 30 de dezembro.” A
Festa da Sagrada Família tem três razões de muita importância para mim: A
Igreja Matriz em que fui batizado no dia 16 de junho de 1957, na minha cidade
natal de Três Coroas (RS); onde celebramos a Missa de Exéquias de meu pai, dia
16 de janeiro de 1962 e onde celebrei uma de minhas primeiras Missas no dia 28
de janeiro de 1990 é colocada sob o patrocínio da Sagrada Família! Na mesma
Igreja Matriz fui crismado, ainda criança, dia 2 de novembro de 1959, pelo
então Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre (RS), Dom Vicente Alfredo,
Cardeal Scherer! Minha gratidão àquela Comunidade de Fé é incalculável!
“O sentido desta festa afina-se com
o sentido teológico do Natal/Epifania, ou seja, é manifestação do Senhor, na
realidade familiar, como conseqüência de sua encarnação: veio para fazer parte
da família humana, vivendo na obediência e no trabalho de uma família concreta,
com todas as suas tensões e contingências, alegrias e dramas. A família de Nazaré,
única e irrepetível, é indicada como modelo para qualquer família cristã.
Na perspectiva da encarnação, o
mundo e a humanidade tornam-se também a família sagrada de Deus, lugar de
comunhão e de fraternidade universal.
Celebrando a Sagrada Família, valorizamos
a vida de nossas famílias com suas alegrias e sofrimentos, conquistas e
conflitos, como santuário da vida, lugar privilegiado da vivência da
gratuidade, do amor, do perdão, do exercício de relações verdadeiras, da
prática da misericórdia, da partilha e da solidariedade, sacramento do mundo
novo.
Nesta celebração, o Pai nos convida
a entrar no mistério sempre atual da Encarnação do Filho, hoje, na realidade de
uma família. Convida-nos a assumir o caminho de Jesus, como Maria e José, que
acolheram seu destino e foram fiéis a Deus mesmo dentro das vicissitudes e
dificuldades da vida” (cf. Roteiros Homiléticos do Tempo do Natal de 2013 da
CNBB, pp.51-52).
Desejando a todos abençoado Ano
Novo, cheio de novas esperanças, ao Rei
dos Séculos Imortal e Invisível honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!
*pe.kasper@gmail.com
Mestre
em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor
Universitário, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico,
Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão
Preto e Jornalista.