Gosto
de pensar que só tem autoridade aquele que fala, age, vive e convence pela coerência e por meio do bom senso. Geralmente as pessoas
constituídas de autoridade, quando incoerentes entre o que pensam, falam e
fazem, são fortes diante dos fracos, porém fracas diante dos fortes. Forte é
quem age com sabedoria e transparência. Forte é quem cumpre com a palavra e
convence pelo exemplo de vida. Forte é o amigo da verdade e que não consegue mentir, nem que o sistema no qual se
encontra inserido, ou a sociedade hipócrita que se lhe impõe viver de
aparências, tentem induzi-lo à mentira, não poucas vezes deslavada e
vergonhosa.
O
projeto que pune abuso de autoridade de juízes e procuradores e que ainda é
criticado pelo Judiciário continua tramitando no Congresso Nacional. Há entre deputados
e senadores eleitos e reeleitos muitos interessados em intimidar o Poder
Judiciário. Principalmente os que há décadas se utilizem de seus cargos,
sobrevivendo de falcatruas que enriqueceram ilicitamente, desviando valores
volumosos de seus destinos, lesando desse modo milhões de brasileiros de seus
direitos e acesso à saúde, educação, infraestrutura e necessidades básicas.
É no
mínimo estranho que se busquem foros privilegiados aos que eleitos para servir
a nação, simplesmente a roubam e ainda se sentem no direito de vergonhosa
blindagem. A lei deve ser aplicada a todos igualmente: aos que roubam um pote
de margarina num supermercado, e que geralmente são presos em flagrante, como
aos que roubam milhões de reais para viverem escandalosamente enriquecidos com
o suado dinheiro destinado ao bem-estar dos brasileiros, que tantas vezes são
vítimas de vilões vestidos de terno e gravata, posando de “senhores da lei”. Os
que legislam em proveito próprio e em detrimento dos trabalhadores honestos
deste País campeão da disparidade entre pobres e falsos ricos. Penso nos falsos
ricos, quando me refiro àqueles que só conseguem enriquecer materialmente
“roubando, corrompendo e desviando” dinheiro alheio. Penso naqueles (não são
todos) que igualmente incitam seus Colegas de Câmara Federal e Senado a
“calarem Juízes e Procuradores da República” com a desculpa de hermenêutica
equivocada em relação à corrupção e verbas desviadas de suas verdadeiras
finalidades. Blindar homens públicos como esses, é institucionalizar o crime de
maus políticos!
Como se faz necessário que o
Poder Judiciário seja mais ágil no julgamento dos processos. Que as sentenças
não se reduzam a prisões, delações (colaborações) premiadas, mas na repatriação dos
valores roubados.
Se a Justiça fizer com que
sejam devolvidos os rombos da corrupção, da propina e de tantos outros desvios
de verbas, seguramente não faltariam recursos para a Saúde, Educação,
Previdência Social, Necessidades Básicas de nosso Povo que é bom, pacífico e
não merece continuar sendo enganado por uma dezena de maus políticos, que
comprometem toda a classe e semeiam desesperança no coração de um povo tão
cheio de vida e de esperança por dias melhores.