A Hierarquia da Igreja Católica Apostólica Romana encontra a
origem de suas Estruturas na escolha que Jesus Cristo faz dos seus doze
Apóstolos. Ele os prepara para constituir uma Igreja Ministerial, Missionária,
Apostólica e Salvadora. Escolhe um entre os doze, para coordenar a
Colegialidade Eclesial: Cefas, que passa a chamar-se Pedro,
que significa pedra,
sobre a qual Jesus mesmo edifica Sua Igreja. Um o trai: Judas Iscariotes, que
depois é substituído por Matias, cujo nome significa "dom de Deus". Desde
então a Igreja nunca ficou órfã de Papa. O Pedro de hoje é Francisco.
Com facilidade criticamos a instituição, até mesmo porque é formada por
pessoas, mas conduzida desde o começo pelo Espírito
Santo. Assim como Pedro, Francisco abandona tudo, até o próprio
nome, para "gastar-se” em favor da Igreja de Jesus Cristo a quem
serve. Gosto de pensar na grandiosidade de uma pessoa humana que abandona tudo,
que nem volta mais para sua própria casa, a fim de se despedir ou escolher o
que levar ao lugar de onde deverá governar absolutamente "esvaziado de si
mesmo" a Igreja do Senhor. Foi por isso que o Papa São
Paulo VI, chegando às margens do Lago de Genezaré, onde Pedro foi confirmado
pelo próprio Cristo o primeiro Papa, disse: "Este é para mim o lugar mais importante da Terra
Santa, pois mostra que meu serviço na Igreja não é em vão..."
O Papa não
governa a Igreja sozinho. Inspirado e conduzido pelo Espírito Santo, tem o
Colégio Cardinalício, os inúmeros Dicastérios no Vaticano, onde é o Chefe de
Estado, que o assessoram. Porém, o maior Colégio Apostólico é formado pelos
Bispos do mundo inteiro, que são os sucessores dos Apóstolos e, a partir de suas
Dioceses, em profunda comunhão com o Papa, que é o Bispo de Roma, continuam a missão evangelizadora
e missionária da Igreja do Senhor.
Também os
Bispos não governam sozinhos suas Dioceses. Eles vivem seu ministério episcopal
em comunhão com o Presbitério, que são os Padres, com o Clero, que são os Diáconos,
os Ministros das diversas dimensões pastorais e sacramentais. A Diocese tem um
Colégio de Consultores, um Conselho de Presbíteros, um Conselho de Pastoral e
de Assuntos Econômicos que ajudam no governo da Igreja particular. As Dioceses
são formadas pelas Paróquias, que por sua vez tem as diversas Comunidades,
Religiosos e Religiosas, Movimentos, Serviços e que são divididas em
Foranias, regiões pastorais no âmbito territorial da mesma Diocese. Cada país e
cada continente tem suas Conferências Episcopais, que procuram traçar caminhos
para a evangelização da Igreja. As Conferências são divididas em Regionais e os
Regionais em Províncias Eclesiásticas ou Sub-Regionais, que tem seu Arcebispo,
cuja missão é promover a colegialidade, a unidade e fraternidade entre as suas
Dioceses sufragâneas. Dom Moacir Silva é o Arcebispo da Arquidiocese de
Ribeirão Preto, que tem oito Dioceses sufragâneas: Barretos, Catanduva, Franca,
Jaboticabal, Jales, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Votuporanga.
Desde o século IV a Festa da Cátedra de São Pedro, celebrada no
dia 22 de fevereiro, salienta a missão atribuída a Pedro, princípio e
fundamento visível da unidade da Igreja. Lembra e celebra a missão,
especialmente dos Bispos e demais ministros ordenados, de cuidar do povo com o
mesmo coração generoso de Jesus, pastor por excelência.
Neste ano “omite-se” a Festa da Cátedra
de São Pedro por ser a Quarta-Feira de Cinzas, que marca o início da Quaresma e
o lançamento da Campanha da Fraternidade com o tema “Fraternidade e Fome” e o
lema “Dai-lhes vós mesmos de comer!” (Mt 14,16). Celebraremos às 7 horas a
Missa com a imposição das Cinzas na Igreja Santo Antoninho, Pão dos Pobres na
Avenida Saudade, 202 nos Campos Elíseos e às 19 horas na Igreja Santa Teresa D’Ávila
no Jardim Recreio em Ribeirão Preto Preto.