Padre
Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e
Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor
Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão
Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da
Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Teresa D’Ávila e Reitor da
Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e
Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com
No
Brasil a Igreja realiza durante o ano cinco grandes coletas. Essas coletas
devem ser remetidas aos seus destinos e jamais retidas nas Comunidades que as
realizam.
A primeira coleta é a da solidariedade, realizada no
domingo de ramos, frutos saborosos das campanhas da fraternidade e dos
exercícios quaresmais, destinada aos incontáveis projetos de ação social das
comunidades tanto diocesanas, como nacionais; a segunda é para os lugares
santos, tão bem cuidados por nossos irmãos franciscanos na Terra Santa,
realizada na sexta-feira santa da paixão do Senhor; a terceira é o Óbolo de São
Pedro, realizada no dia do papa, com a qual o Santo Padre socorre, em nome dos
católicos do mundo inteiro, povos em extrema situação de vulnerabilidade,
consequentes de enchentes, terremotos, guerras, fome, cataclismas diversos, etc.;
a quarta é a das missões, realizada no Dia Mundial das Missões, que ajuda
nossos missionários no anúncio do Reino de Deus mundo afora, e a quinta coleta
é para a evangelização, destinada à manutenção das dezenas de projetos
pastorais Brasil afora, realizada no terceiro domingo do Advento.
Costumo sugerir ao amado povo de Deus presente nas
Comunidades que sirvo, que as coletas devem ser a partilha de nossa pobreza.
Não devemos colaborar por mero desencargo de consciência. A coleta deve ser o
resultado ou os frutos de algo que gostamos muito e, que abrimos mão em favor
dos que se beneficiarão com nosso sacrifício, abstinência ou penitência. Alguma
guloseima, algo supérfluo, gasto não poucas vezes em tantas coisas
desnecessárias. Por um mês ou certo período fazer o bom propósito de deixar de
consumir algo que não será necessário para nossa saudável sobrevivência, e
depositar tal valor não gasto, mas economizado, no envelope ou na cestinha no
dia de determinada coleta em nossa comunidade de fé, oração e amor. Não tenho
dúvidas de que é essa coleta, proveniente de tal exercício de abstinência, que
mais agrada o coração de Deus, e mais servirá para quem necessita da partilha
de nossa pobreza.
Nas celebrações do próximo final de semana
(dias 22 e 23 de outubro), em todas as Comunidades do mundo realizar-se-á a Coleta
das Missões! Ao longo das primeiras semanas de outubro, distribuímos
envelopes para serem devolvidos numa dessas celebrações, contendo a partilha de
nossa pobreza. As Cúrias destinarão o resultado de nossa doação, e não simples
esmola, às Pontifícias Obras Missionárias!
Também
nossa Arquidiocese de Ribeirão Preto mantém projetos missionários com
Sacerdotes presentes em campos missionários: Padre Acássio Ferreira Rocha no
Quênia (África), o Padre Edmário Bezerra Gomes na Paróquia São Sebastião do
Uatumã na Prelazia de Itacoatiara (AM), o Padre Aparecido Donizeti Maciel na
Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Careiro da Várzea (AM), o Padre
Rodrigo Barcelos na Paróquia Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos em Manaus
(AM), e nem por último, o Padre Gabriel Balan Leme na Paróquia Nossa Senhora
Desatadora dos Nós no Parque Cristo Redentor, no Jardim das Oliveiras, a
Paróquia Missionária criada por nosso Arcebispo Metropolitano, Dom Moacir
Silva, no Ano Missionário de 2019.
Que
a Beata Paulina Jaricot e os padroeiros das missões, São Francisco Xavier e
Santa Teresinha, nos inspirem a sermos testemunhas missionárias até os confins
do mundo, todos os dias de nossa vida!