Pe. Gilberto Kasper
Mestre
em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em
Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro
de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro
do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Reitor da Igreja
Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
A ABERTURA DA SEMANA SANTA acontecerá no próximo domingo, dia 14
de abril, quando na Igreja Santo Antoninho, Pão dos Pobres, celebraremos no
Átrio a Bênção dos Ramos às 9 horas. Logo a seguir caminharemos em procissão ao
interior de nossa Igreja, para a Celebração Eucarística, na Avenida Saudade,
202, nos Campos Elíseos em Ribeirão Preto.
Com o DOMINGO DE RAMOS,
descortina-se a Semana Santa em que a Igreja celebra os mistérios da salvação
levados a cumprimento por Cristo nos últimos dias da sua vida, a começar pela
entrada messiânica em Jerusalém.
Os ramos abençoados que levamos para nossas casas, após a
celebração, lembram que estamos unidos a Cristo na mesma doação pela salvação
do mundo, na labuta árdua contra tudo o que destrói a vida.
Se durante a Quaresma fizemos o propósito de “não falar mal de ninguém”, o DOMINGO
DE RAMOS que abre a grande Semana Santa nos convida ao balanço:
conseguimos não falar mal de ninguém ao longo deste grande deserto em
preparação à festa da Páscoa? Os pregos de hoje, que crucificam Jesus na pessoa
do próximo é, frequentemente a língua
felina, que mente, calunia, difama, destrói a oportunidade de o outro
crescer. Muitas vezes por pura inveja. Quantas vezes não suportamos
que o outro seja melhor!
É também o domingo da prestação de contas de todos os nossos exercícios quaresmais de oração com
melhor qualidade, de jejum consciente, pensando naqueles que não têm o que
comer todos os dias e, finalmente a profunda, sincera e generosa caridade!
Sejamos honestos e devolvamos, no espírito da COLETA DA SOLIDARIEDADE
os frutos saborosos colhidos em benefício dos que tem menos do que nós. A
entrega de nossa partilha deverá ser o que na verdade deixamos de consumir na
Quaresma. O resultado da Coleta será entregue integralmente na Cúria pelos Padres
ou Colaboradores Paroquiais. Ninguém terá o direito de reter qualquer centavo
desta, que é a Coleta da Fraternidade. Não deixemos que nenhum “tráfico corrupto”
desvie a coleta de sua verdadeira finalidade! Isso seria feio e grave pecado
contra a justiça! Fraternidade e Políticas Públicas conta com nossa
honestidade! “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Cf. Is 1,27).
Como viver a profecia contra as injustiças políticas e sociais, se
nós mesmos não formos honestos na destinação total da Coleta
da Solidariedade?