Pe. Gilberto Kasper
Mestre
em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em
Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente na Associação
Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo Educacional da UNIESP, Assistente
Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da
Comunicação e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de
Ribeirão Preto e Jornalista.
A
Jornada Mundial da Juventude – JMJ - realizada em Cracóvia, na Polônia, gravou
em nossa memória imagens vibrantes de esperança, alegria, fé, amor,
fraternidade e solidariedade. Jovens de todas as partes do mundo se
mobilizaram, se sacrificaram, abriram mão de suas vaidades e se uniram em torno
de um testemunho de fé em Jesus Cristo, o Jovem que encanta outros jovens a
continuar sua missão.
A imprensa brasileira pouco falou
dessa Jornada, diferentemente das Olimpíadas que invadiram os cenários das
redes sociais, especialmente televisivas. Quanto faturaram as emissoras que
transmitiram as competições por uma medalha? Quanto custou aos cofres públicos,
mantidos pelos que ainda têm algum trabalho digno, a abertura e o encerramento
deste evento que enriqueceu a Cidade Maravilhosa? Pelo menos duzentos e setenta
milhões, mesmo que se afirme que não bastaram para o encerramento.
Mas
o importante é que os jovens participantes deixam uma lição interessante para
os que governam as nações e detêm nas mãos o poder de governo e de formar
opiniões. A juventude pode salvar a sociedade que está morrendo sufocada em
seus interesses mesquinhos e sofre por achar que se vive bem sem Deus. Todos os
males de nosso tempo têm sua origem no fato de o ser humano se achar um “super”
astro ou atleta e, com sua inteligência insuperável, pensar que pode tomar o
lugar de Deus. E já sabemos no que isso vai dar...
Quando os jovens se mobilizam por
uma causa, abrem mão de si, deixam seus interesses em segundo plano e se
dedicam ao “bem” que se reparte e se faz bem comum; se empolgam com o que pode
se transformar em gesto de amor, mas rejeitam o que signifique egoísmo ou que
diminua a pessoa humana.
A Jornada Mundial da Juventude é uma
demonstração de que nossos jovens não são como folhas levadas pelo vento;
também não são massa de manobra de lideres sem escrúpulos que prometem e não
entregam. Nossos jovens, como tantos jovens vivem no mundo sem ser mundanos,
escutam Jesus que lhes fala ao coração e lhes ilumina a vida; estão sujeitos a
erros e quedas, porém sentem-se amparados pela Mãe Igreja que os ampara e
acolhe. Podem ser fermento de uma sociedade que deve ressurgir desses escombros
de violência, terrorismo, corrupção, tráfico de drogas...
Os milhões de participantes da JMJ
voltaram para nossas comunidades com a certeza de que precisam “sair dos sofás
e calçar o tênis” para a missão e o anúncio da misericórdia; trazem o desafio
de se fazerem ouvir pela sociedade que não respeita a vida alegre que pulsa no
coração do jovem que se deixa encantar por Jesus Cristo.
Em tempo de Campanha Eleitoral,
nossa Juventude renova nossa esperança por tempos melhores, principalmente
alimentados pelo recente XVII Congresso Eucarístico Nacional celebrado em Belém
do Pará.
(Em parceria com o Pe. João Paulo Ferreira Ielo, Pároco
da Paróquia Imaculada Conceição de Mogi Guaçu – SP)