Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
Em seu itinerário,
Jesus neste Décimo Terceiro
Domingo do Tempo Comum toma a
firme decisão de partir para Jerusalém, lugar culminante de seu ministério
pascal, de sua entrega definitiva ao Pai. Aos poucos, os seguidores de Jesus
vão compreendendo o que significa tomar a cruz, renunciar a si mesmo e optar
por Ele. A adesão incondicional à pessoa de Jesus, a obediência absoluta a Ele
é ato libertador. Portanto, este caminho é feito na liberdade, ou seja, uma
vida vivida segundo o Espírito, com as exigências próprias do caminho
escolhido.
Ao longo de seu
ministério, Jesus chamou discípulos para serem seus colaboradores no anúncio da
Boa-Nova do Reino. Com palavras, ações e testemunho. Ele mostrou que, para
segui-lo, é necessário estar aberto e pronto para partilhar sua vida e missão.
Como Jesus Cristo, o seguimento exige entrega total nas mãos de Deus,
capacidade de assumir os desafios, de colocar o Reino como prioridade maior.
Diante dos apelos de Deus, é impossível permanecer fechado em interesses
particulares.
Deus é o nosso Pai
amoroso que deseja que vivamos, não de forma oprimida como escravos, mas como
filhos e filhas livres. Ele enviou seu Filho para ser nosso modelo e guia na
caminhada. Jesus veio perdoar e salvar todas as pessoas. Por meio de palavras e
ações misericordiosas, Ele nos ensina a servir com gratuidade, amar e perdoar
de forma incondicional. Como Tiago e João, precisamos nos libertar dos
preconceitos e ser tolerantes em relação aos que têm ideias diferentes das
nossas.
A adesão total à
proposta de Jesus Cristo, pela fé e missão, nos liberta de todas as formas de
escravidão. Quem se dispõe livremente a seguir Jesus compromete-se a viver a
lei suprema do amor. Como fruto do Espírito, o amor orienta toda a vida dos
discípulos e das discípulas de Jesus. O amor gratuito de Deus, revelado de modo
especial através da vida, morte e ressurreição de Jesus, suscita ações
solidárias nas comunidades. Deus escolhe pessoas dispostas a trabalhar em seu
Reino.
Quando foi chamado,
Eliseu já tinha uma profissão, estava acostumado a trabalhar. Mas ele se deixa
transformar pela Palavra de Deus e compromete-se a servi-lo de forma mais
radical. Como Eliseu, somos chamados a desempenhar um ministério na comunidade.
A resposta ao chamado requer despojamento para seguir livremente o Evangelho,
assumindo o compromisso de trabalhar com disponibilidade e generosidade.
Fortalecidos pelo Espírito, sejamos testemunhas de Jesus, sinais de amor e
esperança.
No próximo domingo
celebraremos a Solenidade de São Pedro e São Paulo. Embora a data seja dia 29
de junho, nós no Brasil celebramos esta festa no domingo seguinte por não ser
feriado. Será o Dia do Papa. É nesta festa que a Igreja Católica Apostólica
Romana, faz a Coleta do Óbolo de São Pedro. Esta coleta é enviada à assessoria
do Papa Francisco, que em nome de todos os Católicos do mundo, utiliza esta
partilha de nossa pobreza, para socorrer pessoas em situações de catástrofes e
calamidades. Sejamos generosos nesta Coleta, levando à Celebração do Dia do
Papa nossa sincera participação material, resultado de um coração solidário,
que pensa naqueles que sofrem mais e tem menos do que nós.
Desejando-lhes muitas
bênçãos, com ternura e gratidão, o abraço fiel,
Pe. Gilberto Kasper
(Ler: 1 Rs 19,16.19-21; Sl 15(16); Gl 5,1.13-18 e Lc 9,51-62).
Fontes: Liturgia da Paulus de Junho de 2016, pp. 86-88
e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum I (Junho de 2016), 46-50.