SER MÃE!
O mês
de maio começa celebrando a Festa de São José, operário, embora seja bem mais
dedicado à MULHER! Comemora as Noivas, as Mães e é considerado pelos cristãos
católicos, um mês dedicado à MARIA, Mãe de Jesus. O convite do Papa Francisco,
especialmente para o mês de maio, é que rezemos em Família, todos os dias, o
Terço. Será a Igreja Doméstica pedindo proteção a todos os filhos de nossa Mãe
comum. “A Família que reza unida, permanece unida”, especialmente diante de tantos
desafios e dificuldades!
Gostaria
de refletir muitos temas, mas pensei em escrever algo sobre o sentido da maternidade
cristã, a partir das milhares de mães que assumem seus filhos sozinhas.
São as que nossa sociedade chama de “mães
solteiras”! É interessante observar que nunca ouvi ninguém chamar uma mãe,
casada, direitinho, ou cujo pai assume com ela os filhos, de “mãe casada”!
Continuamos
com o péssimo hábito de discriminar as pessoas, vivendo, muitas vezes, às
escondidas, disfarçando gravidez antecipada, aliás, nas últimas décadas, a maioria
das crianças nasce aos sete meses, ou me engano? Casamentos ou contratos de
estabilidade conjugal forçados, que não passam de hipocrisia, para não admitir,
ou então não se sentir motivo de conversinhas de vizinhos maldosos seriam
válidos? Certamente a gravidez simplesmente, sem a certeza do amor gratuito,
com sabor divino, profundo e verdadeiro, não é razão suficiente para “mentir” fidelidade diante de
testemunhas, de ministros assistentes a matrimônios com aparatos
megalomaníacos, como fotografias, filmagens, festas em renomados espaços de
elegância exacerbada. São simplesmente nulos. Não acontece então o verdadeiro
sacramento, eis uma farsa.
Penso
que estaria na hora de revermos o verdadeiro sentido da maternidade cristã. O
que significa ser mãe, com ou sem parceiro? Ser mãe implica uma vocação
específica, sublime, nobre e abençoada por Deus, o Criador. Ser mãe é gerar
vida com amor. Para ser mãe de verdade, é preciso “fazer amor” e não simplesmente relação sexual por mero prazer
hedonista. É, por isso possível, dissociar vocação ao matrimônio da vocação
materna? Penso que não. Quem se casa sem querer constituir Família, utiliza-se
de uma Instituição Sagrada: A Família, colocada de bruços nas últimas décadas, que
continua sendo a célula da sociedade. Precisa urgentemente ser reerguida e
reassumida por pessoas que ainda acreditam em valores humanos e promovem a
pessoa na sociedade, que ao contrário, a coisifica.
Quero,
neste mês de maio, prestar minha homenagem muito terna, às mães que chamam de “solteiras”: mulheres corajosas,
especiais, que desempenham também o papel de pais, para educar e amar
divinamente os filhos que geraram, tantas vezes com dificuldades impostas pela
própria família, pelos parentes e por uma sociedade que precisa ser mais
amorosa, fraterna e misericordiosa com elas. Quem julga, fala mal, condena e
determina a sentença sobre qualquer pessoa e seu comportamento, ousa
prepotentemente ser deus sobre o outro. Minha ternura a todas as Mães do mundo,
sobre as quais invoco as bênçãos da Sagrada Família de Jesus, Maria e José!
Pe. Gilberto Kasper
Teólogo