Padre
Gilberto é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia,
Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no
CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente
Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da
Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Teresa D’Ávila e Reitor da Igreja Santo
Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
Contato: pe.kasper@gmail.com
“A
cada discussão, a cada reunião, a cada voto consciente, a cada momento em que
um cidadão se decide a favor da honestidade, do bem comum e contra a corrupção aprimora-se,
em mútua cooperação, a democracia. A democracia deve conduzir a eleição no
próximo domingo!
Ao
nos aproximarmos das urnas, devemos ter consciência de que – embora o voto
constitua um momento privilegiado de participação cidadã numa democracia representativa
– está longe de encerrar-se a responsabilidade cristã. A decisão consciente de
votar em candidatos que representem os valores cristãos é um passo importante,
mas não é o único. É preciso que, como cristãos, continuemos a contribuir para
que haja diálogo que aponte às mudanças necessárias na consolidação de uma
cidadania inclusiva, de modo a garantir que a sociedade possa participar e
exercer democraticamente o poder político.
O
eleitor consciente deve conhecer o passado de seu candidato e averiguar se o
discurso e a prática por ele apresentados se conformam aos valores da ética e
do bem comum. É preciso também exercer a missão profética de todo cristão e
manter uma atitude de fiscalização e vigilância. Diante de irregularidades, é
necessário denunciar. “O silêncio e a omissão também são responsáveis pela
deterioração da democracia” (cf. Dom Moacir Silva).
É
necessário estar atento aos discursos e às promessas que nunca são cumpridas.
Não é possível votarmos em candidatos que não apresentem “Projetos que visem o Bem de TODOS!”,
e não apenas de grupos, principalmente os patrocinadores das campanhas. Esses
não dão nada de graça. Quem financia campanhas, geralmente espera algum retorno
pessoal e não comum. Muitos prometem o óbvio que na verdade, não cumprirão:
saúde de qualidade; educação de excelência, segurança e tantos outros, que
devem ser o retorno dos impostos mais elevados pagos no mundo, para manter
vilões e agiotas institucionalizados. Ninguém deve ser eleito só porque promete
aplicar com justiça e ética, os recursos provenientes dos próprios cidadãos,
que, depois de elegerem seus representantes, lhes devem reverência. Devemos
eleger aqueles que vivem para servir, e não os que se rogam o direito de
sentirem-se “donos de seus eleitores”. Os brasileiros passam muitas
dificuldades, que precisam urgentemente da atenção dos que serão eleitos
secreta e livremente no próximo domingo. Penso muito nos representantes mais
diretos do povo: os deputados estaduais, os deputados federais e os senadores,
que escrevem as leis do País e deixam ou não os Governadores e Presidente da
República decidirem, ao invés do bem dos congressistas, pelo bem comum do
próprio povo brasileiro.
Vamos todos votar e deixar com que a democracia conduza a
eleição. Durante os próximos quatro anos colheremos aquilo que plantarmos nas
urnas nas eleições já à nossa porta. Vamos ouvir nossa consciência, que será
nossa melhor conselheira diante das urnas, para elegermos pessoas que realmente
promovam a dignidade de nosso povo! Deus abençoe as próximas eleições! Nossa
Senhora Aparecida, Mãe, Rainha e Padroeira do Brasil nos proteja ainda mais nas
eleições já tão próximas!