Padre
Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e
Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor
Universitário, Docente e Coordenador da Teologia na Associação Faculdade de
Ribeirão Preto do Grupo da UNIESP S.A., Assistente Eclesiástico do Centro do
Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Reitor da Igreja
Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
Contato: pe.kasper@gmail.com
No próximo
domingo, dia 2 de julho celebraremos a Solenidade de São Pedro, o Primeiro Papa
da Igreja Católica Apostólica Romana. Desde então, a Igreja nunca ficou órfã de
Papa, porque foi Jesus mesmo que confirmou o primeiro Papa. O Pedro de nossos dias, eleito dia 13 de março
de 2013 é Francisco, o Papa da
Misericórdia e Ternura! Foi no dia do Papa (29 de Junho) que nosso
Arcebispo Metropolitano, Dom Moacir Silva, recebeu sobre os
ombros o Pálio, um colar de lã que o
próprio Sucessor de Pedro entrega aos demais sucessores dos Apóstolos, que têm
confiado uma Província Eclesiástica, uma Arquidiocese, como é a de Ribeirão
Preto. Nossa Província é formada por nove Dioceses, onde cada Bispo é autônomo.
Além da Sé Metropolitana de Ribeirão Preto, constituem nossa Província as
Dioceses de Barretos, Catanduva, Franca, Jaboticabal, Jales, São João da Boa
Vista, São José do Rio Preto e Votuporanga. O serviço do Arcebispo é de
confirmar as nove Dioceses na Unidade, Comunhão e certa Pastoral de Conjunto.
Na
verdade, o que celebramos na Solenidade de São Pedro e São Paulo não são os
méritos destes apóstolos. O que celebramos é o Senhor mesmo que escolheu e
enviou estes apóstolos, para serem seus principais parceiros no grande mutirão
em favor da vida, inaugurado pelo mistério pascal de Cristo e assistido pelo
dom do Espírito Santo.
São
Pedro e São Paulo, ao lado de São João Batista e Santo Antônio, são santos
muito estimados pelo nosso povo brasileiro; são alegremente festejados pela
religiosidade popular deste país, compondo assim nossas tradicionais festas
juninas. A tradição dos Santos Juninos é portuguesa e foi assumida pelos Índios
e Escravos do Brasil, tornando-se uma das principais festas, especialmente no
Nordeste. Lá são celebrados por um mês inteiro.
No
Dia do Papa que solenizamos no primeiro domingo de julho, por não ser feriado
no dia 29 de junho no Brasil, faz-se a Coleta do Óbolo de São Pedro. São as
Comunidades Católicas Apostólicas Romanas do mundo inteiro que partilham de sua
pobreza, sendo generosas e oferecem, livremente, parte do que lhes pertence a
quem tem menos. O Papa, por meio de sua assessoria, utiliza o resultado desta
Coleta para socorrer, em nome da Igreja do mundo inteiro, nossos irmãos que
sofrem dificuldades: as vítimas da fome (continuam passando fome diariamente no
mundo, segundo a ONU mais de 1 bilhão de pessoas); as vítimas de enchentes,
tornados e guerras, essas sempre tão estúpidas. Enquanto o Vaticano envia
auxílio aos nossos irmãos em situações de risco, é justamente nossa oferta que
alivia as dores de tantos sofredores, pois o faz em nome de cada um e de todos
que se sentem Católicos Apostólicos Romanos e vivem inseridos e comprometidos
como tal. Agradecemos a generosidade de todos que pensam naqueles que têm menos
do que nós. As Comunidades enviarão toda a coleta à Cúria Metropolitana,
que fará chegar ao destino certo nossa participação consciente, com sabor de
fraternidade e ternura!