Pe. Gilberto Kasper
Mestre
em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em
Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente na Associação
Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo Educacional da UNIESP, Assistente
Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo
Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Presidente do FAC –
Fraterno Auxílio Cristão e Jornalista.
Santo Agostinho de Hipona, um dos maiores sábios do Cristianismo,
afirmou que o desespero é a punição para aqueles que, voluntariamente, deixam
de acreditar na verdade e no amor de Deus. E qual é a melhor reação diante de
um quadro que quer nos arrastar para o abismo da tristeza e do desespero?
Devemos assumir nossas limitações e
fragilidades com o coração aberto.
Não podemos mudar o que a vida nos
reservou, mas temos capacidade, sim, de lidar com nossas perdas e frustrações.
Quando o corpo e a alma padecem, a razão e a fé podem nos dar novas respostas.
Não por acaso, São Francisco de
Assis fala da Esperança. Esperar em Deus. Esperar o novo, o bem. Esperar a vida
em abundância.
Esperança tem muito a ver com
perseverança. Perseverar em Deus. Não se trata de esquecer o que vivemos e
seguirmos como se nada tivesse acontecido. Podemos viver calejados, com
cicatrizes na alma, algumas vezes com momentos de dor, mas nunca perder a
Esperança de que dias melhores virão.
A Esperança não nos ilude, mas nos
faz caminhar com serenidade, acreditando que novas possibilidades surgirão,
como nos fazia ver o Papa Francisco quando ainda era Arcebispo de Buenos Aires:
“Caminhar, de certo modo, já é entrar
numa Esperança viva. Assim como a verdade, a Esperança é um dom que nos faz
seguir adiante e nos convida a acreditar que cada novo dia trará consigo o pão
necessário para a nossa subsistência”.
Como alpinistas da graça divina, precisamos seguir em frente. Do
meio das sombras nascerá a luz. Na hora da dor, brotará a verdadeira Esperança.
Bem por isso, iniciamos o rico tempo
em preparação ao Natal do Senhor, a Luz que veio iluminar os corações aquecidos
pelo Príncipe da paz, num Advento: Tempo de Esperança!