Outubro - Mês Missionário!
“Missão é
servir”!
“Quem quiser ser o primeiro seja o servo de todos” (Mc 10,44).
Meus queridos
Amigos e irmãos na Fé!
“Estamos no início do mês de outubro, mês missionário, do Rosário, da Juventude, Ano da Paz, Mês que sedia a partir de hoje até o dia 25, o Sínodo Ordinário dos Bispos, convocado pelo amado Papa Francisco, e que se ocupará com a
vocação e a missão da Família diante dos desafios de um mundo tão sedento de
Deus e valores.
As leituras do 27º Domingo do Tempo Comum apresentam uma temática sempre atual: a união matrimonial. Fruto do amor
de um homem e uma mulher, o matrimônio aparece como projeto de Deus para o ser
humano na busca da realização e da felicidade. Esse amor fiel, construído e
fundamentado na doação e na entrega, será para o mundo um reflexo do amor de
Deus para com o ser humano. Os textos bíblicos situam o debate em seu
verdadeiro horizonte, trazendo a intenção originária do Criador. Essa forma
enfatiza a fidelidade no matrimônio, proibindo explicitamente o divórcio. O
adultério é a ruptura de uma relação que deve ser concebida não como um simples
contrato legal, mas como uma disposição de vida, uma aliança estável, à
semelhança daquela que o mesmo Deus fez com seu povo, alimentada pelo amor e
não pela lei.
O ser humano foi criado para a
comunhão com os outros. A família, comunidade primeira da sociedade, é querida
e abençoada por Deus. Solidário conosco e nosso irmão, Jesus nos instrui sobre
o profundo sentido do matrimônio. Formamos família que vive a prática do amor
fraterno e busca tornar novas as relações entre homens e mulheres, superando
preconceitos e atitudes de dominação.
Os seres humanos foram criados para
viver em harmonia uns com os outros. Ao se encarnar, Jesus tornou-se solidário
com a humanidade, participando da mesma sorte. O projeto inicial de Deus é
homem e mulher vivendo o amor e o benquerer.
A liturgia proposta para este
domingo é uma reafirmação da vocação de todo ser humano: o amor. Sem ele a vida não deixa de ser uma experiência de solidão que
condena qualquer um à triste experiência da morte. Como diz São Paulo: “sem o amor, nada sou”.
Atualmente, a constante mudança dos
valores em nossa sociedade, apresentada principalmente pelos meios de
comunicação social, dificulta a fidelidade dos esposos. Em muitos casos, uma
simples dificuldade já serve de motivo para a separação. Existem uniões que já
começam praticamente pensadas para durarem determinado tempo: sem o sacramento,
com separação de bens...
A separação será sempre o fracasso
do amor. Só o amor eterno, manifestado em um compromisso indissolúvel, está de
acordo com o que o Criador nos ensinou, respeitando desta forma seu verdadeiro
projeto.
É interessante observar como o
Evangelho de Marcos, em sua primeira parte trata da fidelidade, do verdadeiro
matrimônio e das consequências do adultério. Deus faz aliança conosco. O matrimônio
também é uma aliança, que naturalmente implica
em fidelidade! Quando rompemos
a fidelidade, cometemos adultério. Sou até mais ousado, em pensar, que
facilmente nos “prostituímos”, traindo a aliança de Deus conosco! Isso
acontece quando mentimos, fingimos e maliciamos pessoas,
comportamentos, atitudes, eventos... Depois que Jesus, em casa, orienta seus
discípulos sobre o tema da necessária fidelidade em toda relação humana, acolhe
as crianças: “Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o reino
de Deus é dos que são como elas”.
Dois pensamentos merecem nossa
atenção. As características da criança que perdemos, tornando-nos adultos: sinceridade,
espontaneidade e pureza. Quando crescemos
tornamo-nos mentirosos, fingidos e maliciosos. Eis o convite a recuperarmos as
características das crianças. A outra questão a ser levada em conta, é que de
cada separação, divórcio ou infidelidade, quem mais sofre as consequências do
desamor, são as crianças. Os filhos de um casal que, muitas vezes, não passam
de um cruel acidente, susto ou simplesmente
um detalhe! Pode haver maior
irresponsabilidade, egoísmo, desumanidade e insensibilidade? Depois nos
perguntamos por que o mundo está tão enfermo, violento, deprimido e
desencantado! Ou levamos a sério o amor com sabor divino que nos é permitido
viver, ou não ousemos brincar de criaturas humanas, porque nem os animais são
tão selvagens como nossa arrogância e prepotência, de queremos ser deuses sobre os outros!
Inicia-se neste domingo até o dia 25
de outubro em Roma, o Sínodo Ordinário dos Bispos sobre A Família! Será a XIV
Assembleia Geral Ordinária, que tratará sobre o tema “A vocação e a missão da
família na Igreja e no mundo contemporâneo”!
Neste domingo,
levaremos os envelopes para a Coleta das Missões. Seja nossa partilha consciente e generosa. Não deixemos para
colocar nossa oferta no Dia Mundial das Missões, 18 de Outubro próximo. Naquele domingo devolveremos nossos
envelopes, contendo o resultado do esforço que fizermos ao longo desses dias,
partilhando de nossa pobreza, com os Missionários e as Missionárias do Mundo
todo, que com inúmeras dificuldades dependem de nossa oferta generosa, para
poder anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. Seja esta a nossa Coleta mais
consciente, porque realizada no Ano da Paz!
Desejando-lhes muitas bênçãos, com
ternura e gratidão o abraço amigo,
Padre Gilberto Kasper
(Ler Gn 2,18-24; Sl 127(128); Hb 2,9-11 e Mc 10,2-16)
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Outubro de 2015, pp. 22-25 e
Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo
Comum de Outubro de
2015, pp. 38-43.