Pe. Gilberto Kasper
Mestre
em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor
Universitário, Docente da Associação Faculdade Ribeirão Preto do Grupo
Educacional da UNIESP, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado
Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de
Ribeirão Preto, Presidente do FAC – Fraterno Auxílio Cristão e Jornalista.
O terceiro
Domingo do Advento, neste ano dia 14 de dezembro, é o chamado Gaudete,
o Domingo da Alegria! Ao aguardamos a vinda de uma pessoa querida e
identificando vários sinais que já confirmam sua chegada, a esperança brilha
com maior força e o empenho de preparação para sua vinda se transforma em
alegria. É o que experimentamos no terceiro domingo do Advento, chamado de
“domingo da alegria”, ou Gaudete.
Somos tocados por alegre júbilo pela proximidade da vinda do Senhor: “Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu
vos digo: alegrai-vos! O Senhor está perto” (cf. Fl 4,4-5). Esta será a
tônica motivadora de toda a celebração do terceiro Domingo do Advento!
Aquele
que esperamos, o Deus fiel que transforma
o deserto em jardim, que exerce a justiça a favor dos pobres e oprimidos, se
aproxima. E mais ainda, Ele já está entre nós e com ele preparamos o advento do
seu Reino. Vida plena e feliz para todos, oprimidos libertados em festa,
harmonia e solidariedade entre os povos, natureza preservada, são sonhos de
salvação ainda esperados por nós e alimentados pela nossa fé! Por iniciativa da
CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, iniciamos no primeiro domingo
do Advento o Ano da Paz, cujo encerramento será no Natal de 2015.
Faremos
no terceiro domingo do Advento, Gaudete,
a Coleta da Campanha da Evangelização. Nossa generosidade brota de nosso
compromisso de levar, com alegria, a boa nova da salvação a todos. Neste ano, a
Campanha da Evangelização tem como tema: “EVANGELI.
JÁ” e o tema: “Cristo é nossa paz” (Ff
2,14).
A
Coleta da Campanha da Evangelização é a participação concreta de toda a Igreja,
nas despesas que implicam o anúncio do Evangelho de sul a norte de nosso Brasil
com dimensões continentais. Por isso não deve ser uma simples esmola, ou uma
pequena migalha que nos sobra. Justa seria a Coleta, se cada cristão, ao
comprar um presente de Natal, ao orçar as despesas com as guloseimas e ceias de
Natal, ao enviar até mesmo seus cartões, partilhasse de sua pobreza em favor
dos que têm menos. Imaginemos como seria rica essa coleta, se cada católico
oferecesse em favor da Evangelização, pelo menos um por cento de seu décimo
terceiro salário. Os demais noventa e nove por cento, ficarão ao dispor de cada
um. Os que não recebem tal benefício, também poderão participar, oferecendo a
mesma porcentagem de tudo que recebem nestas três primeiras semanas do Advento.
Tanto essa Coleta que deverá ser entregue nas Comunidades, que por sua vez a
encaminhará à Cúria Metropolitana, como o dízimo mensal que oferecemos para
manter nossa Igreja e cuidar com maior zelo dos menos favorecidos, seria muito
mais agradável, quando dado de coração alegre e agradecido a Deus, a quem tudo
pertence, até mesmo o dom de nossa própria vida! Seja a Coleta da Evangelização, partilha
alegre de nossa pobreza!