Padre
Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e
Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor
Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão
Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da
Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Tereza de Ávila e Reitor da
Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e
Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com
A
Festa de Corpus Christi é a
celebração em que solenemente a Igreja comemora a instituição do Santíssimo
Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento
sai em procissão às nossas ruas; em
que os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom de Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa vida.
que os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom de Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa vida.
O
Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena,
onde vivia São Tomás de Aquino, informado do milagre eucarístico: da hóstia
consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a
consagração. Alguns dizem que isto ocorreu porque o Padre Pedro de Praga, da
Boêmia, Itália, teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia, então,
ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso
foi feito em
procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de
Orvieto, teria então pronunciado diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.
Em 11 de agosto de 1264 o Papa emitiu a bula "Transiturus de mundo",
onde prescreveu que na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, fosse
oficialmente celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor.
Em
1290 foi construída a belíssima Catedral de Orvieto, em pedras pretas e
brancas, chamada de "Lírio das Catedrais". Antes
disso, em 1247, realizou-se a primeira procissão eucarística pelas ruas de
Liège, como festa diocesana, tornando-se depois uma festa litúrgica celebrada
em toda a Bélgica, e mais tarde, em todo o mundo no séc. XIV, quando o Papa
Clemente V confirmou a Bula de Urbano IV, tornando a Festa da Eucaristia um
dever canônico mundial.
Em
1317, o Papa João XXII publicou na Constituição Clementina o dever de se levar
a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. A partir da oficialização, a
Festa de Corpus Christi passou a ser
celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima
Trindade. A celebração normalmente tem início com a missa, seguida pela procissão
pelas ruas da cidade, que se encerra com a bênção do Santíssimo.
É
uma ocasião ímpar de testemunhar nossa fé, de que a Eucaristia é a alma da
Igreja. Não existe Igreja sem Eucaristia. É, também, oportunidade de invocar
bênçãos sobre as famílias, os enfermos, os surrados pela vida, especialmente
pela Pandemia do Coronavírus, que assola tão drasticamente nosso País e o Mundo
inteiro. Que a Festa de Corpus Christi
deste ano tenha um sabor de menos violência, menos mentiras maquiadas de
verdades, menos corrupção, menos inveja, menos competição na busca de poder e
prestígio. Que a Festa de Corpus Christi
impulsione todos os cristãos de boa vontade a melhorarem sua qualidade de vida,
sendo Anjos uns dos outros!