INDECISOS PARA AS ELEIÇÕES DE 2018!
Pe.
Gilberto Kasper
Mestre
em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em
Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente e Coordenador da
Teologia na Faculdade de Ribeirão Preto da UNIVERSIDADE BRASIL e UNIESP S.A., Assistente
Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da
Comunicação e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de
Ribeirão Preto e Jornalista.
Constato que nossos fiéis em número razoável ainda se sentem
desmotivados e indecisos para as eleições de 2018, por conta do cenário
político caótico. Talvez essa seja a eleição mais atípica de todas, desde 1989.
Mesmo que muitos pensem que Religião e Política não devem se entrelaçar,
precisamos nos preparar para bem orientar nossas Comunidades. É preocupante que
aproximadamente 40% dos Brasileiros até o momento deixem escapar que anularão
seu voto, votarão em branco ou nem irão às Urnas.
Muitos confiarão as
Eleições deste ano à Igreja, que ainda lhes inspira certa segurança e buscam
com ela, a Igreja, novos horizontes e nova esperança. Como não somos
partidários e nem convém declarar nossa acepção a partido nenhum, precisamos
estar preparados e muito bem informados quanto aos candidatos que se apresentam
para os diversos cargos. A Campanha Eleitoral já começou com o primeiro Debate
promovido pela Rede Bandeirantes no dia 9 de agosto, que reuniu oito dos treze
Candidatos à Presidência da República. Foram três horas de “farpas”,
egocentrismo, demagogias, propostas, algumas delas até mesmo hilárias, mas
lançadas ao ar, a fim de que mais de um milhão e quinhentos mil telespectadores
comecem a formar consciência crítica sobre cada um deles. Nem sempre é
prazeroso assistir aos debates, apresentação de propostas, devaneios de alguns,
falta de postura e ética de outros, mas será através desses, que poderemos
desenhar em nossa consciência o que nos espera nas eleições deste ano.
Só seremos capazes de orientar bem nossas Comunidades, na medida
em que conhecermos as propostas dos candidatos ao Legislativo e Executivo. É
possível que sintamos o desejo de uma maior renovação nas Assembleias
Legislativas e no Congresso Nacional, não reelegendo Deputados Estaduais,
Federais e Senadores, mas arriscando em homens e mulheres que oxigenem a velha
política de caciques “embolorados”, porque colados há décadas numa dessas
cadeiras, usufruindo de privilégios descabidos em detrimento dos milhões de
cidadãos que acabam pagando absurdamente uma nobreza injusta, quando não
imoral.
Isso só será possível na medida em que exercermos nossa cidadania,
buscando o quanto possível, identificar quem são na verdade os candidatos. A
civilidade não nos permite afirmar que não votaremos em ninguém. Acompanhar os
debates dos presidenciáveis e conhecer bem os demais candidatos é tarefa
difícil e nem sempre agradável, porém a meu ver, necessária. Além do primeiro
debate na Band, teremos outros entre 17 de agosto e 4 de outubro, bem como os
horários de propaganda eleitoral.
A Igreja diante das Eleições de 2018, por meio de seus Agentes de
Pastoral e Líderes Religiosos, deverá orientar com fidelidade “apartidária”
todos os fiéis de suas Comunidades, que talvez encontrem uma luz de esperança
para um País mais justo numa palavra bem dita!