Padre Gilberto Kasper
é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista
em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente e Coordenador
da Teologia na Associação Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo da UNIESP,
Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da
Pastoral da Comunicação, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da
Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com
A Hierarquia
da Igreja Católica Apostólica Romana encontra a origem de suas Estruturas na
escolha que Jesus Cristo faz dos seus doze Apóstolos. Ele os prepara para
constituir uma Igreja Ministerial, Missionária, Apostólica e Salvadora. Escolhe
um entre os doze, para coordenar a Colegialidade Eclesial: Cefas, que passa a
chamar-se Pedro,
que significa pedra,
sobre a qual Jesus mesmo edifica Sua Igreja. Um o trai: Judas
Iscariotes, que depois é substituído por Matias, cujo nome significa "dom de Deus". Desde
então a Igreja nunca ficou órfã de Papa. O Pedro de hoje é Francisco. Com
facilidade criticamos a instituição, até mesmo porque é formada por pessoas,
mas conduzida desde o começo pelo Espírito
Santo. Assim como Pedro, Francisco abandona tudo, até o próprio
nome, para "gastar-se" em favor da Igreja
de Jesus Cristo a quem serve. Gosto de pensar na grandiosidade de uma pessoa
humana que abandona tudo,
que nem volta mais para sua própria casa, a fim de se despedir ou escolher o
que levar ao lugar de onde deverá governar absolutamente "esvaziado de si mesmo"
a Igreja do Senhor. Foi por isso que o Papa Paulo VI, chegando às margens do
Lago de Genezaré, onde Pedro foi confirmado
pelo próprio Cristo o primeiro Papa, disse: "Este
é para mim o lugar mais importante da Terra Santa, pois mostra que meu serviço
na Igreja não é em vão..."
O Papa não
governa a Igreja sozinho. Inspirado e conduzido pelo Espírito Santo, tem o
Colégio Cardinalício, as inúmeras Congregações e Dicastérios no Vaticano, onde
é o Chefe de Estado, que o assessoram. Porém, o maior Colégio Apostólico é
formado pelos Bispos do mundo inteiro, que são os sucessores dos
Apóstolos e, a partir de suas Dioceses, em profunda comunhão com o Papa, que é
o Bispo de Roma, continuam a missão
evangelizadora e missionária da Igreja do Senhor.
Também os
Bispos não governam sozinhos suas Dioceses. Eles vivem seu ministério episcopal
em comunhão com o Presbitério, que são os Padres, com o Clero, que são os Diáconos,
os Ministros das diversas dimensões pastorais e sacramentais. A Diocese tem um
Colégio de Consultores, um Conselho de Presbíteros, um Conselho de Pastoral e
de Assuntos Econômicos que ajudam no governo da Igreja particular. As Dioceses
são formadas pelas Paróquias, que por sua vez tem as diversas Comunidades,
Religiosos e Religiosas, Movimentos, Serviços e que são divididas em
Foranias, regiões pastorais no âmbito territorial da mesma Diocese. Cada país e
cada continente tem suas Conferências Episcopais, que procuram traçar caminhos
para a evangelização da Igreja. As Conferências são divididas em Regionais e os
Regionais em Províncias Eclesiásticas ou Sub-Regionais, que tem seu Arcebispo,
cuja missão é promover a colegialidade, a unidade e fraternidade entre as suas
Dioceses sufragâneas. Dom Moacir Silva é o Arcebispo da Arquidiocese de
Ribeirão Preto, que tem oito Dioceses sufragâneas: Barretos, Catanduva, Franca,
Jaboticabal, Jales, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Votuporanga.
Desde o século 4º a Festa
da Cátedra de São Pedro, celebrada no dia 22 de
Fevereiro, salienta a missão atribuída a Pedro, princípio e fundamento visível
da unidade da Igreja. Lembra e celebra a missão, especialmente dos Bispos e
demais ministros ordenados, de cuidar do povo com o mesmo coração generoso de
Jesus, pastor por excelência.