Pe.
Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e
Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor
Universitário, Docente na Associação Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo
Educacional da UNIESP, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado
Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação e Reitor da Igreja Santo Antônio,
Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato:
pe.kasper@gmail.com
Dezembro
se declina e aquela sensação de final de estrada, final de ano e fim de jornada
parece que se apossa de nosso coração. Conseguimos vencer mais uma batalha de
trezentos e sessenta e seis dias! Graças a Deus!
Continuam
os enfeites de Natal com as árvores e luzes que piscam e o ambiente também
continua ganhando sinais de festividade, a alegria que desponta vagarosamente e
assim continuamos respirando esperança. Nestes dias as cidades se enfeitaram,
as músicas criaram um clima diferente, as propagandas bateram pesado, fazendo
com que as pessoas quisessem comprar e gastar com o que não têm necessidade e
só aumentaram a despesa com o dinheiro que nunca será suficiente.
Vejo
as luzes enfeitando as casas, as praças, as árvores; a decoração dos ambientes
tentando, por vezes, disfarçar a realidade crua da falta de respeito à vida que
insiste em nos visitar, ou do amor que incansavelmente teima em nos amar. Os
índices de “natal satisfatório” se medem pelo volume de venda e lucro e não
pela satisfação e alegria das pessoas. Para os indicadores econômicos são
levados em conta o volume do dinheiro que circulou na venda do estoque e se o
resultado foi melhor que anos anteriores. Não levam em conta, nem tem o pudor
de pensar nas pessoas que se matam literalmente para satisfazer um desejo ou
sonho de um filho ou de alguém muito querido... A ótica do mercado, do ter e
poder vai tomando o lugar da ética, dos valores do Evangelho; aliás, o mercado
do consumismo não gosta de festejar o grande aniversariante do dia de Natal,
Jesus Cristo! Seus valores de amor e de partilha não combinam com quem só
deseja ter e comprar, lucrar e ganhar. Jesus, ao contrário ensinou que quem doa
tem mais alegria e quem serve aos irmãos é mais importante no seu Reino.
O
Natal de Luz é aquele em que a festa e o festejado é Jesus que vem se encarnar
para ensinar que amor não se compra nem se vende, amor ama simplesmente. Natal
iluminado não é o do pisca-pisca, mas da Estrela de Belém que continua a
sinalizar o carinho de Deus que nos visita em seu amor. A Luz do Natal não é a
dos refletores ou dos flashes que têm brilho passageiro, mas a Luz do amor
acolhedor, sincero e generoso que diariamente procura corações para se instalar
e fazer brilhar a luz mais potente do amor e da bondade que destroem as trevas
escuras da mesquinhez e do egoísmo.
Natal
da Luz é o natal celebrado na fé, no amor e na simplicidade de quem vive a
acolhida generosa, com um coração despojado de si e repleto de amor que se
alimenta na sua fonte genuína que é o amor manifestado a nós na manjedoura de
Belém: o Menino-Jesus que pede acolhida em nossa vida. Basta ver que ainda Há um
sinal no céu!
De
acordo com o Calendário Litúrgico móvel, celebramos a Solenidade do Natal do
Senhor no último domingo. Já no próximo celebraremos a Solenidade da Santa Mãe
de Deus, Maria, com sabor de Ano Nacional Mariano em preparação aos 300 anos do
encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição, nas águas do rio Paraíba do
Sul. Por isso, celebraremos a Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José
na próxima sexta-feira, dia 30 de dezembro. A Santo Antoninho convida a todos
para celebrarem conosco às 18 horas, na Avenida Saudade, 202, nos Campos
Elíseos em Ribeirão Preto.
(Parceria com o Pe. João Paulo
Ferreira Ielo, Pároco da Paróquia Imaculada Conceição de Mogi Guaçu – SP)