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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - FESTA DE SANTA MARIA, MÃE DE DEUS - DIA MUNDIAL DA PAZ

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé! 



            Estamos vivenciando as festas natalinas, com a celebração da manifestação do Senhor em nossa vida e história. Nossa atenção se volta ao mistério da Mãe do Senhor sob o título de “Mãe de Deus”, neste ano com sabor de Ano Nacional Mariano, instituído pela Igreja no Brasil em ação de graças pelos 300 anos do encontro da imagem de Aparecida.
            Ao afirmar que o Menino, nascido de Maria, é Deus, em decorrência disso, a Igreja proclamou que Maria é Mãe de Deus. E isso não é de agora. Desde muito, nós cristãos honramos “... Maria sempre Virgem, solenemente proclamada Mãe de Deus pelo Concílio de Éfeso, para que Cristo fosse reconhecido, em sentido verdadeiro e próprio, Filho de Deus e Filho do homem, segundo as Escrituras” (UR, n. 15: Decreto conciliar sobre a reintegração da Unidade dos cristãos).
            Neste Dia Mundial da Paz, iniciando um novo ano, a paz é desejada, suplicada como sinal da bênção e da proteção permanente de Deus. É em nome de Jesus, a plenitude da bênção, que invocamos bênçãos de paz sobre nós e sobre os povos em conflito.
            A alegria deverá orientar nossa primeira celebração religiosa do novo ano civil.  As festas e os brindes da Passagem do Ano, geralmente, impedem as pessoas de participarem desta significante celebração. Muitos dormem sua ressaca, outros nem conhecem a profundidade de tão linda celebração, que deveria ter maior prioridade entre os cristãos. Acolhidos por Maria, Mãe de Deus e nossa, desperdiçamos a oportunidade de pedir a ela que nos acompanhe ao longo dos próximos 365 dias. Neste 50º Dia Mundial da Paz, somos conclamados a fazer nossa a proposta do Papa Francisco: “A não violência: estilo de uma política para a Paz!”. Segundo o Papa Francisco, a fraternidade pode superar a “cultura do descartável” e promover a “cultura do encontro”. O Deus da bênção e da paz nos congregue numa só família.
            O povo pode contar sempre com as bênçãos de Deus. A maior delas é a vinda do seu Filho, graças ao sim de Maria. A exemplo dos pastores, vamos abrir o coração e nos dispor para o encontro com Jesus.
            Deus quer nos abençoar ao longo de todo este ano. Os pastores, gente pobre e desprezada, são os primeiros a ir ao encontro de Jesus. Deus conta com a colaboração humana para realizar seus projetos. Os pastores cheiram mal, pois cuidavam de ovelhas e viviam ao relento. Poderíamos compará-los, em nossos dias, aos irmãos coletores de lixo. Imaginem que eles correm mais de trinta quilômetros por noite, em nossa metrópole rica e privilegiada, recolhendo nosso lixo depositado nas calçadas. Enquanto as autoridades eclesiásticas, políticas, civis e a nata da elite de uma sociedade economicamente privilegiada pensam anunciar o Salvador do mundo, este se revela, através da Corte Celestial dos Anjos, aos preteridos e “fedidos” entre todos: na época os Pastores; hoje, talvez, nossos Coletores de Lixo, ou aqueles que consideramos Lixo Humano entre nós: os idosos, os enfermos, os dependentes de alguma droga lícita ou não, e nem por último os mendigos mal-cheirosos que adentram nossas celebrações, pedindo uma esmola para suportarem a exclusão com mais um gole de cachaça ou uma cheirada de craque... Se não estivermos abertos ao diferente, ao simples, e não fizermos a experiência da humildade, deixando de lado nossa prepotência, arrogância, autossuficiência, corremos o risco de desencontrar-nos com o Senhor que só nasce mesmo em manjedouras simples, humildes, puras e livres para acolhê-lo.
            A exemplo de Maria, humilde serva do Senhor e bendita entre as mulheres, cantemos um hino de ação de graças ao Pai, que nos cumulou de bens por meio de seu Filho, especialmente neste Ano Nacional Mariano!
            A palavra de hoje ressalta a imposição do nome de Jesus, sua inserção na sociedade humana. Como o Filho de Deus, nós também recebemos um nome ligado à nossa existência e à nossa missão. A atitude dos pastores nos ensina a acolher e anunciar a Boa Notícia da presença do Salvador em nosso meio. Com Jesus, nos tornamos herdeiros da salvação e podemos clamar: Abba, Pai, vivendo fraternalmente como irmãos e irmãs.
            Maria, a mãe de Jesus, é imagem da comunidade fiel e comprometida com o plano da salvação.
            Com o exemplo de Maria no seu sim incondicional, assumimos “de boa vontade” a proposta de Jesus de sermos promotores da paz em nossos lares e na sociedade em que vivemos.
            Invoquemos com confiança a bênção do Senhor, o Deus de bondade, sobre todos os povos e nações, neste Dia Mundial da Paz. Que ele guarde, ilumine, mostre a sua face de Pai e dê a paz a todos. Com Jesus, o Filho de Maria, a maior bênção da salvação para toda a humanidade, nos comprometemos a trabalhar alegremente na construção da paz.
            Saibamos rezar por nossos Governantes: os Prefeitos e Vereadores eleitos para promover, além da paz, a maior dignidade de todos os Filhos de Deus. Estejamos atentos e tenhamos a coragem e ousadia proféticas de “cobrar” melhores condições de vida em todos os setores que garantam uma vida digna a cada cidadão, sem nenhuma acepção ou discriminização, deixando de lado as inúmeras “barganhas” divulgadas no ano que se declina. Formemos “consciência política crítica” neste novo Ano! Não é a economia de um País que o determina civilizadamente desenvolvido. É a dignidade do Povo de um País que deverá discernir sempre nossa cidadania, direitos e deveres! A cultura do consumo e do lucro à custa da indigência do Povo precisa ser superada pela Cultura do Encontro, da Fraternidade, da Partilha e da Ternura!
Sejam todos muito abençoados neste Novo Ano que se inicia.  Sejamos protagonistas da paz por onde passarmos, exalando o perfume da ternura em nossas relações.

Com a mesma ternura, o abraço amigo,
Pe. Gilberto Kasper
(Ler Nm 6,22-27; Sl 66(67); Gl 4,4-7 e Lc 2,16-21).

Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Janeiro de 2017, pp. 17-19, e Roteiros Homiléticos da CNBB para o Tempo do Natal (Janeiro de 2017), pp. 53-58.

HÁ UM SINAL NO CÉU!

Pe. Gilberto Kasper é Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente na Associação Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo Educacional da UNIESP, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Contato: pe.kasper@gmail.com

Dezembro se declina e aquela sensação de final de estrada, final de ano e fim de jornada parece que se apossa de nosso coração. Conseguimos vencer mais uma batalha de trezentos e sessenta e seis dias! Graças a Deus!
           
Continuam os enfeites de Natal com as árvores e luzes que piscam e o ambiente também continua ganhando sinais de festividade, a alegria que desponta vagarosamente e assim continuamos respirando esperança. Nestes dias as cidades se enfeitaram, as músicas criaram um clima diferente, as propagandas bateram pesado, fazendo com que as pessoas quisessem comprar e gastar com o que não têm necessidade e só aumentaram a despesa com o dinheiro que nunca será suficiente.
           
Vejo as luzes enfeitando as casas, as praças, as árvores; a decoração dos ambientes tentando, por vezes, disfarçar a realidade crua da falta de respeito à vida que insiste em nos visitar, ou do amor que incansavelmente teima em nos amar. Os índices de “natal satisfatório” se medem pelo volume de venda e lucro e não pela satisfação e alegria das pessoas. Para os indicadores econômicos são levados em conta o volume do dinheiro que circulou na venda do estoque e se o resultado foi melhor que anos anteriores. Não levam em conta, nem tem o pudor de pensar nas pessoas que se matam literalmente para satisfazer um desejo ou sonho de um filho ou de alguém muito querido... A ótica do mercado, do ter e poder vai tomando o lugar da ética, dos valores do Evangelho; aliás, o mercado do consumismo não gosta de festejar o grande aniversariante do dia de Natal, Jesus Cristo! Seus valores de amor e de partilha não combinam com quem só deseja ter e comprar, lucrar e ganhar. Jesus, ao contrário ensinou que quem doa tem mais alegria e quem serve aos irmãos é mais importante no seu Reino.
           
O Natal de Luz é aquele em que a festa e o festejado é Jesus que vem se encarnar para ensinar que amor não se compra nem se vende, amor ama simplesmente. Natal iluminado não é o do pisca-pisca, mas da Estrela de Belém que continua a sinalizar o carinho de Deus que nos visita em seu amor. A Luz do Natal não é a dos refletores ou dos flashes que têm brilho passageiro, mas a Luz do amor acolhedor, sincero e generoso que diariamente procura corações para se instalar e fazer brilhar a luz mais potente do amor e da bondade que destroem as trevas escuras da mesquinhez e do egoísmo.
             
Natal da Luz é o natal celebrado na fé, no amor e na simplicidade de quem vive a acolhida generosa, com um coração despojado de si e repleto de amor que se alimenta na sua fonte genuína que é o amor manifestado a nós na manjedoura de Belém: o Menino-Jesus que pede acolhida em nossa vida. Basta ver que ainda Há um sinal no céu!

De acordo com o Calendário Litúrgico móvel, celebramos a Solenidade do Natal do Senhor no último domingo. Já no próximo celebraremos a Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria, com sabor de Ano Nacional Mariano em preparação aos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição, nas águas do rio Paraíba do Sul. Por isso, celebraremos a Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José na próxima sexta-feira, dia 30 de dezembro. A Santo Antoninho convida a todos para celebrarem conosco às 18 horas, na Avenida Saudade, 202, nos Campos Elíseos em Ribeirão Preto.


(Parceria com o Pe. João Paulo Ferreira Ielo, Pároco da Paróquia Imaculada Conceição de Mogi Guaçu – SP)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - SOLENIDADE DO NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
“Um menino nasceu para nós:
Um filho nos foi dado!
O poder repousa nos seus ombros.
Ele será chamado ‘mensageiro do conselho de Deus’!” (Is 9,6).


            Natal é o mistério, sacramento da humanização de Deus e da divinização humana. Festa da fidelidade e da ternura de Deus para conosco. O Verbo, a Palavra eterna, a Sabedoria, a mais fiel comunicação do Pai, o Filho amado se faz pequenina e frágil criança, filho de um casal de pobres, provindo de um recanto não importante do mundo, para “realizar o direito e a justiça”.
            Não simples comemoração do aniversário de Jesus, mas a realização da promessa de Deus de fazer uma aliança eterna de amor com toda a humanidade e de restabelecer o seu Reino no mundo. Com a encarnação, afirma o Concílio Ecumênico Vaticano II, o Filho de Deus uniu-se, de certa maneira, a toda a humanidade (cf. GS, n.22) e mais ainda atingiu todo o universo (cf. GS, n.38). Iniciou-se, portanto, o misterioso processo de renovação e unificação de toda a humanidade e do cosmos com Cristo.
            Recordamos o nascimento de Jesus em Belém, pobre entre os pobres, junto com Maria e José, com os pastores de ontem e de hoje, acolhemos, com ternura e alegre júbilo, o anúncio dos anjos e a proclamação da paz a todos os “filhos amados de Deus”.
            Celebramos a páscoa de Jesus Cristo que acontece em sua Encarnação, em seu nascimento em nossa carne, no seu ato solidário de assumir em tudo a nossa condição humana, nossa corporeidade com suas necessidades vitais; nossas alegrias e tristezas, audácias e fraquezas, conquistas e fracassos.
            Do meio das palhas de sua manjedoura, acolhemos do Menino-Deus um forte apelo para o cultivo de relações novas e duradouras, valorização de tudo o que é humano, simples e pequeno, gestos gratuitos de solidariedade e benevolência entre nós e com toda a natureza.
            Jesus nasce entre pobres, migrantes, refugiados, dependentes alcoólicos e químicos, moradores de rua, crianças e famílias em situação de vulnerabilidade, pastores; encarna-se na realidade dos que sofrem. Deus entra em nossa história através de uma mulher marginalizada.
            Deus fiel é solidário com a humanidade e a humanidade pode tomar novo rumo. A glória de Deus é que a humanidade toda viva, é ação concreta repercutindo na Terra, trazendo a paz para todos.
            A Noite do Natal nos conduz às fontes de nossa fé. Noite de luzes, cores, cheiros, sons, cantos e diálogos. Jesus nasceu em Belém, casa do pão, e foi rodeado por pobres, pastores, animais... Na marginalidade, o Filho de Deus tornou-se um de nós, fez-se criança, entrou na História da humanidade e no mundo criado... A Palavra de Deus fez-se gente pequena, em um lugar pequeno, entre pequenos, para ser o Emanuel, Deus conosco para sempre. Nasce Jesus, insignificante ante os olhos da força cínica de Herodes e força endeusada do imperador de Roma; reconhecido apenas pelos que não tinham poder na terra, mas que estavam atentos aos sinais de Deus.
            Jesus nasceu de Maria, no seio de um povo sofrido e dominado, em lugar e em época bem concretos. Se falarmos apenas de Jesus que nasce em nossos corações, em nossas famílias, a encarnação poderá tornar-se uma abstração, ou um sentimentalismo individualista e barato.
            O Natal manifesta a irrupção de Deus na história humana com a seriedade de sua fidelidade às promessas de restauração de suas criaturas desviadas do projeto fundamental do Pai. Natal da pequenez e do serviço, rompendo e exigindo rompimento com o poder de dominação e prepotência do homem sobre pessoas e povos marginalizados e sucumbidos pelas botas do opressor. O verdadeiro Natal exige rompimento com o cheiro dos palácios, muitas vezes mofados. Ele nos pede aliança, proximidade com o cheiro do presépio, das ovelhas, das favelas, das periferias, das matas, da terra, das águas... Compromisso de transformação de tudo isto em nova criação, sonhada por Deus.
            Não é possível separar o Natal e realidade atual; fé cristã e história humana; encarnação do Filho amado do Pai, mas filho de Maria, na pequenez. Nossa fé leva-nos à luta cotidiana para que o cheiro do presépio e das ovelhas chegue ao palácio dos imperadores de hoje, à casa de Herodes, traidor do povo e da história da salvação.
            Que Boa Notícia a Palavra de Deus nos diz neste momento? Qual é a esperança que se firma em nosso coração?.
            Gosto muito da frase que se pronuncia, geralmente em voz baixa, durante a preparação das oferendas na Missa, enquanto se coloca uma gota de água no cálice com o vinho: “Pelo mistério desta água e deste vinho, possamos participar da divindade de vosso Filho, que se dignou assumir nossa humanidade”. Penso que esta afirmação deveria ser dita em voz alta, pois sintetiza o evento do Natal do Senhor!
            Gosto, também, de pensar como Deus dribla a humanidade, nascendo numa manjedoura, entre animais. Como se não bastasse, se permite anunciado em primeiro lugar aos mais simples dos simples: os pastores, durante uma fria madrugada. Talvez os únicos acordados naquela noite. Certamente os mais sensíveis e talvez os mais disponíveis para ouvir o jubiloso anúncio dos Anjos: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade”, isto é, aos homens e mulheres de coração aberto para acolher numa manjedoura, um recém-nascido envolto em panos, Emanuel, o Deus Conosco, na meiguice e fragilidade de um bebê. Simplesmente uma criança. Isto me convence que Deus é muito mais simples do que O complicamos! Basta estar aberto, atento, ser hospitaleiro e acolhedor. Basta ler a face do Senhor no semblante do Outro!

Feliz e Santo Natal a todos!



Pe. Gilberto Kasper
(Ler para a Missa da Noite: Is 9,1-6; Sl 95(96); Tt 2,11-14 e Lc 2,1-14).
(Ler para a Missa do Dia: Is 52,7-10; Sl 97(98); Hb 1,1-6 e Jo 1,1-18).

Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Dezembro de 2016, pp. 79-83 e 85-88 e Roteiros Homiléticos da CNBB para o Natal (Dezembro de 2016), pp. 37-47.

O NATAL EM FAMÍLIA: UMA NOVA BELÉM!

Pe. Gilberto Kasper


Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente na Associação Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo Educacional da UNIESP, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.

Neste ano o Natal tem um sabor de Amores Laetitia, sobre o Amor na Família que nos leva a repensar a Família que somos, a Família que sonhamos e nossa fidelidade, como Família junto à Comunidade Cristã.  Nossa participação no misterioso gesto de Deus que se faz gente, como nós em tudo, menos no pecado, a fim de podermos apalpá-lo, vê-lo, senti-lo, amorosamente entre nós, é o esforço por identificar Seu rosto misericordioso na meiguice do Menino envolvo em faixas, ladeado além de Maria e José, de animais, reclinado sobre palhas, balbuciando na manjedoura de Belém.  E a partir deste elegante mistério, realizar o que o próprio Menino Deus nos propõe: O Natal em Família: Uma nova Belém!
            O Natal em Família: Uma nova Belém é celebrar a vida em sua totalidade, onde todos possam sentir-se pessoas dignas e realizadas. Onde pessoas não tenham medo umas das outras. Onde não haja mentira, nem fingimento. Onde não haja inveja, nem arrogância ou prepotência. Onde mães não joguem seus filhinhos recém-nascidos no lixo. Onde pais sem perspectivas de futuro não se afoguem no alcoolismo. Onde filhos não sejam engolidos e exterminados pelas drogas. Onde as pessoas não disputem desrespeitosa e violentamente espaço no trânsito. Onde seja possível andar sem medo de ser assaltado ou atingido por balas perdidas. Onde seja possível confiar naqueles que nos governam, que prometem o que não cumprirão, subestimando e roubando seus eleitores institucionalmente.

            O Natal em Família: Uma nova Belém só será realidade, na medida em que todos renovarmos nosso compromisso de promover o Amor na Família, do modo como Deus a quis e pensou, celebrando plenamente a Vida! Deus não impõe Seu amor a ninguém. Prefere que sintamos, que cheiremos, que experimentemos seu amor com sabor divino, na relação humano-divina, sendo uns para os outros verdadeiros Anjos, que possam cantar com a corte celestial: "Glória a Deus nos altos céus e na terra paz aos homens!” (Lc 2,14). Possamos todos renovar nossa fidelidade da Alegria do Amor, celebrando um Natal em Família: Uma nova Belém que não acabe até o dia em que nosso nome ecoar na manjedoura celestial!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - QUARTO DOMINGO DO ADVENTO

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
“Céus, deixai cair o orvalho;
Nuvens, chovei o justo;
Abrase a terra e brote o Salvador!” (Is 45,8).

            No Quarto Domingo do Advento, o último, chegando ao ponto alto de nossa espera, despontam para nós os lampejos de um novo amanhecer, anunciando a chegada do Sol da justiça, o Emanuel, o Deus conosco. Ele é a manifestação do segredo escondido em Deus, há séculos: a salvação, a vida plena e feliz para toda a humanidade.
            A Palavra de Deus deste domingo nos remete ao vivo e evidente sinal do maravilhoso encontro do divino e do humano em Jesus de Nazaré.
            O acendimento das quatro velas que confirma a chegada plena da luz no seio de Maria, grávida pelo Espírito Santo e na fiel obediência de José, o homem justo. Ambos, modelos do Advento, vivem ardente espera do Salvador em meio à obscuridade da fé e às ambigüidades e provas da frágil condição humana.
            Mesmo na alucinação das compras natalinas, aturdidos pelos anúncios de um Natal esvaziado pelo consumismo e devotados ao ídolo mercantilista e tirano do dinheiro (como vem afirmando nosso amado Papa Francisco), a humanidade e todo o universo clamam esperançosos pelo Reino e se enternecem diante da simplicidade, da gratuidade, de relações verdadeiras, do serviço desinteressado do pequeno resto, da geração dos que buscam a Deus. Sinalizam a chegada do “Emanuel” e da força de seu Espírito, gerando, com autenticidade e sem muito barulho, um mundo novo.
            “Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel”. Este domingo é de fato, uma festa de Maria. A oração do dia de hoje tornou-se a conclusão da oração do “Angelus”.
            Deus tem um plano de bondade para a humanidade, toma a iniciativa e o cumpre de forma desconcertante. Envia seu próprio filho; repara na humildade e na fidelidade de uma jovem que aceita em si mesma a obra de Deus, que quer vir ser Deus conosco. José fica perplexo, mas se abre para compreender a ação de Deus. Deus vem habitar conosco; armou sua tenda entre nós.
            Deus age, mas com a colaboração de pessoas que assumem com simplicidade e, às vezes, com dificuldade sua responsabilidade, como aconteceu com José e Maria. Deus quer salvar a humanidade, através de nós, pessoas humanas. Uma gravidez é sempre uma ocasião para pais e familiares se colocarem dentro de um mistério. A pessoa que está sendo tecida no ventre materno não é apenas obra humana, mas revela a presença do Criador.
            A saudação – “Não temas!” – dita pelo mensageiro a José, no texto de Mateus, e a Maria, em Lucas, é dita hoje a nós, para nos animar na missão de colaborar com o projeto de Deus e para que “venham a nós” a paz e a justiça tão sonhadas.
            Neste tempo de Advento, somos convidados a viver em profunda contemplação e admiração, fé e confiança. É tempo de gestação de novas relações no silêncio do cotidiano da vida. Como José, somos encarregados de proteger as sementes de vida semeadas no ventre fecundo de nossas comunidades, nas organizações populares, entre os jovens, idosos e pequenos.
            Como comunidade eclesial, recebemos a Palavra, o Verbo encarnado da Vida que nos engravida pela ação amorosa do Espírito para continuarmos a ser sinais e instrumentos da salvação e da esperança no mundo em que vivemos. Jesus é o Deus-conosco e conosco permanecerá, até que a salvação se realize plenamente.
            Gosto de atualizar o evento narrado pelo Evangelho deste domingo. Em nossos dias, quando a filha da vizinha aparece grávida, fica “mal falada”. Mesmo com o hedonismo “em alta”, os que se sentem “certinhos” julgam e condenam a gravidez fora do casamento, principalmente quando ocorre com meninas jovens (menores de idade) ou por conta de alguma traição. Se é assim entre nós hoje, imaginemos a angústia e o dilema de José, de Maria, suas famílias e parentes... O que terá dito a sociedade de Nazaré? Foi preciso muita confiança, fé madura e gratuidade para acolher o que Deus pedia àquele jovem casal. Não poucas vezes colocamos em dúvida a presença amorosa de Deus em nossas circunstâncias. Nem poucas vezes questionamos ou culpamos Deus por dissabores e eventos incompreensíveis à nossa razão, e que só podem ser acolhidos pela ternura de nosso coração! Talvez este domingo nos sugira um pouco mais de silêncio, a fim de podermos ouvir o que Deus tem a nos pedir, a fim de participarmos do profundo mistério da salvação.
            Sejam todos sempre muito abençoados. Com ternura e gratidão, o abraço amigo e fiel,

Pe. Gilberto Kasper
(Ler Is 7,10-14; Sl 23(24); Rm 1,1-7 e Mt 1,18-24).

Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Dezembro de 2016, pp. 58-60 e Roteiros Homiléticos da CNBB para o Tempo do Advento (Dezembro de 2016), pp. 33-36. 

ADVENTO É TEMPO DE MUITA LUZ!

Pe. Gilberto Kasper


Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente na Associação Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo Educacional da UNIESP, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
Aproxima-se o Natal e vimos muita luz. São luzes enfeitando Árvores de Natal, Presépios, Praças, Ruas e Shopping Centers. Milhares de luzinhas piscando para alegrar os corações humanos e aquecer a “Cultura do Consumo”. Há mais Papai Noel do que a Imagem do Aniversariante verdadeiro: o Menino Jesus. Esse sempre aparece ofuscado num presépio, quando montado. Fica escondido entre imagens de animais e arranjos, os mais diversificados.
            A luz veio ao mundo e os homens preferiram as trevas à luz. Porque suas obras eram más. De fato, quem faz o mal odeia a luz e dela não se aproxima, para que suas obras não sejam desmascaradas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz para que transpareça que suas obras são feitas em Deus.
            O mentiroso é escravo da trama que tem de armar e manter para conservar a aparência de verdade em sua vida. O homem amigo da verdade nada tem a temer. Ela liberta o espírito, deixa-o livre em si mesmo e em relação a todos.
            Verdade e mentira significam no Evangelho de São João o modo de viver conforme ou desconforme a vontade de Deus. Realizar a verdade é agir sincera, fiel e honestamente diante de Deus, diante dos irmãos e diante da própria consciência.
            O amor à verdade facilita o desenvolvimento de todas as nossas capacidades, pois caminha sem obstáculos. O espírito fingido e enganador vive em sobressalto, armado, temeroso e desconfiado, preso a tudo o que o obriga a reter sua posição como verdadeira.
            Nenhum ser humano sobre a face da terra tem toda a verdade. Cada um de nós tem apenas uma pequena parte dela; mas se estivermos dispostos a compartilhar nossos fragmentos, nossos pedacinhos da verdade, teremos todos uma parte muito maior, muito mais completa da realidade total.
            A verdade é ter a luz de Deus em nossa mente e em nosso coração iluminando nossas vidas, e, indicando caminhos de entendimento para todos.

            A figura de Maria do Advento nos ajuda a encontrarmos a verdade, que é Jesus feito meigo Menino reclinado numa manjedoura. A gravidez de Maria nos convida a engravidarmo-nos também do Senhor, tornando-nos seu porta-jóias. Deixemo-nos iluminar porque o Advento é Tempo de Muita Luz!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS - TERCEIRO DOMINGO DO ADVENTO - GAUDETE


Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
“Alegrai-vos sempre no Senhor.
De novo eu vos digo: alegrai-vos!
O Senhor está perto” (Fl 4,4s).

            O Senhor não demora! Alegrai-vos! Deus quer renovar conosco sua aliança e nos promete novo vigor. Quer transformar nosso sofrimento e nosso choro em prazer e alegria, fazendo-nos já apreciar um “aperitivo” da realidade nova que desejamos para nós e para o mundo. Por isso, ele mesmo vem para nos erguer de todo tipo de acomodação e desânimo, “vem fortalecer as mãos enfraquecidas e os joelhos cansados”, vem animar nossa esperança. Daí vem nossa alegria!
            Apesar da pobreza, corrupção, exclusão de tantos, das guerras, o tempo do Advento desperta nossa esperança e nos chama a viver na alegria e na perseverança cotidiana. Qual é nossa esperança?
            João Batista, mesmo preso e prestes a ser martirizado, envia dois discípulos para ouvirem de Jesus os motivos para manter viva a sua esperança: “Você é o Messias?” A resposta são testemunhos da pessoa, das obras, do jeito de ser de Jesus com relação ao povo mais espezinhado e abandonado. Tudo o que ele é e faz consiste em dar a vida. Ele é o Messias que está entre nós. A esperança se cumpriu. O Reino de Deus por ele trazido se destina preferencialmente aos pobres e, através deles, a toda a pessoa. Os gestos de amor ao próximo alimentam a esperança da chegada final do Senhor. João Batista se alegra profundamente por saber que seu anúncio está cumprido; sua profecia se torna realidade; seu martírio não será em vão, porque não foi conivente com a hipocrisia de seu tempo e não temeu ser invejado por Herodes que gostava de ouvi-lo, não obstante João não lhe convinha, pois apontava seus erros. Quantas vezes instauramos em nosso ministério e missão profética a Pastoral da Amizade, correndo o risco de sermos coniventes e abençoarmos as injustiças sociais, simplesmente para garantirmos nosso prestígio e uma falsa segurança de comodidade de vida, e nem por último nossa ostentação material. Não tenhamos medo de perder a cabeça, ou seja, honras, facilitações daqui e dali. Tenhamos a coragem de anunciar o Messias entre nós, mesmo que isso desagrade a quem não vive de acordo com o projeto de seu Reino, que é Justiça.
            O amor, a entrega da vida podem ser vistos, apalpados, testemunhados, porque são concretos: fazer ver, andar, ouvir, curar as mãos e joelhos enfermos. Jesus fez as obras do amor sem limite e nos deu a missão de continuar fazendo o mesmo. Hoje nossos gestos de solidariedade diante da fome e da pobreza devem comunicar que o Reino está em nosso meio.
            A esperança nos dá alegria confiante. A esperança fundamenta nossa firmeza permanente e a certeza de que Deus vencerá o mal, que ainda persiste na humanidade. A esperança se manifesta na celebração, expressão comunitária de nossa alegria e confiança.
            A celebração eucarística, em torno das duas mesas da Palavra e do Pão constitui momento privilegiado em que experimentamos a verdadeira alegria, uma feliz antecipação do Reino que esperamos.
            Aclamamos esperançosos o Senhor, paciente, tolerante e misericordioso para conosco. Ele nos acolhe à sua mesa apesar de nossas inúmeras fraquezas e desvios e nos convida continuamente a caminhar com ele para a páscoa, participando com fé autêntica em sua entrega total, em sua oblação pascal.
            A vinda de seu Reino se dá lentamente, o que exige paciência, determinação e nos traz também cansaço. Ao participarmos da mesa do corpo e sangue do Senhor, recebemos, já na antífona de comunhão, a missão de dizer aos que estão desanimados: “Coragem, não temais; eis que chega o nosso Deus, Ele mesmo vai salvar-nos”.
            Nunca nos faltará coragem e alegre esperança de atingir a meta final. Sua Palavra nos indica o caminho, como cantamos neste Domingo da Alegria no salmo: fazer justiça aos pobres e oprimidos; erradicar a fome; dar lucidez à consciência dos fracos; colocar de pé os que, pela humilhação e alienação, estão encurvados; proteger e sustentar os pequenos e marginalizados, dando-lhes dignidade; cuidar amorosamente da natureza.
            Isto deve constituir a verdadeira alegria que, brotando da celebração deste Terceiro Domingo do Advento, nos mantém mensageiros da boa nova, preparando os caminhos do Reino, como seguidores daquele que vai à nossa frente.
            A proposta da Palavra de Deus deste domingo vem de encontro com a Exortação Apostólica do Papa Francisco: Evangelii Gaudium = A Alegria do Evangelho, que propõe uma ampla reforma na Igreja e até mesmo do Papado. A exortação fala sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual. O Papa Francisco propõe “algumas diretrizes que possam encorajar e orientar, em toda a Igreja, uma nova etapa evangelizadora, cheia de ardor e dinamismo”. O Pontífice toma como base a doutrina da Constituição Dogmática Lumen Gentium, e aborda, entre outros pontos, a transformação da Igreja missionária, as tentações dos agentes de pastorais, a preparação da homilia, a “guerra e inveja” entre os padres, o carreirismo clerical, a inclusão social dos pobres e as motivações espirituais para o compromisso missionário. Saibamos beber seja da Palavra seja da Exortação Apostólica A Alegria do Evangelho, para celebrarmos a verdadeira Alegria neste Gaudete!
            É, também, neste domingo que realizamos a Coleta da Campanha para a Evangelização, que neste ano nos apresenta o tema: “Jesus está no meio de nós. Combinamos guardar, ao longo do Advento, pelo menos, 1% de tudo que fôssemos gastar em enfeites, presentes e guloseimas para o Natal. Sejamos, portanto honestos, oferecendo nesta coleta a partilha de nossa pobreza, com profunda consciência de que ajudaremos a quem tem menos do que nós, sobretudo na Evangelização de nosso Brasil!
            Sejamos todos muito abençoados e nossa generosidade recompensada pelo Senhor que vem para nos transformar. Com ternura e gratidão, o abraço,

Pe. Gilberto Kasper
(Ler Is 35,1-6.10; Sl 145(146); Tg 5,7-10 e Mt 11,2-11).

Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Dezembro de 2016, pp. 41-43 e Roteiros Homiléticos da CNBB para o Tempo do Advento (Dezembro de 2016), pp. 28-32.

ADVENTO É TEMPO DE ALEGRIA!

Pe. Gilberto Kasper


Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente na Associação Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo Educacional da UNIESP, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.

A maior de todas as alegrias emana do nosso encontro com Deus. Esse é o grande tesouro que devemos procurar e ao mesmo tempo distribuir entre os outros. A Alegria do Gaudete, terceiro domingo do Advento, nos remete à manjedoura onde reclina na meiguice de uma criança o Deus em pessoa!
            Mas essa alegria sobrenatural não se opõe às alegrias cotidianas, pelas quais também devemos agradecer a Deus. Essas podem ter causas diversas: uma promoção profissional, a possibilidade de realizar a viagem dos sonhos, o gesto carinhoso da pessoa amada, o sorriso de uma criança. A alegria é sempre um bálsamo que faz bem à alma. Quando a experimentamos, devemos nos aproximar ainda mais de Deus, que se faz humano como um de nós.
            Assim como as alegrias terrenas, as tristezas possuem diversas origens, desde uma simples contrariedade até uma grande decepção ou perda. Podemos nos entristecer quando sofremos uma desilusão amorosa, quando deparamos com a conduta inadequada de um amigo ou até mesmo quando ouvimos um comentário indesejado de algum familiar. Isso e muitos outros contratempos podem fazer a tristeza entrar em nossa alma.
            Embora nos faça sofrer, a tristeza tem uma característica ímpar de tornar nosso coração mais compassivo. Quando estamos tristes, mergulhados em nossos sentimentos, realizamos reflexões mais profundas. Por isso, podemos afirmar que a tristeza ensina, e muito. Ela desperta a voz do silêncio que vem e toca nosso espírito para que possamos aprender com a experiência e nos tornar melhores, crescendo em nossa fé.
            Ajustar nossa forma de lidar com os problemas equivale a encontrar a chave da alegria, aquela que abre a mente e a alma para a luz de Deus, fazendo com que encontremos as soluções mais interessantes para a nossa vida. Além disso, amplia nossa consciência para identificarmos o que realmente importa.
            A vida está cheia de possibilidades, e você pode descobrir novos sentidos, aprofundando-se no entendimento das suas inquietações, com a firme esperança de que dias melhores virão. Haja o que houver, não podemos esquecer: “Se de tarde sobrevém o pranto, de manhã vem a alegria” (Sl 30,6).
            Por isso, encha seu coração de amor e diga para si mesmo: “Eu quero ser feliz agora”. Não tenha dúvida, você é muito mais forte e poderá ser muito mais feliz do que é capaz de imaginar.

            A alegria verdadeira massageia a alma. Ela nasce dos valores de Deus e conforta nosso espírito. Esse é o estado que devemos buscar para nós e desejar para os outros. A alegria verdadeira fica impregnada em nossa alma para todo o sempre. Por isso, esteja aberto para que ela possa brotar em sua alma. Que a felicidade seja o pão nosso de cada dia. Eis o sentido do Domingo da Alegria, o Gaudete. O terceiro domingo deste rico tempo em preparação em preparação ao Natal do Senhor, antecipa tudo que celebraremos, porque o Advento é Tempo de Alegria!